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13 de novembro, de 2025 | 21:00

Deputado mineiro investigado em fraude do INSS teria recebido R$ 14,7 milhões em propina

Segundo a PF, Euclydes Pettersen é denominado como 'Herói E' nas planilhas apreendidas

Divulgação Instagram
O deputado federal Euclides Pettersen, também presidente do Republicanos em MG, é alvo de mandados de busca e apreensão cumpridos nesta quinta-feira (13), pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU). A operação investiga um esquema nacional de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões do INSSO deputado federal Euclides Pettersen, também presidente do Republicanos em MG, é alvo de mandados de busca e apreensão cumpridos nesta quinta-feira (13), pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU). A operação investiga um esquema nacional de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões do INSS

Investigação da Polícia Federal aponta que o deputado federal Euclydes Pettersen (Republicanos-MG) teria recebido R$ 14,7 milhões em propina no esquema de desvios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Segundo a PF, Euclydes é denominado como "Herói E" nas planilhas apreendidas. Consta ainda que ele recebia valores mensais fixos, repassados por meio de empresas controladas por Cícero Marcelino de Souza Santos, ex-procurador-geral do INSS, e seu assessor André Luiz Martins Dias.

A investigação diz que o parlamentar era figura essencial no esquema, porque concedida acesso a Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Conafer (Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais do Brasil). Carlos Roberto teria influência na indicação de nomes para a presidência do INSS. Ainda de acordo com a corporação, o deputado era "a pessoa melhor paga na lista de propina".

O deputado federal, também presidente do Republicanos em Minas, foi alvo de mandados de busca e apreensão cumpridos na quinta-feira (13) pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU). No âmbito dessa operação a Polícia Federal prendeu hoje o ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) Alessandro Stefanutto.

O que é investigado

A operação investiga um esquema nacional de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões do INSS. O deputado mineiro é investigado por ter vendido um avião a uma entidade ligada às fraudes. Ele é um dos dois deputados que tiveram endereços vasculhados na ação. O outro é o deputado estadual do Maranhão Edson Cunha de Araújo, que presidiu uma entidade de pescadores responsável por descontos irregulares.

O presidente do Republicanos em Minas se defendeu: “Recebo a ação com serenidade e respeito às instituições. Reitero que nunca tive qualquer vínculo com o INSS, seus dirigentes ou decisões administrativas. Sobre a Conafer, reafirmo o que já disse em plenário: não tenho relação ilícita com a entidade e nunca participei de sua gestão. Defendo investigações rigorosas e confio plenamente na Polícia Federal, no MPF e no STF. Estou à disposição para todos os esclarecimentos e certo de que a verdade prevalecerá”, afirma Euclydes Pettersen.

A nova fase da Operação Sem Desconto está cumprindo 63 mandados de busca e apreensão e 10 prisões em 15 estados. A ação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, André Mendonça.

A farra do INSS
O escândalo do INSS foi revelado pelo jornal Metrópoles em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023. Três meses depois, o portal mostrou que a arrecadação das entidades com descontos de mensalidade de aposentados havia disparado, chegando a R$ 2 bilhões em um ano, enquanto as associações respondiam a milhares de processos por fraude nas filiações de segurados.

As reportagens do Metrópoles levaram à abertura de inquérito pela PF e abasteceram as apurações da Controladoria-Geral da União (CGU).

Ao todo, 38 matérias do portal foram listadas pela corporação na representação que deu origem à Operação Sem Desconto, deflagrada no dia 23 de abril, e que culminou nas demissões do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e do então ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.

O deputado entrou na mira da PF após seu nome ser citado por pelo menos dois depoentes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga o esquema de descontos não autorizados do INSS.

Autoridades investigam se ele era beneficiado com desvios ilegais de aposentados e pensionistas. Ele também é suspeito de usar seu cargo político para indicar aliados a fim de atender a seus interesses pessoais.

Em seu depoimento à CPMI, no último mês, o ex-diretor de Governança do INSS, Alexandre Guimarães, afirmou ter sido uma indicação do parlamentar, com quem mantinha algum vínculo, sem dar detalhes sobre.

Entenda a origem da investigação
No começo da apuração do escândalo do golpe contra aposentados e pensionistas do INSS, foi denunciado que uma ONG parceira da Conafer - entidade envolvida na farra do INSS - comprou uma aeronave de um deputado federal de Minas Gerais logo após receber R$ 2,5 milhões em emendas parlamentares do próprio deputado. O deputado federal envolvido na operação comercial é Euclydes Pettersen (Republicanos-MG).

Ele é considerado porta-voz político da Conafer. As emendas enviadas por ele ao Instituto Terra e Trabalho (ITT) - parceira da entidade - foram parar em empresa ligada à própria Conafer, a partir de um esquema de fraude à licitação, segundo investigação da coluna Tácio Lorran.

No total, Euclydes Pettersen enviou duas emendas para a ONG, que é umbilicalmente ligada à Conafer. O primeiro empenho ocorreu em outubro de 2022, no valor de R$ 1,5 milhão. Já a segunda emenda, de R$ 1 milhão, foi enviada em dezembro de 2023. Ambas tinham como objeto a realização de capacitação de agricultores e inseminação de gado bovino em Minas Gerais. (Com informações da Polícia Federal e do Metrópoles)
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Comentários

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Gildázio Garcia Vitor

14 de novembro, 2025 | 06:08

“Durante a Ditadura Militar (1964-1985), alguns municípios eram área de Seguranças Nacional e, por isso, os Prefeitos eram indicados, semelhantes aos Presidentes, Governadores e Prefeitos das capitais. Carangola, ali nas Zona da Mata mineira, era um deles, só porque tinha uma fonte de água mineral no distrito de Fervedouro, que fica às margens da BR 116, hoje emancipado. Lembrei que o último Prefeito indicado tinha o sobrenome deste nobre Deputado e teve problemas com a Justiça por questões ligadas à sua administração.
Será que são parentes? Filho ou neto?
A MG que liga a cidade de Divino à Carangola tem o nome de um Sr. com esse sobrenome também.”

Zé Doido

14 de novembro, 2025 | 00:11

“Ah esses cidadãos de bem..., não salva um!
O estranho é que o cara já tem até avião, de onde veio esse dinheiro? Do salário de deputado é que não foi.”

Pedro Magalhães

13 de novembro, 2025 | 15:45

“Reeleição zero.”

Verdade

13 de novembro, 2025 | 14:11

“Se é político nem precisa investigar é direto para penitenciária.”

Ipatinguense

13 de novembro, 2025 | 13:24

“deus, Pátria e Família!”

Gildázio Garcia Vitor

13 de novembro, 2025 | 12:58

“"Se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão!"”

Stop

13 de novembro, 2025 | 12:10

“Quando de solta as amarras da PF peixe grande cai
não como a ação do Rio que só caiu lambari
Mas por votos vale tudo o show estar no ar”

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