22 de dezembro, de 2025 | 17:54
Por que empresas estão migrando para modelos de cartão multibenefícios?
Modelo unificado ganha espaço ao reunir flexibilidade, controle e aderência a novos hábitos de consumo dos colaboradores
A adoção de cartões multibenefícios tem avançado nas empresas brasileiras, sinalizando uma mudança na forma como organizações estruturam políticas de benefícios. O movimento reflete a busca por soluções mais flexíveis e alinhadas ao cotidiano dos colaboradores, em um contexto de transformação nas relações de trabalho e nos padrões de consumo.
Ao substituir modelos tradicionais, como vales segmentados, o cartão multibenefícios passa a ocupar posição central nas estratégias de gestão de pessoas e finanças corporativas.
A migração não ocorre por um único fator. Ela resulta da combinação entre simplificação operacional, maior liberdade de uso para os funcionários e necessidade de acompanhar rotinas híbridas ou remotas. Com um único meio de pagamento, as empresas conseguem concentrar benefícios distintos, enquanto os colaboradores passam a decidir como e onde utilizar os valores disponíveis.
Flexibilidade acompanha novas rotinas de trabalho
Um dos principais motivos para a adoção do cartão multibenefícios é a flexibilidade. Com jornadas menos padronizadas e equipes distribuídas geograficamente, o modelo de vale restrito a determinados estabelecimentos perde aderência. O cartão com uso ampliado permite que o colaborador utilize o benefício conforme sua realidade, seja para alimentação, mobilidade ou outras despesas do dia a dia.Essa adaptação é vista como resposta direta às mudanças no ambiente de trabalho. Funcionários que atuam remotamente, por exemplo, nem sempre têm acesso aos mesmos pontos comerciais que quem trabalha presencialmente. A liberdade de escolha amplia a percepção de utilidade do benefício e reduz a sensação de desperdício de valores não utilizados.
Simplificação da gestão e centralização de despesas
Do ponto de vista das empresas, a centralização de benefícios em um único cartão representa ganho operacional. A gestão de múltiplos fornecedores, contratos e recargas tende a ser substituída por plataformas integradas, com acompanhamento em tempo real das despesas. Esse modelo facilita o controle orçamentário e a conciliação financeira.Além disso, a rastreabilidade das transações permite maior transparência. Departamentos financeiros conseguem visualizar padrões de uso, identificar inconsistências e ajustar políticas internas com base em dados consolidados. A redução de processos manuais também diminui retrabalho e libera tempo para análises mais estratégicas.
Engajamento e percepção de valor pelo colaborador
A experiência do usuário é outro fator que impulsiona a migração. Cartões multibenefícios costumam oferecer interfaces digitais, aplicativos e funcionalidades que aproximam o benefício da rotina do colaborador. Consultar saldo, acompanhar gastos e realizar pagamentos em diferentes contextos passa a fazer parte de uma experiência mais fluida.Essa facilidade contribui para o engajamento. Quando o benefício é percebido como útil e adaptável, ele tende a ser valorizado. Em vez de um pacote fixo, o colaborador passa a enxergar o cartão como um recurso que se ajusta às suas necessidades, o que fortalece a relação com a empresa.
Adequação a políticas internas e compliance
Outro aspecto considerado pelas organizações é a possibilidade de personalizar regras de uso. Mesmo com flexibilidade, os cartões multibenefícios permitem definir categorias permitidas, limites e períodos de utilização. Isso ajuda a manter alinhamento com políticas internas e exigências legais, sem comprometer a autonomia do usuário.A adaptação a normas e auditorias também se torna mais simples quando as informações estão concentradas em uma única plataforma. Relatórios padronizados e históricos de transações facilitam prestações de contas e reduzem riscos associados à gestão descentralizada de benefícios.
Prioridades na gestão de pessoas
À medida que empresas buscam equilibrar eficiência administrativa e bem-estar dos colaboradores, os cartões multibenefícios se consolidam como alternativa aos modelos tradicionais.A migração reflete não apenas uma mudança de ferramenta, mas uma revisão de prioridades na gestão de pessoas. Ao unir flexibilidade, controle e experiência do usuário, esse formato aponta para uma relação mais dinâmica entre empresa e colaborador, acompanhando transformações que já fazem parte do cotidiano corporativo.
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