06 de novembro, de 2025 | 08:45

Proporção de famílias compostas por duas pessoas aumenta na RMVA

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Número de famílias com apenas duas pessoas cresceu em 22 anosNúmero de famílias com apenas duas pessoas cresceu em 22 anos

Por Matheus Valadares - Repórter Diário do Aço

A nova publicação do Censo Demográfico 2022, intitulada Nupcialidade e Família: Resultados preliminares da amostra, divulgada nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que a proporção de famílias compostas por duas pessoas cresceu em relação a 2010, na Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA).
Em Coronel Fabriciano, o percentual saiu de 26,80% para 37,41%; Ipatinga, de 27,22% para 40,79; Santana do Paraíso, de 23,50% para 38,57%, e por fim, Timóteo, de 25,95% para 38,77%.

Em contrapartida, as famílias com quatro ou mais componentes diminuíram. Quando observado o núcleo familiar composto por quatro pessoas, é possível observar que no ano de 2010, a proporção em Fabriciano era de 26,16% e em 2022 desceu para 20,44%. Ipatinga acompanha a tendência, que é nacional, saindo de 26,16% para 19,94%.


Em 2010, a família com quatro integrantes era a segunda formação de grupo familiar em maior proporção em Paraíso (26,07%) e Timóteo (27,64), ficando atrás apenas de grupos com três pessoas. Em 2022, as famílias com quatro pessoas representam 20,36% e 20,02% do total de unidades familiares em Santana do Paraíso e Timóteo, respectivamente.

Mulheres chefes de casa
Os Censos indicam outra mudança cultural importante na sociedade brasileira: de 2000 para 2022, o percentual de famílias com responsáveis do sexo masculino recuou de 77,8% para 51,2%. Já o percentual de famílias cujo responsável é mulher cresceu de 22,2% para 48,8%.

No Vale do Aço, Santana do Paraíso teve o maior percentual de mudança. Em 2010, 23,90% dos lares eram de responsabilidade financeira de mulheres, enquanto em 2022 o número aumentou para 41,86%. Ipatinga apresentou uma curva parecida, saindo de 28,31% para 41,86%.


Conforme o IBGE, os motivos para esse aumento podem ser creditados a uma mudança e consolidação de valores culturais relativa ao papel da mulher na sociedade brasileira. O ingresso maciço no mercado de trabalho e o aumento da escolaridade em nível superior combinados com a redução da fecundidade são fatores que podem explicar esse reconhecimento da mulher como responsável pela família.

Sem cônjuge e com filhos
Outro fragmento da pesquisa também detectou que somados os quatro municípios da RMVA, 18.993 mulheres cuidam de filhos sem a presença do cônjuge ou de outros parentes, em 2022. Do total, 4.645 estão em Fabriciano; 9.378 em Ipatinga; 1.446 em Paraíso e 3.524 em Timóteo.


Coronel Fabriciano (15,08%), Ipatinga (13,76%) e Timóteo (14,68%) têm uma proporção maior de famílias com mães solos em residências quando comparado ao Brasil, que é de 13,49%.

A participação da outra forma de monoparental, isto é, homens sem cônjuge com filhos, é de 1,91% em Coronel Fabriciano; 1,49% em Ipatinga; 1,23% em Santana do Paraíso e 1,97% em Timóteo.

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