21 de dezembro, de 2025 | 08:55
Infrações ambientais crescem em Ipatinga e Paraíso e caem em Timóteo e Fabriciano
Divulgação
Em Timóteo, em razão da existência da zona de amortecimento do Perd, predominam ocorrências relacionadas à flora
Em Timóteo, em razão da existência da zona de amortecimento do Perd, predominam ocorrências relacionadas à floraPor Isabelly Quintão - Repórter Diário do Aço
Ao comparar o comportamento dos municípios do Vale do Aço com o ano passado, constata-se que Ipatinga e Santana do Paraíso apresentaram aumento aproximado de 20% no número de ocorrências ambientais registradas, enquanto Timóteo e Coronel Fabriciano registraram redução em torno de 27%. As informações foram apuradas pela reportagem do Diário do Aço junto ao 2º Pelotão de Meio Ambiente.
No ano de 2025, as ocorrências mais registradas pela PM Meio Ambiente concentraram-se nas relacionadas a atividades poluidoras ou degradadoras do meio ambiente, como empreendimentos potencialmente poluidores em funcionamento sem o devido licenciamento ambiental e a disposição irregular de resíduos sólidos. Adiante, estão as denúncias envolvendo infrações contra a flora: desmatamentos e intervenções irregulares em áreas de preservação permanente, e infrações contra a fauna, principalmente o cativeiro irregular de animais silvestres e casos de maus-tratos.
O tenente Allan Teles explicou ao jornal que o que contribuiu para a redução de infrações em Timóteo foi a atuação da polícia no combate a desmatamentos e intervenções ambientais irregulares. Já em Ipatinga, foram feitas diversas operações e fiscalizações voltadas à regularização de empreendimentos, bem como ao combate ao cativeiro irregular de animais silvestres, o que refletiu no aumento dos registros.
Diferenças
Considerando toda a região, Ipatinga concentrou o maior número de ocorrências ambientais. No entanto, o perfil das ocorrências varia conforme as características de cada município.
Em Timóteo, em razão da existência de grandes áreas verdes, da zona de amortecimento do Parque Estadual do Rio Doce e da pressão imobiliária, predominam ocorrências relacionadas à flora, como desmatamentos, intervenções irregulares em áreas de preservação permanente e supressão de vegetação para implantação de chacreamentos. Já em Ipatinga, são mais frequentes as ocorrências relacionadas a empreendimentos sem licenciamento ambiental e ao cativeiro irregular de aves silvestres”, pontuou o tenente. Foram lavrados mais de 600 autos de infração ambiental, resultando em mais de R$ 5,5 milhões em multas.
Ações intencionais
Allan Teles também destacou que na maioria dos casos os infratores têm plena consciência de que estão cometendo crimes ambientais, sabem que a conduta é ilegal, mas optam por assumir o risco. O arrependimento, em geral, ocorre após a fiscalização, quando são penalizados com multas elevadas e passam a responder criminalmente pelas infrações cometidas”.
Acrescentou, ainda, que os crimes e infrações ambientais normalmente acompanham as estações do ano e os ciclos produtivos de cada região. Durante o período de estiagem, há um aumento considerável dos registros de incêndios florestais. Já em épocas propícias ao plantio, observa-se maior incidência de desmatamentos de vegetação nativa, que acabam sendo substituídos por culturas como café, cana-de-açúcar ou pastagens”, afirmou.
Denúncias
As denúncias podem ser feitas de forma anônima, por meio do 190, em situações de flagrante ou urgência, ou pelo 181 Disque-Denúncia, para casos rotineiros ou que não demandem atendimento imediato.
Orientações
Allan Teles destaca que a principal orientação do 2º Pelotão de Meio Ambiente é simples: respeitar as leis e o meio ambiente. E ressalta que é dever de todos preservar os animais e os recursos naturais, tendo consciência que crimes ambientais prejudicam o ciclo natural, a fauna, a flora e os recursos hídricos, além de gerar consequências ao próprio infrator. Também é fundamental buscar informações antes de fazer qualquer intervenção ambiental, adotando as técnicas corretas e obtendo os devidos licenciamentos ambientais. Sempre existem formas de desenvolver atividades com o menor impacto ambiental possível”, reforçou.
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