25 de novembro, de 2025 | 08:45

Caps de Ipatinga atendeu mais de 5.400 pessoas entre julho e novembro

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Neste ano, a unidade teve 1.550 atendimentos a mais do que em 2024 no mesmo período Neste ano, a unidade teve 1.550 atendimentos a mais do que em 2024 no mesmo período

Por Isabelly Quintão - Repórter Diário do Aço

Entre os meses de julho e novembro deste ano, o município de Ipatinga atendeu 5.448 pacientes no Clips/Caps II, destinado ao público adulto, situado no bairro Cidade Nobre. O município conta com duas unidades em funcionamento, sendo a outra Capsi, voltado para crianças e adolescentes, que funciona no bairro Veneza I. Os dados foram apurados pela reportagem do Diário do Aço junto à Secretaria Municipal de Saúde.

Considerando o mesmo período do ano passado, houve um aumento significativo no número de atendimentos, sendo 1.550 a mais. A maior demanda é o acolhimento, que consiste no primeiro contato com o paciente, envolvendo a psicologia e a psiquiatria. O acolhimento funciona de “porta aberta”, uma vez que o paciente pode chegar, solicitar a escuta e ser acolhido no mesmo momento. A partir daí, o paciente é orientado se o tratamento continuará na unidade ou se terá que procurar outro serviço da rede. Embora alguns pacientes cheguem na unidade com um encaminhamento médico em mãos, o documento não é obrigatório.

A gerente de saúde mental da Secretaria Municipal de Saúde, Lorrayne Lima, pontuou que o perfil dos pacientes que mais acessam o serviço são “pessoas com transtorno psicótico, quadro depressivo severo, risco de suicídio, sofrimento psíquico associado à vulnerabilidade social, rompimento de vínculos, violência, situação de rua e, principalmente, o uso abusivo de álcool e outras drogas”.

Lorrayne destacou que os principais desafios enfrentados na unidade são os estigmas que ainda cercam a saúde mental. “Muitas pessoas associam o Caps exclusivamente à loucura ou situação de crise grave que gera medo, vergonha e resistência em buscar o atendimento. Há um preconceito social, familiar e até interno do próprio usuário. Algumas famílias têm dificuldade em compreender que o transtorno mental é uma condição de saúde, e não uma falha pessoal”.

Ampliação
Ela ressaltou que o município planeja ampliar os serviços com novas unidades e que busca outras especialidades para agregar a atual equipe. “Estamos no processo de implantação do Caps AD, direcionado ao uso abusivo de álcool e droga, que complementa bastante o que nós já temos. O processo está um pouco adiantado em relação à busca de localização e profissionais para compor essa futura equipe”, relatou a gerente de saúde mental.

O atendimento da unidade é multidisciplinar, e a oferta varia de acordo com cada caso. Há um acompanhamento intensivo durante o dia, indicado para usuários que precisam de maior suporte. Além disso, são oferecidas oficinas terapêuticas e medicação supervisionada, bem como suporte familiar e atividades de socialização assistida.

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