13 de maio, de 2022 | 14:00

Os perigos (e as precauções) do trabalho híbrido

Maria Cristina Diez *

Poder cumprir pelo menos parte do horário de trabalho em casa, por meio do computador, tornou-se um privilégio para muitos colaboradores. Um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), utilizando dados de outro levantamento, feito pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), mostra que em 2020 eram mais de 8 milhões de trabalhadores brasileiros em regime de home office – cerca de 11% dos ocupados no país.

Acredita-se que este índice tenha crescido em 2021 e esteja em plena progressão em 2022, tornando ainda mais claro que o uso da internet com fins laborais aumentou significativamente no Brasil desde o início da pandemia. E esse fato suscita uma preocupação extra. Tanto os trabalhadores como as próprias empresas estão com a segurança cibernética em maior risco, e portanto, devem redobrar as atenções quanto às ferramentas utilizadas.

Antes de qualquer coisa porque os perigos recaem sobre os dados pessoais do colaborador e também sobre as informações empresariais que naturalmente passam a entrar em circulação na web. Por isso, a recomendação número 1 é reforçar a segurança dos equipamentos utilizados para fins de trabalho. Isso pode ser feito de maneira simples, recorrendo a antivírus e antimalwares corporativos, que são apropriados para esse tipo de uso, sob orientação absoluta da empresa.

Outra medida importante que pode ser adotada pela corporação é criar uma organização sobre o armazenamento dos dados em nuvens, controlando o acesso de cada colaborador aos arquivos certos, restringindo aqueles que são vitais para a corporação a uma quantidade mínima de pessoas. Antes de fazer esse procedimento, porém, é muito importante que esses dados sejam criptografados e protegidos em mais de um repositório, a fim de se proteger de eventuais falhas no sistema da nuvem, ainda que tenha alto grau de confiabilidade.

Vale salientar ainda que a web concentra uma quantidade imensurável de perigos para a gestão de dados, e isso exige que a comunicação remota seja intensificada para que a navegação seja absolutamente segura e monitorada durante a jornada de trabalho. Ademais, é pertinente também adotar o modelo de segurança baseado no chamado Zero Trust – ou confiança zero – que limita com rigor o acesso de qualquer usuário ao sistema de TI utilizado pela empresa. O objetivo é proteger o máximo possível o coração do banco de dados empresariais.

Há outras medidas salutares, como uso de VPN – redes privadas –, credenciais de acesso diversas e até mesmo no treinamento dos colaboradores para que dominem os perigos da rede. A segurança da empresa deve sempre falar mais alto, e ela precisa se sobrepor a qualquer distância.

* Diretora comercial e de marketing da Most Specialist Technologies - [email protected]

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