01 de maio, de 2024 | 12:35

Criminosos têm acesso a dados bancários e atormentam correntistas

Estelionatários atormentam correntistas em seguidas tentativas de aplicar golpes. Usando números de telefone semelhantes aos de atendimento aos clientes dos bancos, os criminosos ligam para as pessoas e iniciam uma conversa informando que houve uma “transação suspeita” via internet banking ou app. Para assustar as vítimas, citam valores altos e perguntam se reconhecem a transação.

Em seguida pedem para que as vítimas acessem o aplicativo do banco. Enquanto isso, enviam um link malicioso. O cliente que clica no link enviado dá permissão aos marginais para que eles tenham total controle da conta e executem transferências não autorizadas.

Todos os bancos alertam que não fazem ligações para os clientes a partir de números de telefone iniciados 0800 ou 4004. “Esses números são apenas para contato dos clientes com os bancos e não o contrário. O Banco do Brasil nunca liga para os clientes a partir do número 4004”, alerta a mensagem do banco.

No fim de semana, um golpista que se identificou como “Marcelo”, com sotaque paulista, utilizou o número 015 61 4003 33001 para tentar aplicar um destes golpes em um cliente. “Por volta das 11h eu usei o aplicativo do banco para fazer uma operação e pagar uma conta. Três horas depois o golpista já sabia que eu fiz a transação e me ligou tentando me convencer a abrir o aplicativo, pois havia outra transação via Pix, desta vez no valor de R$ 4.300. Se não tivesse conhecimento da ação desses pilantras eu teria caído”, dispara o correntista.

“Vazamento descarado”

Ainda conforme o leitor, ficou evidente que o estelionatário sabia que ele fez uma operação bancária pelo app pela manhã. “Tanto que, já sabendo que era um golpista, quando me perguntou se eu tinha feito alguma operação sexta-feira pela manhã, e eu neguei, ficou claro que ele sabia que eu tinha feito. Quando perguntei se ele achava que eu iria cair nesse golpe manjado, o estelionatário desligou”, concluiu.

O caso relatado pelo leitor não é o único. Em vários outros golpes ou tentativas de golpes já noticiadas pelo Diário do Aço, vítimas informaram que os criminosos sabiam em quais bancos elas tinham conta, sabiam de movimentações financeiras, tinham dados pessoais, dentre eles CPF e endereço de residência e até propriedades registradas em seus nomes.

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