29 de outubro, de 2022 | 05:51
Bolsonaro diz ao fim de debate que respeitará resultado: 'Quem tiver mais votos leva'
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"Não há a menor dúvida: quem tiver mais votos leva. Isso que é democracia", afirmou o presidente Bolsonaro, após debate com o ex-presidente Lula
"Não há a menor dúvida: quem tiver mais votos leva. Isso que é democracia", afirmou o presidente Bolsonaro, após debate com o ex-presidente Lula
Em debate mais uma vez marcado pela troca de acusações e pouca proposta para resolver gargalos no desenvolvimento do Brasil, os candidatos à Presidência, Jair Messias Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se enfrentaram pela última vez antes do segundo turno da eleição presidencial, agendada para este domingo (30/10).
Após o debate na TV Globo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou na madrugada deste sábado (29/10) que respeitará o resultado das eleições. Segundo ele, levará o pleito aquele candidato que tiver mais votos.
"Quem tiver mais votos assume o governo", disse. "Não há a menor dúvida: quem tiver mais votos leva, isso que é democracia", emendou.
No último dia 26, Bolsonaro concedeu uma declaração semelhante garantindo que o candidato que obtiver mais votos deva assumir a presidência, de forma justa.
A fala do presidente contrasta com as afirmações dos seus apoiadores nas ruas, dentre os quais, alguns ameaçaram "entrar em guerra civil", caso o vencedor da eleição seja Lula.
Bolsonaro modera o tom e chama as pessoas para irem votar, numa tentativa de reverter o resultado a seu favor. "Sabemos que está em cima, as eleições estão aí, mas um lado que é o meu está sendo muito prejudicado e não foi de agora. A gente espera que haja celeridade das autoridades de Brasília que eleições se decidam no voto. Aquele que tiver mais voto na urna deve assumir o cargo na data adequada", disse.
No entanto, ao longo do mandato, Bolsonaro tem lançado dúvidas sobre a lisura do sistema eleitoral, feito seguidas acusações contra o Tribunal Superior Eleitoral e o funcionamento das urnas eletrônicas.
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Pauta de costumes, gestão da pandemia, salário mínimo e emprego dominaram grande parte do debate
Pauta de costumes, gestão da pandemia, salário mínimo e emprego dominaram grande parte do debate
Lula tem aparecido na liderança nos levantamentos de pesquisas de intenção de votos, como no Datafolha divulgado no dia 27/10, que mostrou Lula com 49% dos votos totais. Já o atual presidente surgiu com 44%.
Na entrevista, o chefe do Executivo ainda apelou a apoiadores para que virem votos. "Arranje mais um voto. Leve a vó para votar, o vovô, quem está indeciso. Ganhe esse voto para nós", pediu.
Nas considerações finais do debate, o presidente se confundiu com um ato falho que chamou atenção nas redes sociais afirmando concorrer ao cargo de deputado federal. "Muito obrigado, meu Deus. Se essa for sua vontade, estou pronto para cumprir com mais um mandato de deputado federal", disse. Ao perceber o erro, corrigiu: "de presidente da República".
Salário mínimo e geração de emprego
Três temas dominaram o debate da noite de sexta-feira: enfrentamento da pandemia, geração de emprego e salário mínimo. Lula lembrou que em quatro anos o governo não corrigiu o salário mínimo acima da inflação.
Segundo o petista, no governo dele, o aumento do salário foi de 74%. "A verdade nua e crua é que o salário mínimo dele é menor do que quando entrou. No meu governo, aumentei em 74%", completou.
Por fim, questionou: "Por que não aumentou o salário mínimo acima da inflação nos quatro anos do seu governo?".
"Mesmo assim, com pandemia, com falta d'água, concedemos reajuste para aposentados e majoramos o salário mínimo. Tanto é verdade que acertamos a economia que eu posso anunciar que o novo salário minimo será de R$ 1.400."
"O seu partido foi, com toda vontade na televisão e inserções de rádio, dizer que eu não ia reajustar o mínimo, que eu não ia reajustar aposentadorias e que eu ia acabar com o 13º, as férias e horas extras", emendou. O presidente referia-se ao vazamento de um estudo do Ministério da Economia, prevendo a desindexação dos reajustes do mínimo e das aposentadorias.
O fato é que no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) enviado pelo governo e aprovado pelo Congresso a previsão do salário mínimo para 2023 é de R$ 1.302.
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Candidatos, mais uma vez, gastaram maior parte do tempo trocando acusações, em vez de apresentar propostas para o Brasil
Candidatos, mais uma vez, gastaram maior parte do tempo trocando acusações, em vez de apresentar propostas para o Brasil
Pauta de costumes
O candidato Bolsonaro afirmou que, "mais do que escolher o presidente da República é escolher o futuro da nossa nação. Se nós viveremos em liberdade ou não, se será respeitada a família brasileira. Nós somos 90% cristãos. Se o aborto continuar sendo proibido ou não no Brasil. Nós respeitamos a vida desde a sua concepção não queremos a liberação das drogas no Brasil. O outro lado quer liberar as drogas. Nós respeitamos a propriedade privada. Nós somos as cores verde e amarela do progresso e não a bandeira vermelha. Tenho certeza que, no próximo domingo, venceremos as eleições. Vamos lá que o Brasil é nosso", concluiu.
Em um dos momentos do primeiro bloco, o chefe do Executivo ao fazer o uso da palavra, pediu ao petista que havia acabado de falar que continuasse próximo à ele no palco. Porém, o chefe do Executivo acabou levando uma invertida de Lula, que rebateu não querer ficar próximo à ele.
"Fica aqui, rapaz!", disse Bolsonaro. "Não quero ficar perto de você, não quero ficar perto de você", bradou Lula, se dirigindo ao seu púlpito, dando espaço ao candidato.
No debate da Band, ocorrido no último dia 16, Bolsonaro colocou a mão direita no ombro de Lula por algumas vezes, o que foi visto como uma estratégia para irritar o oponente político.
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Mediador teve que se defender de acusações feitas por Bolsonaro: "Eu não falo coisas tiradas da minha cabeça"
Mediador teve que se defender de acusações feitas por Bolsonaro: "Eu não falo coisas tiradas da minha cabeça"
Situação bizarra: o mediador teve que se defender
Condizente com a situação política atual, marcada por bizarrices nunca antes vistas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou a anulação das condenações do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no âmbito da Operação Lava Jato. Bolsonaro refutou a informação de que o petista foi absolvido e chegou até mesmo a citar o jornalista William Bonner, apresentador do Jornal Nacional.
Lula, você dizer que foi absolvido? Só se foi pelo Bonner. Ele vai repetir aqui que você foi absolvido. Eu acho que o Bonner vai ser indicado para um impossível hipotético governo teu para ser ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Você foi descondenado”, atacou Bolsonaro.
O presidente citou Bonner porque na entrevista de Lula no Jornal Nacional, da Rede Globo, o jornalista iniciou a sabatina dizendo que Lula "não deve nada à Justiça".
Em 2021, o STF anulou as condenações do ex-presidente na Lava Jato baseado nos entendimentos do magistrado de que o então juiz Sergio Moro foi parcial no processo e de que os casos tramitaram fora da jurisdição correta. O petista chegou a ficar preso 580 dias e teve a candidatura barrada nas eleições de 2018.
Antes do fim do primeiro bloco, Bonner se defendeu e esclareceu a situação. Eu, de fato, disse na entrevista do Jornal Nacional que o candidato Lula não deve nada à Justiça. Mas como jornalista, eu não digo coisas da minha cabeça. Eu disse isso baseado em decisões fundamentadas do Supremo Tribunal Federal (STF). Eu queria só fazer esse esclarecimento. Lembrando que algumas dessas decisões são bem recentes”, rebateu o jornalista.
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Que Doideira
29 de outubro, 2022 | 14:04Acho engraçado o o comentário criando esperança no exercito. Certamente nao estudou, porque se tivesse estudado conheceria como foi a época da ditadura e opressões, que foram libertadas depois de muito sangue derramado do povo. Exemplo o massacre de ipatinga, que certamente desconhece? onde pessoas morreram pela polícia por querer fazer greve ma Usiminas reivindicando por melhores condições!”
Anti Mico
29 de outubro, 2022 | 13:07A regra é essa mesmo uai, ou será que ele está querendo da outro golpe no país? #forabolsonaro”
Bom
29 de outubro, 2022 | 11:47EM 4 ANOS , O CARA É MITO MESMO, CONSEGUIUO IMPOSSÍVEL: CRIAR O PIX .
LULA REFORMOU O BRASIL E ENCAROU O DÓLAR .
AGORA O BRASIL ESTÁ PRECISANDO DE OUTRA REFORMA, TÁ UMA BAGUNÇA DE NOVO.
NOSSO SALVADOR TÁ DE PÉ.
LULA É DEUS, BOLSONARO USA CAPA DE OVELHA,MAS É O CÃO”
Paulo Cesar
29 de outubro, 2022 | 11:32Só por está frase "quem tiver mais voto leva", temos que reconhecer que fracassamos como democracia.”
Paulo
29 de outubro, 2022 | 10:46Desde que Temer assumiu a presidência, perdemos o direito de aposentar, perdemos os direitos trabalhistas e muitos ainda perderam o emprego. Os ricos ficaram mais ricos e os pobres ficaram mais pobres. Aí vem com um papo de Deus, Pátria e Família para alienar o povo. Governo é laico, não deveria nem falar de religião. Deveria governar para ateus, espíritas, budistas, cristãos e qualquer outra religião. Deveria preocupar com as políticas públicas ao invés de preocupar se alguém é gay, cristão ou qualquer outra situação. Acorda povo! Vamos cobrar melhorias na saúde, educação, segurança, comida, transporte, lazer, cultura, meio ambiente e por aí vai... Fora Bolsonaro!”
Jadson Elias
29 de outubro, 2022 | 10:36Mais uma vez o presidente declara que quem tiver o maior número de votos ganha mesmo sabendo da possibilidade de essas eleições serem fraldadas como esta se desenhando, nao vê quem não quer. Porém acho que não será bem assim, a minha esperança é que o presidente esteja jogando toda suas fichas no exército, que não vai admitir que um ex condenado assuma a presidencia, seria o caos.”
Paulo
29 de outubro, 2022 | 08:55Bozo se mostrou um inepto, não disse o que fará nos próximo 4 anos. Só promessas vazias, que nem cabe no orçamento que ele mandou pro congresso. Lamentável dar mais 4 anos pra esse cara e nos isolarmos ainda mais do mundo. Com o congresso que foi eleito o trabalhador que se cuide, menos direito e menos emprego.”
Eliane Lima Gonçalves
29 de outubro, 2022 | 06:50Eu sinceramente gostei das respostas do nosso presidente. Apesar dele ser muito atacado e não ter muito direito de fala. Ele sobressaiu . Eu vou votar novamente no Bolsonaro porque eu gosto da sinceridade dele. Quero um país digno. Esse lula já teve a oportunidade dele e não fez. Só entrou em escândalo.”