03 de novembro, de 2025 | 04:00

Volta ao normal


Mais uma grande festa dos quase 60 mil cruzeirenses que vibraram muito com o triunfo de 3 x 1 sobre o Vitória, no Mineirão, que já recebeu mais de 1 milhão de torcedores celestes nesta temporada.

Melhor ainda foi o desempenho do time, que, depois de um período oscilando, voltou a apresentar um bom futebol, com transições rápidas e bem organizadas, eficiência nas definições das jogadas - fez dois gols nas duas primeiras finalizações -, letal e cirúrgico, características que o fazem brigar pelo título desde o início da competição.

O Vitória chegou a dar alguns sustos, mandou até uma bola na trave de Cássio, que precisou fazer algumas defesas difíceis, porém, mesmo com a zaga composta pelos reservas Jonathan Jesus e João Marcelo, a Raposa conseguiu controlar bem o jogo e mereceu a vitória.

Galo intenso
O Atlético conquistou um ponto importante ao empatar em 0 a 0 com o Internacional, no Beira-Rio, sobretudo, porque teve o zagueiro Vitor Hugo expulso e jogou com um a menos desde os 16 do primeiro tempo.

O empate, com gosto de vitória, só foi possível graças à garra e empenho dos jogadores, além de mais uma atuação excelente do goleiro Everson, que faz jus, há algum tempo, a uma convocação para a Seleção Brasileira.

O técnico Jorge Sampaoli também foi expulso por reclamações feitas contra a arbitragem do carioca Alex Stefano, confuso e disparado o pior em campo, sem critérios, refém do VAR, que se tornou protagonista interferindo até em lances interpretativos, que não lhe dizem respeito.

A postura intensa do time, mesmo em desvantagem numérica a maior parte do jogo, mostra que sob o comando de Sampaoli já entendeu o momento decisivo, o que deixa sua torcida mais tranquila em relação à ameaça do rebaixamento.

FIM DE PAPO
Destaque do sábado azul, no Mineirão, foi o atacante Kaio Jorge, artilheiro do Brasileirão com 17 gols, que finalmente quebrou o jejum de seis jogos sem marcar. Fez dois, um deles de pênalti e espantou a “zica”. Outro que se destacou foi o equatoriano Arroyo, agora titular na vaga do contundido Wanderson, que só volta no próximo ano. Arroyo marcou o primeiro gol com a camisa celeste e foi muito festejado pela torcida. Menos raivoso, até porque desta vez não teve polêmica na arbitragem, o português Leonardo Jardim voltou a dar boas explicações na coletiva pós-jogo, além de fazer juras de amor ao Cruzeiro e ao Brasil.

O Galo precisa vencer o Bahia (5º, 52 pontos), amanhã, na Arena MRV, depois o lanterna e virtual rebaixado, Sport, sábado em Recife, para atingir 43 pontos e afastar de vez a ameaça de rebaixamento, a fim de se dedicar exclusivamente à final da Copa Sul-Americana, onde vai enfrentar o argentino Lanús, dia 22, no Paraguai. O retrospecto ruim como visitante é um obstáculo para o confronto contra a virtual rebaixado Sport, pois a última vitória alvinegra fora dos grotões mineiros foi em 1º de junho, contra o Ceará, pela 11ª rodada. Desde então, o Galo fez dez jogos fora de casa, com oito derrotas e dois empates.

Na mesma toada do Galo, o Bahia também não faz boa campanha fora de casa. Ocupa apenas o 13º lugar na classificação quando se olha apenas os jogos como visitante. Dos 15 jogos que o tricolor baiano disputou longe da Arena Fonte Nova, perdeu oito, ou seja, mais da metade. Venceu apenas três vezes, empatando quatro. Fez 13 pontos em 45 possíveis, um aproveitamento de 28,8% apenas. Por sua vez, o Atlético tem sido um bom mandante, somou 23 pontos em 12 jogos na Arena MRV, com aproveitamento de 64%, sendo a oitava melhor campanha geral dentro de casa.

O presidente e dono do Cuiabá, Cristiano Dresch, depois de recorrer até ao Banco Central contra a família Menin, aceitou a proposta do Atlético para o pagamento da dívida pela contratação de Deyverson. O acordo foi homologado na Câmara Nacional de Resoluções e Disputas (CNRD) e a SAF do Galo tem agora até o dia 17 deste mês para pagar 30% da dívida, algo em torno de R$ 1,47 milhão. O restante, de aproximadamente R$ 3,4 milhões, fica pendurado para ser pago em seis parcelas mensais, a partir de dezembro deste ano, com o fim dos pagamentos em 17 de maio do ano que vem. A decisão contrariou o desejo do dono do Cuiabá, que queria receber a dívida de uma só vez. Neste caso, valeu o ditado popular: “Quem muito quer, quase nada consegue". (Fecha o pano!)
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