24 de março, de 2024 | 06:00

Momento crucial

Fernando Rocha

O Atlético está diante do momento mais importante do ano: a contratação do treinador para o restante da temporada, que ficou seriamente ameaçada de fracasso depois demissão de Felipão.

Não sou, nem quero ser, engenheiro de obra pronta, mas ficou provado que a diretoria errou ao desaposentar Felipão, treinador em fim de carreira, hoje um ex-técnico em atividade, desatualizado, rabugento, teimoso, sem jogo de cintura para lidar com as críticas da imprensa e as reações adversas da torcida.

O Plano A do Atlético é Gabriel Milito, que até o fechamento da coluna não havia sido anunciado oficialmente, mas era tido como certo para comandar o alvinegro.

Currículo fraco
Chama a atenção o currículo fraco deste argentino que se destacou como atleta vestindo a camisa da seleção de seu país em Copa do Mundo, além do Barcelona, onde foi comandado por Pep Guardiola, de quem se diz seguidor das ideias de jogo.

Milito, com 10 anos de carreira como treinador, na temporada de 2021 terminou em 14º lugar no campeonato portenho, eliminado na semifinal da Copa Argentina pelo Boca Juniors; eliminado, também, nas oitavas da Libertadores, pelo River Plate.

Em 2022, terminou o campeonato argentino em 8º lugar; saiu da Copa Argentina nas oitavas, eliminado pelo Defensa y Justicia; eliminado na semifinal da Copa da Liga Argentina, pelo Tigres.

No ano passado, foi eliminado da Copa Argentina nas oitavas de final, pelo San Martín; eliminado da Copa da Liga Argentina, na fase de grupos; eliminado da Libertadores nas oitavas, pelo Fluminense, e terminou em 10º lugar no campeonato argentino.

Como se vê, a palavra ELIMINADO é algo recorrente no seu currículo, além dos clubes que já dirigiu serem aviões “teco-teco”, se comparados ao tamanho do boeing que terá de pilotar aqui no Brasil.

FIM DE PAPO

Apesar disso, há informações de que Gabriel Milito, 43 anos, ainda um jovem treinador, em processo de afirmação na carreira, não estaria preocupado com a parte financeira, mas sim com o “projeto esportivo” apresentado a ele, pessoalmente, pelo diretor de futebol do Atlético, Vitor Bagy, capaz de “seduzi-lo” a aceitar a dirigir o Galo. Faz-me rir e lembra o episódio que entrou para o anedotário do nosso futebol, quando o craque Romário, em 2004, vestia a camisa do Vasco da Gama, ironizou o então técnico do clube, também principiante na carreira, Alexandre Gama, com uma frase figadal: “Entrou no ônibus agora e quer sentar na janela”.

Precisou de uma mulher se manifestar publicamente, Leila Pereira, presidente do Palmeiras, chefe da delegação da seleção brasileira na Europa para os dois amistosos contra Inglaterra e Espanha, para que dirigentes, jogadores, o técnico Dorival Junior e a CBF, mesmo que timidamente, se posicionassem condenando os casos de estupro de Daniel Alves e Robinho. Leila mostrou porque se diferencia de seus colegas no futebol brasileiro.

Polêmica à vista na definição dos dois rebaixados à segundona mineira do próximo ano. O Patrocinense alegou problemas financeiros e abandonou a disputa. Diante da situação, a Federação Mineira cancelou todos os jogos já realizados pelo clube desistente e, com isso, prejudicou o Tigre, que agora vai decidir quem será o segundo time rebaixado em partida contra o Democrata/GV precisando do empate, sem a vantagem que antes era de poder perder até por 3 gols de diferença. Agora, se o Democrata ganhar por dois gols, se salva. Derrota do Tigre por um gol levará a decisão para o critério dos cartões amarelos. A diretoria do Ipatinga promete recorrer à justiça para tentar garantir os seus direitos, pois se considera prejudicada pelas decisões da Federação Mineira. Emoções fortes à vista, dentro e fora das quatro linhas. (Fecha o pano!)


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