12 de dezembro, de 2025 | 15:07

Goiabinha-de-cocais é a nova espécie de árvore identificada na Mata Atlântica

A Cenibra apresentou uma nova espécie de árvore identificada em suas áreas de preservação na Serra dos Cocais, em Coronel Fabriciano. A descoberta foi liderada pelo doutorando Otávio Miranda, com apoio do Grupo de Estudo em Economia e Manejo Florestal da Universidade Federal de Viçosa (GEEA/UFV) e especialistas da Cenibra.

A confirmação, segundo divulgado pela empresa, veio após análises do professor Marcos Sobral, da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), referência no estudo da família Myrtaceae na América Latina. Para incluir os funcionários da empresa, o nome popular foi escolhido por votação. O nome mais votado foi goiabinha-de-cocais (Myrcia magnipunctata) e batiza os únicos 11 exemplares catalogados no mundo, todos nas áreas da Cenibra.

O achado representa um marco para a ciência atualmente, quando a identificação de novas espécies arbóreas se tornou cada vez mais rara. A árvore pertence à família Myrtaceae a mesma do eucalipto, da jabuticaba, da goiaba e da pitanga e foi localizada em um fragmento de Mata Atlântica monitorado pela empresa há mais de duas décadas.

“Encontrar uma nova espécie em nossas áreas mostra como a conservação e a produção florestal andam de forma harmoniosa. A escolha do nome 'goiabinha-de-cocais' torna um fato científico em orgulho compartilhado e uma conexão com o que cuidamos juntos”, destaca Kelen Karla Moreira, coordenadora de Gestão Ambiental da Cenibra.

A confirmação científica revelou que se trata de uma espécie endêmica, exclusiva da região geográfica. Isso reforça a importância das áreas de preservação da Cenibra para a biodiversidade global.

A goiabinha-de-cocais (Myrcia magnipunctata) se destaca pelas folhas longas, caules recobertos de pelos marrom-avermelhados e por pequenas pontuações translúcidas nas folhas, esses detalhes inspiraram seu nome científico (em latim, “com grandes pontuações”). Segundo os pesquisadores, a árvore pode atingir até seis metros de altura e o seu fruto não é comestível.

Santuário protegido
A região onde a goiabinha-de-cocais foi encontrada é monitorada desde 2002 pela Cenibra em parceria com a UFV. Pesquisas indicam que, das mais de 200 espécies vegetais registradas no local, cerca de 80 são exclusivas daquela área.