09 de dezembro, de 2025 | 06:00

Rumo ao hepta

Fernando Rocha

O Cruzeiro inicia amanhã, contra o Corinthians, a sua caminhada rumo ao sétimo (hepta) título da Copa do Brasil, da qual é o maior vencedor com seis conquistas.

O terceiro lugar e a ótima campanha no Campeonato Brasileiro credenciam a Raposa como favorita para este confronto contra o Corinthians, mas o fato da segunda partida decisiva ser na casa do time paulista traz certo equilíbrio à disputa de semifinal.

Os dois times pouparam seus titulares na última rodada do Brasileirão, mas, enquanto o técnico Leonardo Jardim terá todos os principais jogadores à sua disposição, o corintiano Dorival Junior não sabe se poderá contar com o meia Rodrigo Garro e o atacante Yuri Alberto, embora o craque holandês Menphis Depay esteja garantido.

O objetivo do Cruzeiro, amanhã, no Mineirão que terá lotação máxima, será vencer se possível por um placar com dois ou mais gols de vantagem, para administrar o resultado e a classificação no jogo de volta, que será na casa corintiana.

Não apaga
A goleada de 5 x 0 sobre o Vasco, no fechamento do Brasileirão, não apaga a péssima impressão deixada na temporada pelo Atlético ou diminui a frustração da torcida, tanto que ao final da partida, na Arena MRV, a massa atleticana cantou o tradicional “time sem-vergonha” para os jogadores.

A vitória ao menos serviu para garantir vaga na Copa Sul-Americana, o que lhe sobrou de competição internacional para disputar em 2026, pelo mero 11º lugar na classificação do Campeonato Brasileiro.

A temporada começou com o técnico Cuca, vieram contratações robustas, como Rony, por quase R$ 40 milhões, e Junior Santos, por cerca de R$ 50 milhões, o que alimentou a esperança do torcedor em ter um time mais competitivo este ano, mesmo sem a Libertadores no calendário, mas nada deu certo.

Com a chegada de Jorge Sampaoli, em setembro, o time melhorou um pouco, alguns jogadores como Dudu, Bernard, Arana e Igor Gomes subiram de produção, mas a estrela Hulk continuou em baixa e outras, como Gustavo Scarpa, não caíram no gosto do treinador, que errou feio na estratégia e fracassou ao perder a decisão da Sul-Americana para o modesto Lanús, clube de bairro da Argentina.

FIM DE PAPO

O torcedor do Galo está na bronca com a maioria dos jogadores, e até o técnico Sampaoli já não é mais unanimidade. Na reformulação que virá, alguns nomes são figuras carimbadas para deixar o clube: Caio Paulista, Biel, Gabriel Menino, Fausto Vera, Natanael e Saravia, cujo contrato não será renovado, puxam a fila. Alguns até então intocáveis, os casos de Arana, Scarpa, Alonso e até Hulk, que tem contrato até o fim de 2026, também podem sair. Outros jogadores, mais jovens e de potencial, podem ser emprestados. A ideia é baixar a média de idade dos atuais 30 para 26 anos do elenco e ajustar o perfil do grupo para algo próximo do gosto de Sampaoli.

Nas redes sociais de cruzeirenses existem torcedores que lamentam a “não conquista” do título do Brasileirão e citam o fato de o time ter perdido oito pontos para três dos rebaixados. Ficaram no caminho dois pontos contra o Sport, dois contra o Juventude e quatro contra o Ceará. A memória é curta, pois a considerar as expectativas no começo da temporada e o objetivo traçado, principalmente, a campanha do Cruzeiro neste Brasileirão é para ser comemorada e exaltada. Óbvio que agora o sarrafo vai subir e a cobrança irá aumentar. A torcida celeste, que sempre sonha com a Libertadores, terá o seu time de volta depois de seis anos e vai querer também o título do Campeonato Brasileiro, que não ganha desde 2014. Para atingir estes objetivos, a permanência do técnico Leonardo Jardim, que ainda não está totalmente definida, será fundamental, além da contratação de reforços pontuais.

O sorteio da Copa do Mundo de 2026 foi o mais chato de todos os tempos, onde o presidente da Fifa, Gianni Infantino, quis se tornar um Raul Gil muito meia-boca e extrapolou na babação ao presidente norte-americano Donald Trump, inclusive inventando um prêmio pela paz, justamente para quem defende o belicismo como método de imposição e convencimento, e ainda tem a cara de pau de cobrar “humildemente” o verdadeiro Nobel da Paz.

Sobre o Grupo C, onde o Brasil ficou ao lado do Marrocos, Haiti e Escócia, acho que vamos encontrar alguma dificuldade somente contra os marroquinos, que contam com um excelente treinador e bons jogadores em sua seleção. Espero muitas goleadas nesta Copa que terá o incrível número de 48 seleções, boa parte delas “bambalas e arimateias”, à altura da babação de ovo da cerimônia desse sorteio dos grupos. (Fecha o pano!)

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