18 de novembro, de 2025 | 16:32
Caged: Minas Gerais cria 11,7 mil vagas formais em setembro
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Micro e Pequenas Empresas respondem por 98,9% dos novos postos de trabalho; Serviços, Comércio e Indústria impulsionam recuperação
Micro e Pequenas Empresas respondem por 98,9% dos novos postos de trabalho; Serviços, Comércio e Indústria impulsionam recuperaçãoO mercado de trabalho formal mineiro voltou a acelerar em setembro de 2025, com a criação de 11.785 vagas com carteira assinada, segundo levantamento realizado pelo Sebrae Minas, a partir dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O resultado representa um crescimento expressivo de 870% em relação a agosto (1.214 vagas) e confirma a retomada dos setores urbanos após a desaceleração registrada no mês anterior.
No período, Minas contabilizou 239.811 admissões e 228.026 desligamentos, movimento marcado pelo avanço das contratações (+2,9%) e pela redução das demissões (-1,7%). As Micro e Pequenas Empresas (MPEs) foram novamente o principal motor de geração de emprego, responsáveis por 11.897 vagas, o equivalente a 98,9% do saldo total. O estado segue como o segundo maior gerador de empregos do país, atrás apenas de São Paulo.
No acumulado de janeiro a setembro, Minas Gerais soma 164.634 novas vagas, desempenho positivo, mas 20% inferior ao registrado no mesmo período de 2024, refletindo um ritmo mais moderado ao longo do ano.
Entre os trabalhadores admitidos por MPEs, o perfil predominante é formado por jovens de 18 a 24 anos (27%), com ensino médio completo (66,6%). O salário médio de admissão foi de R$ 2.017,04, ligeiramente inferior ao salário médio de desligamento (R$ 2.041,26), tendência já observada nos últimos meses.
Em relação aos setores, Serviços (+7.069 vagas), Comércio (+4.836) e Indústria de Transformações (+3.989) aceleram contratações. A Construção Civil (+862) e a Extrativa Mineral (+462) também contribuíram para o saldo positivo. A Agropecuária, por outro lado, registrou queda de 5.560 vagas, devido à entressafra e ao encerramento de contratos temporários, movimento sazonal típico deste período do ano.
Entre as atividades econômicas de maior destaque estão Serviços combinados de escritório e apoio administrativo (+950); Serviços de engenharia (+771); e Comércio atacadista de produtos alimentícios (+751). A maior perda ocorreu em cultivo de café (-4.020).
Perspectivas para o fim do ano
A expectativa é de que os setores de Comércio e Serviços ganhem força nos próximos meses, impulsionados pelas contratações temporárias típicas do último trimestre. Esse movimento deve compensar parcialmente o arrefecimento da Indústria e da Construção, mais sensíveis às condições de crédito e aos custos financeiros elevados.
A Agropecuária tende a se estabilizar entre novembro e dezembro com o início de um novo ciclo produtivo. Mesmo com as perdas recentes, o setor continua com saldo positivo no acumulado do ano, demonstrando resiliência diante da sazonalidade e da volatilidade dos mercados externos, especialmente para produtos como o café e o alho.
A expectativa é que Minas Gerais encerre o ano com saldo líquido positivo de empregos, embora em um ritmo mais moderado do que em 2024. O mercado de trabalho deve continuar sendo sustentado pelos pequenos negócios e pelas atividades urbanas, que permanecem como pilares da geração de renda e da dinamização econômica estadual”, avalia o analista do Sebrae Minas Marcílio Duarte.
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