05 de outubro, de 2014 | 08:13
Quantos votos para eleger um deputado?
Estudo mostra que coligações enfrentarão grandes desafios nas urnas para eleger seus candidatos
DA REDAÇÃO - A conta para se eleger um deputado não é facilmente compreendida. Ela depende dos votos efetivamente dados para os candidatos, mas também de outros cálculos. O primeiro deles é o quociente eleitoral, obtido com o número total de votos válidos (descontados os brancos e nulos) divididos pelo número de vagas da Assembleia Legislativa e da Câmara Federal.
Obtido o quociente eleitoral, passa a outra conta. Na primeira fase, a distribuição das vagas é feita por meio do quociente partidário (QP), que é a divisão do número de votos válidos de um partido pelo quociente eleitoral.
Pelo sistema de médias serão distribuídas as vagas restantes (não preenchidas pelo QP), dividindo-se o total de votos válidos de cada partido pelo número de vagas já preenchidas mais 1. O partido que obtiver a maior média ficará com a vaga. O cálculo se repetirá para a distribuição de cada um dos lugares restantes.
Com base nas estimativas estudos apontam previamente quantos votos cada partido ou coligação deverá obter para conseguir eleger um parlamentar. Em Minas Gerais, a reportagem do Diário do Aço teve acesso à conta indicando que, a depender do partido ou da coligação formada, os candidatos deverão ter acima de 35 mil votos. Em alguns casos essa votação precisará passar dos 60 mil votos.
Deputado Estadual
Na coligação PSDB/DEM/PP/PSD/PPS, devem ser eleitos 22 deputados estaduais com votação acima de 60 mil. Na coligação dos partidos PTN/PSDC devem ser eleitos três parlamentares, com votação acima de 40 mil. Entre os nomes conhecidos no Vale do Aço, por essa coligação, está o do vereador ipatinguense Ley do Transito.
Na chapa formada por PC do B, em que estão nomes conhecidos do Vale do Aço, como Celinho do Sinttrocel, devem ser eleitos dois parlamentares com votação acima de 50 mil. É um caso em que o candidato vai precisar sair bem votado no Vale do Aço e ainda conseguir votos de fora para complementar sua votação. Celinho disputa a vaga com outro nome forte, principalmente em Belo Horizonte, que é o do radialista Mário Henrique.
Pelo PR devem ser eleitos cinco parlamentares com mais de 40 mil votos. Pela coligação PTC/PSL/PSC, devem ser eleitos tres parlamentares ou mais, com votação acima de 45 mil votos.
A coligação PDT/PV deverá fazer oito deputados, mas com votação acima de 50 mil. Pela coligação PTB/SDD, a expectativa é eleger seis parlamentares. Nessa coligação estão nomes conhecidos no Vale do Aço, como o do sindicalista Luiz Carlos de Miranda e Juninho Araújo. O desafio para eles é grande, pois precisarão de um número acima de 55 mi votos.
Pela coligação formada pelo PT/PMDB/PRB/PROS, a expectativa é que sejam eleitos 19 parlamentares, com mais de 50 mil votos cada um. Nessa coligação estão nomes como o da deputada Rosângela Reis e Chico Simões. Ambos são cotados como possíveis eleitos. Há ainda nomes como o de Lene Teixeira e Agnaldo Bicalho. Na coligação estão outros nomes, que não são do Vale do Aço mas que, historicamente, têm obtido expressiva votação nos municípios da região, como João Magalhães, que é de Matipó, Durval Ângelo e Adalclever Lopes.
Pelo PSB/PRTB/PPL espera-se a eleição de três parlamentares. A votação necessária por essa coligação para eleger um deputado é de 50 mil votos. Entre os nomes conhecidos do Vale do Aço está o do ex-prefeito de Timóteo, Sérgio Mendes. Pelo PT do B, devem ser eleitos três deputados, com votação acima de 45 mil votos.
A coligação PEN/PRP/PHS deve fazer dois deputados estaduais, que conseguirem acima de 35 mil votos. Entre os nomes conhecidos no Vale do Aço, por essa coligação está o do ex-vereador fabricianense, Francisco Pereira Lemos. Pelo PMN deve ser eleito um deputado estadual, que obtiver por essa legenda 50 mil votos.
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Câmara Federal
Se o desafio para os candidatos a deputado estadual já é grande, pela exigência do número de votos, os que decidiram concorrer à vaga federal então enfrentam nas urnas hoje um esforço hercúleo. Para se ter ideia do peso da disputa, pela coligação formada pelo PSDB/DEM/PR/PSD/SDD, a expectativa é que sejam eleitos 23 federais. A votação mínima necessária é de 90 mil votos.
Pelo PSL/PTC/PSC a expectativa é que sejam eleitos dois parlamentares e a votação necessária será de 60 mil votos. Pelo PTN/PSDC deve ser eleito um deputado federal apenas e a votação mínima terá que ficar em 50 mil votos.
Pelo PT do B, PEN/PRP/PHS devem ser eleitos três parlamentares, com votação mínima de 60 mil votos. Entre os candidatos por essa coligação no Vale do Aço está o vereador ipatinguense Roberto Carlos. Pelo PTB/PMN devem ser eleitos no mínimo três parlamentares e a votação mínima para esse resultado deve ser de 50 mil votos. Entre os nomes conhecidos no Vale do Aço por essa coligação está o industrial João Chico.
O PSB/PRTB/PPL deve eleger três federais, mas para isso precisará contar com voto de 75 mil eleitores por candidato. O PDT/PV/PPS tem chance de fazer três deputados, com votação mínima de 70 mil votos.
A coligação PT/PMDB/PROS/PCDB/PRB deve eleger 15 parlamentares para a Câmara Federal. Serão eleitos os candidatos que conseguirem sair das urnas com um número acima de 80 mil votos.
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