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29 de março, de 2022 | 07:00

Deu a lógica

Fernando Rocha


Definidos os finalistas do Campeonato Mineiro, deu o que já era esperado: Atlético e Cruzeiro voltam a decidir o título no Mineirão, sábado, 16h30h, agora em formato diferente com jogo único, onde o empate por qualquer placar levará a decisão aos pênaltis.

Atual bicampeão, o Galo pode repetir uma façanha dos anos 80, pois a última vez que ganhou três títulos estaduais seguidos foi no hexa de 1978/1983, com um time onde brilhavam estrelas como Reinaldo, Cerezo, Luisinho, Paulo Isidoro, Marcelo e outros craques.

A Raposa vem fazendo sua torcida sofrer bastante desde o rebaixamento à segunda divisão nacional, em 2019. Nos últimos certames, de 2020/2021, não conseguiu sequer chegar à decisão, sendo que em 2020 ficou de fora até da semifinal.

Clássico raiz

Pelo regulamento, o mando de campo da decisão é da Federação Mineira, que tem a obrigação de tomar todas as providencias relativas ao jogo, tais como a venda de ingressos, segurança dos torcedores etc.

A Polícia Militar ofereceu garantias e teremos, finalmente, o clássico raiz, com as duas torcidas presentes no Mineirão, algo que não acontece desde 2017.

Não tenho dúvidas sobre a competência da nossa gloriosa Polícia Militar, que possui toda expertise necessária para planejar e executar um bom plano de segurança, que vai garantir a tranquilidade dos torcedores nas imediações e dentro do Mineirão.

O problema maior está nos locais mais distantes, como pontos de ônibus, onde marginais que se dizem torcedores e se abrigam nessas torcidas organizadas agem com extrema violência.

No último clássico, disputado pela primeira fase da competição, um jovem de 25 anos morreu em confronto marcado pelas redes sociais.

FIM DE PAPO

Atlético e Cruzeiro passaram pelos concorrentes semifinalistas do interior com sobras ou, como se diz, com um “pé nas costas”. O Galo é inegavelmente o favorito, por possuir melhor elenco e um time que vem de grandes conquistas. Mas, em se tratando de futebol e sendo clássico, tudo pode acontecer, até porque o jovem time do Cruzeiro vem fazendo boas exibições e está muito motivado. O certo é que devemos ter um grande jogo, uma grande decisão.

O Campeonato Mineiro, ao longo dos últimos anos, perdeu muito interesse e prestígio, o que acabou refletindo nos ganhos financeiros dos clubes. Nesta edição de número 108, houve redução de 50% no valor das cotas pagas aos três “grandes” e um percentual ainda maior de perdas aos clubes do interior, que já chegaram a receber R$ 1 milhão pelos direitos de transmissão e agora não passa de R$ 300 mil.

Os bastidores políticos estão fervendo no Cruzeiro, com a proximidade da assembleia do Conselho Deliberativo, marcada para o dia 5 de abril, que vai decidir o futuro da SAF. Ronaldo Fenômeno, além de pagar uma merreca por 90% das ações, ainda quer ficar com as Tocas I e II. As pressões sobre o desmoralizado Conselho Deliberativo, para que aprove sem exigências e questionamentos o que Ronaldo quer, partem de todos os lados, mas, sobretudo, da imprensa azul da capital, que apoia o Fenômeno incondicionalmente.

No geral, este Conselho Deliberativo foi, de fato, cúmplice e omisso, tornando-se um dos principais responsáveis pela situação do clube ter chegado onde chegou. Agora, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Tem gente séria e capacitada lá dentro, que deve ser ouvida para que a instituição Cruzeiro não seja lesada mais uma vez, agora pelo olho grande e a boca larga dos atuais compradores da SAF. (Fecha o pano!)
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