15 de julho, de 2021 | 15:06
Cruzeiro vai deliberar em agosto se clube será transformado em empresa
Divulgação Cruzeiro
Presidente do Cruzeiro celebrou aprovação do Projeto de Lei e já vislumbra caminhos para o clube
Presidente do Cruzeiro celebrou aprovação do Projeto de Lei e já vislumbra caminhos para o clube
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (14) o Projeto de Lei 5516/19, do Senado Federal, que estimula a transformação dos clubes de futebol em empresas sociedade anônima e prevê regras de parcelamento das dívidas atuais. Segundo o projeto, de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, se aprovado pelo clube, todos os bens e direitos serão transferidos à Sociedade Anônima de Futebol (SAF), que poderá emitir títulos. Atualmente, os clubes de futebol são caracterizados como uma associação civil sem fins lucrativos.
Com a aprovação do PL, que precisa agora ser sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o Cruzeiro marcou para o dia 2 de agosto uma assembleia extraordinária do conselho deliberativo, com o objetivo de aprovar o projeto de transformar o clube em empresa.
Disputando pelo segundo ano consecutivo a Série B do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro vive a pior crise financeira e esportiva dos seus 100 anos de história, com uma dívida de cerca de R$ 1 bilhão, e vê neste projeto uma forma de se reerguer. "É uma forma mais segura de captação de recursos que ela (lei) possibilita, com a proibição de participação em atletas, que era o meio que os clubes brasileiros mais utilizam para ter captação de recursos", disse o presidente do clube, Sérgio Santos Rodrigues.
O mandatário ainda traçou o perfil ideal de um investidor, em entrevista à Rádio 98FM. "Seria grupo provavelmente estrangeiro, porque tem muito estrangeiro querendo colocar dinheiro no Brasil ainda mais pelo cenário econômico com a desvalorização do real em relação ao dólar, e com know-how no futebol", explicou. "A gente já teve conversa preliminar com um grupo e que gostaria da nossa participação, tem grupo que gostaria de assumir a gestão 100% e tem grupo que está pensando apenas no financeiro, quer colocar dinheiro e deixar a gestão como está sendo feita e ter a cobrança e fiscalização do retorno financeiro", adiantou.
Dívidas atuais
O texto permite aos clubes que quiserem se transformar em SAF separarem as dívidas civis e trabalhistas que têm sem repassá-las à nova empresa, que administrará a atividade de futebol e repassará ao clube parte da renda.
Nos primeiros seis anos, o Judiciário fará os pagamentos aos credores e, após esse prazo, se o clube tiver quitado pelo menos 60% do passivo original, o regime poderá ser prorrogado por mais quatro anos. Nessa prorrogação, em vez de a SAF destinar ao clube 20% das receitas mensais, poderá direcionar 15%. (Com informações da Agência Câmara de Notícias)
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