08 de julho, de 2021 | 06:07

Azeite de oliva irregular era vendido em supermercados

Ação conjunta apreende milhares de garrafas de azeite de oliva irregular em estabelecimentos do Espírito Santo

Divulgação
Operação envolveu agentes capixabas e da união e recolheu milhares de garrafas de azeite irregular no ESOperação envolveu agentes capixabas e da união e recolheu milhares de garrafas de azeite irregular no ES

Uma operação conjunta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Polícia Civil do Espírito Santo (Delegacia de Defesa do Consumidor - Decon) em supermercados da Grande Vitória, no Espírito Santo, descobriu que os estabelecimentos comercializavam azeite de oliva irregular. Mais de 2 mil garrafas do produto foram apreendidas e outras, sob suspeita, foram mantidas lacradas nos estabelecimentos, proibidas de serem comercializadas.

Foram fiscalizadas sete redes de supermercados, sendo que em três redes foram encontradas três marcas de azeite de oliva extra virgem envasados por empresa sem autorização do Mapa. Duas marcas já haviam sido apreendidas em ações anteriores da Decon e os produtos foram desclassificados como azeite.

Também há registro de análises no Ministério da Agricultura das mesmas marcas sendo desclassificadas como azeite extra virgem. Os estabelecimentos foram notificados sobre a proibição de venda das marcas.

Durante a investigação realizada nesta semana, foram mapeados os agentes da cadeia que atuavam no esquema, desde a produção até a distribuição aos mercados que receptavam o produto fraudado. Além dos crimes contra o consumidor, estima-se que a quadrilha provocou prejuízo de R$ 20 milhões em sonegação fiscal ao Estado.

Foram recolhidas amostras de mais de 20 rótulos de azeite, que serão analisados nos laboratórios federais do Mapa para verificação de conformidade. Caso o laudo laboratorial ateste fraude nestes azeites, além da responsabilização criminal, os varejistas serão autuados e multados em até R$ 530 mil.

Após finalizadas as análises laboratoriais, o Mapa divulgará a conformidade das marcas fiscalizadas na ação. As marcas apreendidas não tiveram nomes divulgados pelas autoridades.

O desafio de descobrir um azeite falsificado

O azeite de oliva é um dos produtos mais falsificados do mundo e descobrir a falsificação não é tarefa das mais fáceis. Conforme o site emporiodoazeite.com.br, a falsificação geralmente ocorre quando alguém mistura diferentes óleos (tanto o refinado quanto o azeite de oliva) para aumentar a quantidade em litros, e, então, poder vendê-lo como se fosse azeite extra virgem, que é um produto mais caro. O primeiro sintoma de azeite falsificado é o preço. Uma garrafa de vido para embalar azeite custa em torno de R$ 11. Então a partir daí conclui-se que “azeite barato” pode não ser azeite de verdade.

Outras características podem ser observadas. Em um copo raso, sinta o aroma do produto. O azeite de oliva extra virgem genuíno é produzido a partir de azeitonas frescas, portanto deve ter aroma de frutas frescas (verdes ou maduras), ervas recém cortadas e flores do campo.

Também pode ser observado o sabor: Coloque os 15ml do azeite na boca e espalhe bem com a língua, puxe o ar pela boca para então engolir. Os azeites extra virgem podem ser frutado, amargo e picante. Como se trata de um produto fresco, essas características devem sempre ficar em evidência.
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Envie seu Comentário