05 de outubro, de 2018 | 10:13

MPMG quer de volta à cadeia motorista que causou tragédia em Valadares

Promotor de Justiça quer reverter decisão judicial que colocou em liberdade mulher acusada pela prática de duplo homicídio qualificado e de uma tentativa de homicídio em Governador Valadares

Arquivo DA
Condutora da S10 bateu em uma motocicleta, invadiu a contramão em viaduto e bateu em outra motocicleta, deixando um saldo de duas mulheres mortas e um homem gravemente ferido Condutora da S10 bateu em uma motocicleta, invadiu a contramão em viaduto e bateu em outra motocicleta, deixando um saldo de duas mulheres mortas e um homem gravemente ferido

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) informou, nessa sexta-feira, que já recorreu para reverter decisão judicial que colocou em liberdade a mulher acusada pela prática de duplo homicídio qualificado e de uma tentativa de homicídio em Governador Valadares.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) concedeu na quarta-feira (3), de forma liminar, o pedido de Habeas Corpus (HC) de uma mulher acusada pela prática de duplo homicídio qualificado e uma tentativa de homicídio em Governador Valadares.

Os crimes ocorreram em 19 de março deste ano, quando a ré, que conduzia uma caminhonete Chevrolet S10 sob a influência de substância psicoativa, e sem habilitação válida, provocou um acidente na região do viaduto que dá acesso ao bairro Conjunto Sir. Em decorrência dos fatos, duas mulheres morreram e um homem ficou ferido, conforme narra a denúncia.

A motorista da S10, Rosimeri Poeys Vargas, desceu do veículo demonstrando muito nervosismo, foi detida e conduzida à delegacia de Polícia Civil, onde confessou que tinha ingerido medicamentos de uso controlado. Submetida a teste do etilômetro, o resultado deu zero para o consumo de bebida alcoólica. Entretanto, por determinação da autoridade policial, a motorista foi encaminhada para o hospital para outros exames. A assessoria da Polícia Civil confirmou que Rosimeri Poeys Vargas foi autuada em flagrante por duplo homicídio, lesão corporal de natureza grave e por "dirigir com capacidade psicomotora alterada".
A motorista da S10, Rosimeri Poeys Vargas, desceu do veículo demonstrando muito nervosismo, foi detida e conduzida para a delegacia de Polícia CivilA motorista da S10, Rosimeri Poeys Vargas, desceu do veículo demonstrando muito nervosismo, foi detida e conduzida para a delegacia de Polícia Civil

O promotor de Justiça Evandro Ventura da Silva, da 3ª Promotoria de Justiça de Governador Valadares, manifestou sua inconformidade com a decisão do TJMG em acatar o pedido de habeas corpus da mulher e ressaltou que os argumentos utilizados pela desembargadora responsável pela soltura da ré não encontram amparo legal. “Ao contrário do que foi justificado, não houve tempo excessivo de prisão, porque um incidente de insanidade mental foi instaurado a pedido da defesa, o que suspendeu o prazo. Isso não foi considerado pela decisão da desembargadora que soltou a ré, permitindo que ela responda o processo em liberdade”.

Evandro alerta para a gravidade da decisão, considerando, ainda, o fato de a ré residir nos Estados Unidos e a possibilidade real de sua fuga para lá, hipótese que foi apresentada pelo MPMG no processo. “O Ministério Público está acompanhando o caso. Esse habeas corpus não foi julgado no mérito. Outros dois desembargadores ainda devem ser ouvidos para que possam decidir. Acreditamos que eles entenderão a gravidade do caso e indeferirão o HC, determinando o retorno da ré à prisão”.

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Comentários

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Leonardo

20 de dezembro, 2019 | 04:43

“Essa mulher ainda está solta? O delegado apresentou várias acusações além de homicídio duplamente qualificado. Também direção perigosa e incapacidade de conduzir. Também tentativa de homicídio. Assisti hoje a uma reportagem aleatória no YouTube que falava sobre esse caso. Não soube na época. Isso é caso de júri popular.”

Mariana Avelino

18 de julho, 2019 | 12:40

“Eu era cunhada da vítima Letícia Lacorte que morreu violentamente na hora do acidente!
A individua está à solta , sabe Deus lá fazendo o que, duvido q essa mulher tenha um pingo de remorso pelo que fez. Está no estado do Espírito Santo , daqui a pouco vai pros Estados Unidos e fica na vida boa lá ,enquanto a família da Leticia e o meu irmão estão sofrendo até hoje com a tragédia! Meu irmão está tendo acompanhamento com psiquiatra, deu início de depressao e está tomando anti depressivo. Minha mãe e minha família inteira estão sofrendo as consequências até hoje pelo ato de ela ter maratona a Leticia e consequentemente deixado o meu irmão doente! Eu não sei que justiça é essa que permite uma mulher dessa ficar impune e não pagar pelo que fez! Eu não sei o q da na cabeça de uma desembargadora dessas permitir que soltem essa mulher, eu duvido q se fosse alguém da família dela ela tomaria a mesma decisão! Justiça nojenta desse país , justiça porca e ordinária . Isso é revoltante !!!”

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