07 de dezembro, de 2025 | 08:55

Transporte e segurança são entraves para quem busca trilhas e cachoeiras em Minas

Divulgação
A falta de acessibilidade é muito notada em zonas rurais do estado, aponta Uel Martins  A falta de acessibilidade é muito notada em zonas rurais do estado, aponta Uel Martins

Por Isabelly Quintão - Repórter Diário do Aço

O estado de Minas Gerais é famoso por trilhas, cachoeiras e paisagens naturais, atraindo turistas que se interessam por ecoturismo. Mas nem sempre quem reside no próprio estado consegue chegar até esses locais com facilidade. A reportagem do Diário do Aço entrevistou Uel Martins, proprietário da Uel Trekking, que falou acerca da acessibilidade e da segurança nos roteiros.

A Uel Trekking começou em 2020 explorando as zonas rurais do Colar Metropolitano do Vale do Aço (RMVA) e se expandiu alcançando destinos não só em outras regiões de Minas, mas também no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Maranhão, Bahia e Tocantins. A empresa é especializada em experiências de trekking e aventuras ao ar livre, e também promove passeios culturais em cidades históricas e litorâneas.

Ao jornal, Uel Martins pontuou que a deficiência de meios de transporte é um dos principais desafios para os viajantes. “Na região da Serra do Caparaó, muitas cachoeiras estão na zona rural, e a zona rural envolve estrada de chão, falta de acessibilidade, sinalização... A pessoa pega um ônibus, vai para lá, mas não consegue chegar nas cachoeiras, tendo que andar mais 12 km de estrada de chão. Geralmente, só é possível chegar de van ou micro-ônibus”, exemplificou.

Para Uel, Cabeça de Boi (Itambé do Mato Dentro) e Serra dos Alves (Itabira) estão entre os principais destinos que precisam de transporte particular ou grupos organizados para serem acessados. “Para que isso mude, é necessário ter nos locais mais sinalização, melhorar as estradas e ter um transporte ao chegar na cidade principal”, enfatizou.

Segurança
Quando se fala de turismo de aventura, a segurança é essencial. Uel mencionou que o despreparo é comum em algumas empresas, por isso, existe o cuidado de não intitular um condutor de trilha de guia. “Existem muitas pessoas despreparadas que acham que só porque conhecem o local são guias, mas não têm cursos e equipamentos de primeiros socorros. A falta de fiscalização também favorece isso. Em todos os roteiros que vamos, nós já fomos antes. Existe, ainda, o seguro viagem, caso seja preciso atendimento médico”, destaca.

Segurança
Nem todas as pessoas estão aptas para trilhas devido à falta de preparo físico, problemas de saúde e conhecimento. Uel explicou que, por essa razão, é necessário selecionar o perfil de cada viajante. “Na descrição dos roteiros deixamos claro quando a trilha é leve, moderada ou difícil. Vamos tanto para trilhas que é preciso andar somente 50 a 100 metros, quanto para trilhas que é necessário andar quase 30 km no dia. Não indicamos para pessoas sedentárias aquelas em que fazemos três a seis horas de atividade”, concluiu.


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