15 de julho, de 2021 | 07:00
Internado em SP, Bolsonaro não tem previsão de cirurgia
Boletim médico indica que, por ora, tratamento será conservador
Pedro Rafael Vilela - Repórter da AgênciaPablo Mundim, TV Brasil
Apoiadores e imprensa aguardam boletim do lado de fora no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo
Apoiadores e imprensa aguardam boletim do lado de fora no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo
O presidente Jair Bolsonaro está internado no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, após ser diagnosticado com um quadro de obstrução intestinal (suboclusão). Em boletim médico divulgado na noite desta quarta-feira (14), a equipe médica informou que, por enquanto, está descartada qualquer intervenção cirúrgica e o presidente receberá tratamento conservador, ou seja, à base de medicamentos e outros procedimentos não invasivos.
"O senhor presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, foi transferido na noite desta quarta-feira para o Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, após passar por uma avaliação no Hospital das Forças Armadas, em Brasília, e ser diagnosticado com um quadro de suboclusão intestinal. Após avaliações clínica, laboratoriais e de imagem realizadas, o presidente permanecerá internado inicialmente em tratamento clínico conservador", diz o boletim, assinado pelos médicos Antônio Luiz Macedo (cirurgião-chefe), Ricardo Camarinha (cardiologista do presidente), Leandro Echenique (clínico e cardiologista), Antônio Antonietto (diretor médico do hospital) e Pedro Henrique Loretti (diretor-geral do hospital). Não foi informado por quanto tempo o presidente deverá permanecer internado.
O presidente chegou à unidade por volta das 19h, depois de ter passado o dia internado no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, onde passou por exames e alguns procedimentos.
A decisão de transferir Bolsonaro para São Paulo foi tomada pelo médico Antonio Luiz Macedo, responsável pelas cirurgias no abdômen do presidente. Nos últimos dias, o presidente vinha enfrentando uma crise de soluços. Ele embarcou de Brasília para a capital paulista pontualmente às 17h30.
Presidente interino pode ter que assumir
A Constituição Federal estabelece que o vice-presidente da República assuma a Presidência em caso de ausência do presidente. Como o vice-presidente Hamilton Mourão embarcou na tarde de quarta-feira para Luanda, em Angola, onde participará da Cúpula da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), caso o presidente necessite de uma cirurgia e tenha que se afastar, até a volta do vice, o cargo ficaria a cargo do presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL), próximo na linha sucessória.
No entanto Lira pode ser impedido de assumir. Há entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) segundo o qual, réus em processos não podem assumir a Presidência do Brasil. Arthur Lira é réu em duas ações no STF por peculato e lavagem de dinheiro, réu no inquérito da Operação Lava-Jato e é investigado por sonegação fiscal.
Caso Lira seja impedido de assumir o Palácio Planalto, a função ficaria com Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado, e, em última instância, caso Pacheco não possa por alguma razão, assume o presidente do STF, Luiz Fux.
Mas, Bolsonaro também pode optar por não abrir mão do exercício do cargo, assim como fez quando precisou retirar um cálculo na bexiga, em setembro passado.
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Edmilson S.
15 de julho, 2021 | 11:58Coitadinho...rs. O golpe tá aí, cai quem quiser.”
Lucia Paiva
15 de julho, 2021 | 11:57Tão verdadeiro como nota de 3 reais!”