16 de dezembro, de 2025 | 13:34

Como o futebol afeta a saúde mental dos torcedores no Brasil


O futebol é o esporte preferido dos brasileiros, gerando uma audiência enorme e atraindo um público gigantesco. Entretanto, como isso afeta a vida do cidadão em geral?

Em primeiro lugar, temos que saber mais sobre o nível de fanatismo dos torcedores. No país, de acordo com a pesquisa

“O Maior Raio-X do Torcedor”, de 2024, 30% dos torcedores se identificavam como fanáticos no país - mas esses números podem não ser tão certos.

O que é o fanatismo

A definição de fanatismo pode ser dada como “crença excessiva e intolerante”, uma visão onde exceções não existem e mesmo a realidade pode ser negada, em nome de uma paixão que inclusive leva à intolerância.

Certamente, boa parte desses torcedores não se identificaria com esta definição - como podemos ver, boa parte dos torcedores sequer cogita se envolver, por exemplo, em atos de violência, que ainda existem no país, embora sejam até menos comuns do que décadas atrás.

As diferenças entre o grupo e o individual

Assim, existem vários estudos sobre a psicologia de grupo e o comportamento de torcidas, algo que inclusive muda a perspectiva individual - e substitui isso por um comportamento de grupo.

Isso não se resume apenas a comportamentos violentos, podendo ser aplicado também a, por exemplo, um desgaste emocional quando o seu time perde um jogo - algo inclusive muito comum, não apenas no Brasil.

Quando o futebol afeta a autoestima

Entretanto, se você sente que a sua autoestima é afetada pela relação com o futebol, talvez seja necessário começar a repensar esta abordagem, afinal de contas, algo que deveria ser apenas entretenimento ou ainda uma distração não deveria ser algo que afete tanto sua vida de uma maneira muito negativa.

É bem verdade que algumas pessoas, inclusive, fazem certos sacrifícios pelo clube que torcem, incluindo aí gastar um dinheiro que poderia ser dedicado a outras coisas, para comprar ingressos ou camisas do time.

De um certo ponto de vista, isso é algo louvável, mas também pode ser prejudicial – e, além disso, pode também dar base para certos tipos de pensamento onde se justificam ações extremas por conta desse mesmo sacrifício, como se o futebol ou certas pessoas que trabalham no meio, tivessem obrigação de sofrer as consequências de atos impensados por conta dessa relação.

Os riscos das apostas esportivas no contexto do fanatismo

Através de campanhas de propaganda muito tentadoras, com promoções irrecusáveis e mecanismos simples detalhados, como é o caso com o bônus 1Bet explicado no Wincomparator, os torcedores também acabam caindo na forma mais extrema das apostas esportivas.

Esse fanatismo e a busca constante por uma conexão mais intensa com o futebol podem levar os torcedores a
procurarem experiências cada vez mais radicais. As apostas esportivas surgem como uma dessas alternativas, cada vez mais populares, prometendo aumentar a emoção de cada partida e dar ainda mais significado aos resultados.

Porém, essa prática pode rapidamente se transformar em um problema sério. Muitos torcedores começam apostando
como forma de demonstrar que seu amor pelo time de coração, não tem preço ou por outros motivos relacionados. Porém, acabam desenvolvendo um comportamento compulsivo, apostando valores cada vez maiores na esperança não só de recuperar o dinheiro perdido, mas também por não aceitarem ter perdido a aposta. Ou seja, o resultado do jogo e da aposta acabam se confundindo.

O vício em apostas esportivas é uma realidade crescente no Brasil, e pode trazer consequências devastadoras tanto financeiras quanto emocionais. Por isso, é fundamental que os torcedores que decidem apostar o façam de forma consciente e responsável, entendendo os riscos envolvidos.

O importante é lembrar que, assim como o futebol em si, as apostas deveriam ser apenas um entretenimento ocasional, e nunca algo que comprometa a saúde financeira ou mental do torcedor.

As relações entre o fanatismo e outros problemas

O fanatismo não é uma doença, mas pode ter relações perigosas com outros transtornos, como ansiedade, comportamento compulsivo e depressão, que podem ser combinações perigosas.

Nesses casos, o fanatismo pelo futebol não é um fim em si, mas um catalisador que pode levar a uma vasta gama de consequências, inclusive violentas, colocando a pessoa num lugar bastante complicado.

Na verdade, o futebol mexe até mesmo com a atividade cerebral das pessoas, especialmente durante os jogos, mas também podem ocorrer reflexos na parte física dos torcedores.

Efeitos como insônia em dias de jogos, aumento da agressividade e até mesmo problemas cardíacos podem ocorrer por conta de uma visão exacerbada de algo que deveria ser apenas mais uma diversão.

Isso sem contar com outros fatores, como por exemplo, uso de álcool ou outras drogas, o que acaba aumentando ainda mais esses fatores negativos e pode levar a ainda mais reações problemáticas.

Em tempos mais atuais, temos ainda as apostas, torcedores dispostos a gastar com viagens e ingressos mais caros para acompanhar seus times, entre outros, que acabam por levar a uma situação onde a pessoa pode se sentir ainda mais pressionada, em situações que também poderiam ser evitadas.

Como proceder para evitar desgaste mental

Como dissemos, o futebol como esporte deve ser entretenimento e diversão, e quando levado como tal, pode ser prazeroso e até mesmo indicado. Porém, quando este limite é ultrapassado e começa a causar transtornos, é algo que precisa ser repensado.

Algo que pode causar problemas nas relações com amigos, familiares e até mesmo acarretar em problemas de saúde precisa ser revisto para que seja levado como algo sadio e não uma coisa destrutiva.

Se você sente que está ultrapassando esta linha, é possível inclusive procurar ajuda profissional, especialmente se contarmos que vários problemas de saúde podem ser evitados dessa maneira - e ao fim do dia, isso é mais importante do que o resultado que seu time teve no dia anterior.
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