30 de agosto, de 2008 | 00:00
Dupla é condenada por morte da dona do Odelot
Wellington Fred/Diário do Aço
Leonardo teria planejado o assalto que terminou de forma trágica em fevereiro
Leonardo teria planejado o assalto que terminou de forma trágica em fevereiroO juiz Maurício Leitão Linhares, da 1ª Vara Criminal, condenou os dois acusados de latrocínio (roubo seguido de morte) contra a empresária Simoni Rodrigues da Silva, de 34 anos. Carlos Eduardo Gonçalves Silva, o “Dudu”, de 18, e Leonardo Augusto de Souza, o “Léo”, de 20 anos, foram condenados a 20 anos de prisão. O crime ocorreu no início da noite de 6 de fevereiro deste ano, na rua Guajás, bairro Jardim Panorama.
O crime repercutiu em toda a região devido à amizade que Simoni tinha no meio empresarial. Ela era casada com Adalto Toledo de Lima, proprietário do Supermercado Odelot, no bairro Jardim Panorama, e deixou dois filhos.
Leonardo era ex-funcionário do comércio da vítima e teria premeditado a ação ao notar que a vítima transportava uma grande quantidade de dinheiro para casa. A investigação mostrou que Leonardo se aliou, conforme a denúncia do Ministério Público, a Eduardo para cometimento do crime.
No dia do latrocínio, a dupla ficou vigiando a chegada da empresária a sua casa, na rua Guajás, no Jardim Panorama. Assim que ela descia do carro, Toyota Corolla, dirigido por um funcionário de Simoni, os dois atacaram a vítima. A mulher esboçou reação e Leonardo acabou atirando nela.
Ferida mortalmente no peito, Simoni conseguiu fechar a porta do carro e saiu em alta velocidade, quando foram disparados mais dois tiros contra o veículo. Ela morreu ao dar entrada no Hospital Márcio Cunha. Os dois envolvidos fugiram. Dudu de bicicleta e Léo a pé.
O ex-funcionário acabou preso pela PM debaixo da ponte do Parque Ipanema, na avenida Roberto Burle Marx. A arma usada, um revólver Taurus calibre 38, foi localizada em meio a um matagal.
Reprodução
Simoni Rodrigues da Silva, de 34 anos e deixou dois filhos
Simoni Rodrigues da Silva, de 34 anos e deixou dois filhos Leonardo foi preso em flagrante e Eduardo teve a prisão decretada pela Justiça dias depois. Dudu tentou argumentar durante a fase processual que não teve participação no crime, mas um policial civil que estava no Parque Ipanema viu o momento em que ele trocou de camisa para fugir, vestimenta que foi apreendida pelo agente policial.
Ao despachar a sentença de 16 páginas, o juiz Maurício Leitão apontou que a inexperiência de Leonardo no mundo do crime facilitou o deslinde da situação. Ou seja, que o assalto terminasse de forma desastrosa. O magistrado não acatou a tentativa dos advogados de defesa em desqualificar o crime de latrocínio para homicídio. Ele sentenciou os dois acusados a 20 anos de cadeia em regime inicialmente fechado. A defesa e o Ministério Público podem recorrer.
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