17 de dezembro, de 2025 | 12:40
Tribunal do Júri de Açucena condena réu por homicídio qualificado a 18 anos e 8 meses de reclusão
Arquivo DA
O Conselho de Sentença do Júri Popular em Açucena acatou argumentos que apontaram a autoria e a materialidade delitivas; na sentença, o réu foi condenado à pena de 18 anos e 8 meses de reclusão
O Conselho de Sentença do Júri Popular em Açucena acatou argumentos que apontaram a autoria e a materialidade delitivas; na sentença, o réu foi condenado à pena de 18 anos e 8 meses de reclusãoLevado a julgamento no Tribunal do Júri nesta terça-feira (16), no fórum da Comarca de Açucena, Clayton dos Santos Emílio, de 29 anos, foi condenado pelo crime de homicídio qualificado de Cairom Ferreira Soares, de 33 anos, ocorrido em 17 de junho de 2023, no Centro de Naque conforme noticiado à época pelo Diário do Aço.
Consta no processo que o crime foi praticado por volta de 19h20, em uma barbearia localizada na avenida José Martins Morais Júnior. À época, a apuração indicou que o assassino teria sido contratado por um homem para matar a vítima. O mandante não foi a julgamento, pois, antes da conclusão da apuração do caso, o suspeito também foi assassinado a tiros.
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) foi representado no julgamento pelo promotor de Justiça Jonas Junio Linhares Costa Monteiro.
Ao fim da sessão, o Conselho de Sentença acatou a argumentação do promotor e reconheceu a autoria e a materialidade delitivas, bem como as qualificadoras do recurso que dificultou a defesa da vítima e do emprego de meio que resultou perigo comum.
Com isso, o réu foi condenado à pena de 18 anos e 8 meses de reclusão, a ser cumprida em regime inicial fechado.
Entenda o caso
Conforme consta no processo, na ocasião, o réu surpreendeu Cairom Ferreira enquanto ele cortava o cabelo e efetuou diversos disparos de arma de fogo, atingindo-o na cabeça, no braço e na região subescapular esquerda. Cairom Ferreira Soares morreu ainda no local.Durante o julgamento, restou evidenciado que a execução se deu de forma repentina, em ambiente fechado e com presença de outras pessoas, circunstâncias que impediram qualquer possibilidade de reação da vítima e expuseram terceiros a risco, fundamentos que embasaram o reconhecimento das qualificadoras pelo Conselho de Sentença”, detalhou o promotor Jonas.
Impactos na família da vítima
O representante do Ministério Público ressaltou os impactos do crime sobre o núcleo familiar da vítima, que deixou três filhos e uma esposa, privados da convivência paterna e conjugal em decorrência da ação criminosa.Suposto mandante foi assassinado
O acusado de ser o mandante do crime, Antonio Emidio Barbosa, o Toni Bigode, de 58 anos, chegou a ser investigado no caso. Entretanto, ele foi encontrado assassinado cinco meses depois. No dia 15 de dezembro de 2023, Toni foi encontrado morto a tiros em um sítio de sua propriedade, à margem do km 188 da BR-381, em Periquito. À época, seus familiares negaram que ele tivesse sido o mandante do assassinato de Cairom Ferreira Soares.Condenado por outro assassinato
Levado a julgamento em Açucena, o réu Clayton dos Santos Emílio já está recolhido ao cárcere para cumprimento de pena por outro homicídio qualificado, em sentença proferida pela Comarca de Inhapim, onde foi sentenciado a 24 anos de reclusão pelo assassinato de Eraldo da Silveira, de 38 anos no distrito de São Sebastião da Barra.Consta na sentença que Clayton dos Santos Emílio chegou a um estabelecimento comercial - um açougue - conduzindo uma motocicleta, desembarcou rapidamente e, já armado, adentrou o local em busca de seu alvo.
No interior do comércio, encontrou a vítima, que havia tentado se refugiar após correr para escapar dos executores. Eraldo da Silveira, pai de família, pessoa religiosa e sem envolvimento com a criminalidade, foi rendido, colocado de joelhos e chegou a implorar por sua vida.
Matou a vítima errada em
A ação ocorreu em plena luz do dia, causando pânico entre comerciantes e clientes e expondo terceiros a risco”, destacou a denúncia do MPMG. A maior surpresa, entretanto, foi o fato de Eraldo ter sido assassinado por engano. O alvo do matador era outro e, na hora da execução, confundiu a vítima.Nova condenação
Com a nova condenação proferida pelo Tribunal do Júri de Açucena, o réu permanece custodiado e cumprirá a pena em regime fechado. Esse resultado significa o compromisso do Ministério Público e do Tribunal do Júri com a responsabilização penal nos crimes dolosos contra a vida e com a proteção da sociedade”, concluiu o promotor de Justiça.
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
















