Aperam 81 Anos

31 de outubro, de 2025 | 04:00

Só euforia


A classificação do Galo para a final da Copa Sul-Americana trouxe um clima de euforia à torcida, que vislumbra a possibilidade de conquistar um inédito e importante título, além de milionária premiação, vaga na Libertadores do próximo ano e o direito de disputar a Recopa.

A vitória de 3 x 1 sobre o Independiente del Valle foi a melhor exibição da equipe nesta temporada, o que reaqueceu novamente o amor e orgulho da massa alvinegra, trouxe de volta o mantra “Eu Acredito”, uma marca da campanha vitoriosa de 2013, que terminou com a conquista heroica da Libertadores.

Não há como negar neste contexto a importância do treinador argentino, Jorge Sampaoli, que mesmo tendo perdido peças importantes do elenco por contusões, como Tomás Cuello, Lyanco, Junior Santos e Alexsandro, consegue mexer o doce e obter bons resultados.

Em menos de dois meses no comando da equipe, Sampaoli recuperou jogadores tidos como “perdidos” como Dudu, Bernard, Arana, Vitor Hugo, além de obter uma melhora no rendimento de outros, como Caio Paulista, Igor Gomes, Natanael e Alan Franco.

Agora parece ter chegado a vez de Hulk, que de protagonista passou a coadjuvante, mas fez a diferença com gol e uma assistência, preponderantes para a classificação à final da Sul-Americana.

Outro foco
O foco do Atlético agora muda para o Campeonato Brasileiro, onde continua ameaçado de rebaixamento e enfrenta hoje o Internacional, outro gigante que vive situação semelhante à sua.
Até a decisão do torneio continental, o Galo, atual 13º com 36 pontos, irá fazer ao menos cinco jogos pelo Brasileirão, em busca de mais 7 ou 9 pontos, para atingir os 43 ou 45 pontos, suficientes para sua permanência na Série A.
Segundo a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o alvinegro possui apenas 3,9% de chances de ser rebaixado, mas como diz um ditado popular aqui dos nossos grotões, “cachorro mordido por cobra tem medo até de linguiça”.

FIM DE PAPO
A massa atleticana já sente o gostinho de gritar outra vez “É campeão!”. Afinal de contas falta um jogo apenas, que será disputado no emblemático Estádio Defensores del Chaco, em Assunção, capital do Paraguai, contra o Lanús da Argentina, que eliminou a Universidad de Chile. Em outras duas decisões contra o time argentino, o Galo venceu - em 1997 a Conmebol e 2014 a Recopa. O favoritismo do Atlético é inegável, pois tem um melhor elenco, cujo investimento é muito superior ao do Lanús, mas não se deve esperar moleza. Trata-se de jogo único contra um time argentino, além do disso a irregularidade do time de Sampaoli não permite devaneios ou otimismo exagerado.


Por outro lado, a mesma otimista torcida alvinegra só vai relaxar depois que o drama da ameaça do rebaixamento for resolvido. Por isso, o Galo precisa garantir logo o básico, que é a sua manutenção sem sustos na primeira divisão nacional. O torcedor pode até sonhar alto, mas o elenco e a comissão técnica não podem tirar os pés do chão. É preciso entender que o Atlético ainda não está matematicamente livre, ainda que tenha dado um bom passo para escapar ao vencer o Ceará e atingir 36 pontos em 13º lugar. Com quatro clubes rebaixados a cada temporada, o campeonato nacional de pontos corridos é muito traiçoeiro, que o diga o próprio Galo, rebaixado em 2005.

O torcedor do Cruzeiro ainda vai ouvir falar muito deste nome: Ricardo Roewer, jovem goleiro do Sub-17, canhoto, 1,88m de altura, titular absoluto que assinou o primeiro contrato profissional na semana passada. O goleiro, que é fã de Cássio desde a infância, fechou vínculo até 2028 – tempo máximo permitido por lei -, com uma multa rescisória para clubes do exterior de 100 milhões de euros, aproximadamente R$ 630 milhões. Roewer, considerado também um grande pegador de pênaltis, passou pelas categorias de base do Grêmio e do São Paulo antes de chegar à Raposa. Ele será promovido ao Sub-20 na virada do ano e deve fazer parte do elenco na Copa São Paulo de Futebol Júnior.

O diretor de futebol do Atlético, Paulo Bracks, foi entrevistado na última quinta-feira pela emissora de rádio da capital,que pertence ao dono do clube. Em clima amistoso, como não poderia deixar de ser, Bracks deu longas explicações sobre os erros de planejamento, que levaram o Galo a uma temporada muito irregular e longe das expectativas. Só não conseguiu explicar por que Gustavo Scarpa não sabia que estava “pendurado” no jogo do Equador, acabou recebendo o terceiro amarelo e ficou de fora da decisão na Arena MRV. Realmente, muito difícil ou impossível explicar batom na cueca. (Fecha o pano!)
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