
03 de maio, de 2019 | 18:40
Pavimentação da MG-760 sem previsão de retorno, admite secretário
Em visita ao Vale do Aço, secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas e diretor do DEER visitam obras paradas em rodovias e o aeroporto regional do Vale do Aço
Alex Ferreira / Arquivo DA
Desde o início de 2018 as obras de pavimentação da MG-760 estão paralisadas, em Santo Antônio da Mata, Marliéria
Atualizada às 10:40 04/05
O Vale do Aço recebeu, nesse fim de semana, a visita do secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas, Marco Aurélio Barcelos, e do diretor do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DEER-MG), Fabrício Torres Sampaio. Ambos vieram conhecer de perto a situação da MG-760 e do Aeroporto Regional do Vale do Aço, em Santana do Paraíso. Em seguida, participaram da reunião dos membros da Agenda de Convergência do Vale do Aço, na noite de sexta-feira (3).
Em entrevista à imprensa, o secretário afirmou que, por enquanto, não é possível o retorno das obras de pavimentação da MG-760, por falta de recursos. Fiz questão de vir para conhecer de perto a MG-760 e compreender sua importância, que ficou mais clara. E agora o nosso desafio é buscar alternativas de financiamento e recurso junto com todos os setores envolvidos para ver o que é possível fazer e viabilizar a retomada desse empreendimento”, informou.
O secretário entende como pouco provável que a MG-760, estrada que liga o Vale do Aço à Zona da Mata, seja administrada via parcerias público-privada. Uma concessão de rodovia pressupõe o pedágio e talvez nós não tenhamos ainda um volume de veículos que justifique essa eventual cobrança”, afirmou.
R$ 124 milhões
O diretor do DEER informou que será necessário R$ 124 milhões para concluir todas as obras da MG-760 e que foi discutida a possibilidade de fazer o serviço por etapas. É uma obra que vai exigir um prazo de dois anos, porque a extensão da MG-760 é de quase 60 quilômetros. Tem investimentos de terraplanagem, pavimentação, drenagem, entre outros. Tudo isso demanda certo tempo. Então, quanto mais rápido iniciarem as obras, melhor para todos”, destacou Fabrício Torres.
Wôlmer Ezequiel
A retomada das obras da MG-760 e a reforma no Aeroporto Regional foram temas de discussão na Agenda de Convergência

O deputado estadual Celinho do Sinttrocel (PCdoB), que acompanhou o secretário, afirmou que é possível retomar a obra com menos recurso do que está sendo exigido. O secretário planeja gastar R$ 21 milhões para esse ano com as obras na MG-760. No entanto, só para chegar até o Parque Estadual do Rio Doce, não irá gastar isso tudo. Nós calculamos um valor aproximado de R$ 11 milhões. E para chegar até o distrito Baixa Verde, em Dionísio, também não demandaria R$ 21 milhões”, salientou.
Turismo
Na visita ao Vale do Aço, o secretário Marco Aurélio e o diretor Fabrício Torres visitaram também o Parque Estadual do Rio Doce (Perd), em Marliéria, onde conheceram os principais atrativos e a infraestrutura turística do parque.
Conforme o secretário Marco Aurélio, é preciso investir em turismo no estado e o Perd tem um potencial que precisa ser explorado. Precisamos criar uma proposta de desenvolvimento por meio da infraestrutura do turismo. Então, se hoje temos uma crise com a questão da mineração, é preciso viabilizar pautas adicionais que agregam para a região. E o turismo é uma das pautas que precisamos fortalecer”.
Vale lembrar que o Parque Estadual do Rio Doce está entre as 20 Unidades de Conservação (UCs) avaliadas como potenciais para concessão no Programa de Concessão de Parques Estaduais (Parc) 2019-2022, lançado pelo Governo do Estado no dia 11 de abril. O objetivo do programa é promover, em parcerias com o setor privado, a gestão dos serviços prestados aos visitantes, com maior qualidade e especialização.
Entre outras autoridades integraram a comitiva os prefeitos, de Ipatinga, Nardyello Rocha, de Santana do Paraíso, Luzia de Melo, de Marliéria, Geraldo Borges e de Ipaba, Geraldo dos Reis e os deputados, Hercílio Diniz e Celinho do Sinttrocel.
Aeroporto Regional volta a ter voos no dia 9
O secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas, Marco Aurélio Barcelos afirmou que as obras emergenciais realizadas no Aeroporto Regional do Vale do Aço, em Santana do Paraíso, foram apenas para que fosse possível retomar os voos na região, e que há previsão que seja feita uma reforma mais completa ainda nesse ano. A principal companhia que opera voos entre o Vale do Aço e o aeroporto de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, suspendeu os voos no dia 14 de fevereiro, por causa de irregularidades na pista. A Azul Linhas Aéreas anuncia que retomará os voos no dia 9, próxima quinta-feira. Os voos do projeto Voe Minas, com a rota para o aeroporto da Pampulha, na capital, já retornaram.
Passada a reforma emergencial, agora discute-se outra intervenção, mais ampla. Nós conseguimos negociar com o Fundo Nacional de Aviação Civil, junto com Ministério da Infraestrutura, o repasse de recursos, de aproximadamente R$ 13 milhões, que vão permitir a intervenção estrutural na pista do aeroporto”, anuncia Marco Aurélio.
Conforme o secretário, falta apenas resolver questões burocráticas para que os recursos sejam repassados para o estado. Os projetos já estão prontos e já encaminhamos para a Secretaria Nacional de Aviação Civil. O que aguardamos agora é a formalização do convênio para que os repasses possam migrar para o estado e nós iniciarmos o procedimento licitatório. Mas nós acreditamos que até o fim do ano, teremos o contrato celebrado e o início das obras no aeroporto”, destacou.
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Mineiro
04 de maio, 2019 | 17:50Pelo visto teremos mais um governo de promessas falsas e obras paradas por todo o estado.
Eu gostaria de saber qual o sentido em ganhar uma eleição e fazer um governo apático e paralisado. O recurso dessa obra já foi liberado, agora resta saber qual foi o destino das verbas.”
Ze de Minas
04 de maio, 2019 | 10:32O problema é que no exército não tem caixa 2 , aí fica mais dificil. As verbas desta estrada já virou fazendas,sítios,camionetes e votos a muito tempo. Mas,é o Brasil.”
Omar Amaral
04 de maio, 2019 | 06:34Pq não fazer uma parceria com o exército pra conclusão desta obra?”