28 de outubro, de 2020 | 14:10
Cebus recebe filhote de cachorro do mato pelo Fauna sem Lar
O Centro de Biodiversidade da Usipa (Cebus) recebeu um filhote de cachorro do mato. O animal foi encontrado sem a mãe em Governador Valadares e trazido pela Polícia Militar de Meio Ambiente para o Cebus.
De acordo com o médico-veterinário responsável pelo Cebus, Lélio Costa e Silva, o animal apresenta ecto e endoparasitas (carrapatos e vermes), mas de forma geral, está bem de saúde. Ele foi examinado e já iniciamos o tratamento para combater os vermes e os carrapatos. Acreditamos que o animalzinho tenha cerca de três meses de vida”, avalia Lélio.
A partir de agora, o bicho receberá todos os cuidados possíveis até que tenha condições de retornar à natureza.
Que bicho é esse?
O Brasil possui seis espécies de canídeos silvestres. São eles, o lobo-guará (nome científico Chrysocyon brachyurus), o cachorro-do-mato-de-orelha-curta (nome científico Atelocynus microtis), a raposa-do-campo (nome científico Lycalopex vetulus), o graxaim-do-campo (nome científico Pseudalopex gymnocercus), o cachorro-do-mato-vinagre (nome científico Speothos venaticus) e o cachorro-do-mato (nome científico Cerdocyon thous), o mais comum entre todos e que também está presente em nossa região.
O animal acolhido no dia 23 de outubro é da espécie Cerdocyon thous. A pelagem predominante é de cor cinza com preto, mas pode variar para marrom-claro; as patas são pretas ou têm um tom bastante escuro. De porte médio, quando adulto atinge, em média, 64 centímetros de comprimento, desconsiderando-se a sua cauda, a qual possui mais 31 centímetros.
Normalmente, os cachorros do mato habitam áreas abertas, campos e cerrados. É um animal territorialista e pode ser observado em grupos compreendendo um casal de adultos com até cinco filhotes. É usualmente um caçador solitário e raramente caça em pares. A dieta onívora varia dependendo da estação, mas geralmente incluem grandes proporções de frutos, contribuindo para a dispersão de sementes, e pequenos mamíferos. Eles também podem se alimentar de insetos, aranhas, aves, répteis e anfíbios.
A principal ameaça potencial são doenças transmitidas por cães domésticos. Por isso, é importante a proibição do acesso de cães em áreas preservadas e Unidades de Conservação.
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