CAMARA IPATINGA OUVIDORIA 728X90

01 de dezembro, de 2025 | 05:49

Isenção do IR injeta R$ 28 bilhões na economia, diz Lula

Em pronunciamento, afirmou que desigualdade caiu ao menor patamar

Com informações da Agência Brasil
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante pronunciamento à Nação sobre a isenção do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) para quem recebe até R$ 5 mil mensais. Foto: Ricardo Stuckert/PRPresidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante pronunciamento à Nação sobre a isenção do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) para quem recebe até R$ 5 mil mensais. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, na noite deste domingo (30), que a desigualdade do Brasil é a menor da história. Em cadeia de rádio e televisão, ele falou à população sobre a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais e o aumento da taxação para altas rendas. Ambas medidas valerão a partir de janeiro.

A sanção ocorreu na última quarta-feira (26), em Brasília. O pronunciamento na noite de domingo dá mais publicidade ao cumprimento de um dos principais objetivos definidos na campanha de 2022.

Em sua fala, de aproximadamente seis minutos, Lula também citou a criação dos programas Pé-de-Meia, Luz do Povo e Gás do Povo, dentre outras medidas tomadas pelo seu governo.

“Graças a essas e outras políticas, a desigualdade no Brasil é hoje a menor da história. Mesmo assim, o Brasil continua a ser um dos países mais desiguais do mundo. O 1% mais rico acumula 63% da riqueza do país, enquanto a metade mais pobre da população detém apenas 2% da riqueza”, disse.

“A mudança no Imposto de Renda é um passo decisivo para mudar essa realidade, mas é apenas o primeiro. Queremos que a população brasileira tenha direito à riqueza que produz, com o suor do seu trabalho. Seguiremos firmes combatendo os privilégios de poucos, para defender os direitos e as oportunidades de muitos”, completou.

Leia também:
Opinião: Onde ficamos, quando a conveniência dos economistas aparece acima da ciência e dos fatos?

Efeitos na Economia
Lula mostrou cálculos para que os beneficiados pela medida tenham uma noção mais real de quanto poderão economizar ao não pagar mais Imposto de Renda. “Com zero de imposto de renda, uma pessoa com salário de 4800 pode fazer uma economia de 4 mil em um ano. É quase um décimo quarto salário”.

Lula lembrou que a compensação para os cofres do Estado virá sobre a taxação dos super-ricos, de pessoas que ganham “vinte, cem vezes mais do que 99% do povo brasileiro”. Serão 140 mil super-ricos incluídos na cobrança de 10% de imposto sobre a renda.

Segundo ele, o dinheiro extra nas mãos dos beneficiados deve injetar R$ 28 bilhões na economia. Veja, abaixo, a íntegra do pronunciamento:



Tabela do IR
A nova lei não faz, entretanto, uma correção da tabela do IR. A novidade é apenas a aplicação da isenção e descontos para essas novas faixas de renda. Então, quem recebe mais de R$ 7.350 continuará a pagar 27,5% de Imposto de Renda.

Uma eventual correção de toda a tabela custaria mais de R$ 100 bilhões por ano, segundo cálculos do governo. E esse dinheiro teria que sair de outra fonte.

Desde 2023, o governo tem garantido a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos, mas isso só beneficia a faixa inferior da tabela. No total, a tabela tem cinco alíquotas: de zero, 7,5%, 15%, 22,5% e 27,5%.

Taxação dos mais ricos
Para compensar a perda de arrecadação, o texto prevê uma alíquota extra progressiva de até 10% para aqueles que recebem mais de R$ 600 mil por ano (R$ 50 mil por mês), cerca de 140 mil contribuintes. Para quem já paga 10% ou mais, não muda nada.

Hoje, contribuintes pessoas físicas de alta renda recolhem, em média, uma alíquota efetiva de 2,5% de IR sobre seus rendimentos totais, incluindo distribuição de lucros e dividendos. Enquanto isso, trabalhadores em geral pagam, em média, 9% a 11% de IR sobre seus ganhos.

Alguns tipos de rendimentos não entram nessa conta, como ganhos de capital, heranças, doações, rendimentos recebidos acumuladamente, além de aplicações isentas, poupança, aposentadorias por moléstia grave e indenizações. A lei também define limites para evitar que a soma dos impostos pagos pela empresa e pelo contribuinte ultrapasse percentuais fixados para empresas financeiras e não financeiras. Caso isso ocorra, haverá restituição na declaração anual.
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Stop

01 de dezembro, 2025 | 08:25

“Sr. jose conforme dita nossa constituição impostos são somente 7 e as contribuições contribuições federais incluem PIS, COFINS, CSLL e INSS
isso estar na constituição dês de 1988
Qualquer duvida pode usar o google o site do planalto lá tem informações verdadeira não essas fakes que pretende divulgar”

Stop

01 de dezembro, 2025 | 07:42

“Aguardando o 0,01% da população afetada do Brasil reclamar do Sr. presidente ter aumentado a tabela de imposto desles”

Jose

01 de dezembro, 2025 | 07:14

“Carla balbino especialista e dona da verdade.”

Beto

01 de dezembro, 2025 | 07:14

“A tabela do imposto de renda deveria ser ajustada todo ano de acordo com a inflação.
Tem anos que isso não é feito, significa que estão roubando nosso dinheiro.
Agora é um jogo político para eleição 2026.”

Carla Balbino Sanches

01 de dezembro, 2025 | 06:43

“Caro senhor "José", eu não votei no Lula. Lamentavelmente anulei o meu voto por não concordar com nenhhum dos candidatos no segundo turno. Mas devo lhe explicar que a afirmação que o governo Lula criou 27 impostos é falsa. A polêmica reside no fato de que o número de medidas adotadas para incrementar a arrecadação é alto, mas isso não significa a criação de 27 tributos totalmente novos. É necessário esclarecer se foram "27 aumentos" ou "27 medidas", relacionadas a impostos. Uma coisa é criar novos impostos, a outra é tomar alguma medida em relação a impostos já existentes. É preciso explicar o óbvio? Também acho que Esse jornal deveria recusar comentários de conteúdos falsos, como é o seu caso.”

Jose

01 de dezembro, 2025 | 06:02

“Desde janeiro de 2023, criou e aumentou 27 novos impostos. Aí a massa ignara comemora pelas ruas e redes sociais dizendo que este governo é o melhor de todos os tempos. Brasil é um caso perdido.”

Envie seu Comentário