30 de outubro, de 2025 | 16:59

Clube credor do transfer ban do Ipatinga tem presidente há 11 mandatos no cargo

Divulgação
Edison Travassos (segundo da esquerda para a direita) e Igor Maciel (com a camisa do Tigre) com o dirigente português e seu assessor: acordo é possível para eliminar o transfer ban Edison Travassos (segundo da esquerda para a direita) e Igor Maciel (com a camisa do Tigre) com o dirigente português e seu assessor: acordo é possível para eliminar o transfer ban

Os responsáveis pela SAF do Ipatinga, os advogados Igor Maciel e Edison Travassos, aproveitaram a vinda do presidente do Nacional de Ilha da Madeira ao Brasil no último fim de semana e reuniram-se com o dirigente para tratar do transfer ban que envolve as agremiações. O encontro ocorreu em Vitória-ES, no qual os comandantes do Tigre iniciaram, pela primeira vez, uma conversa pessoalmente para tentar o aceite do português em relação a um parcelamento da dívida, que passa de R$ 2,4 milhões, ou mesmo uma redução desse valor. Sem este acordo, passível de homologação pela Fifa, o Ipatinga não pode registrar nenhum jogador junto a qualquer entidade desportiva.

O presidente do Nacional é Rui Alves, que cumpre seu 11º mandato como dirigente do clube da cidade de Funchal, capital da Ilha da Madeira. A transação, que envolveu o retorno do lateral direito Luizinho ao futebol brasileiro em 2006 (o Ipatinga foi vice-campeão mineiro naquele ano, perdendo a final para o Cruzeiro), gerou o transfer ban. À época, o próprio Rui Alves já presidia o Nacional, ao passo que Itair Machado era o presidente do Ipatinga e não pagou a compra dos direitos econômicos do jogador. Itair seguiu no clube até meados da década seguinte sem quitar a dívida, o que foi seguido pelos dirigentes posteriores, até o Nacional “perder a paciência” e recorrer à Fifa para receber.

Igor Maciel se disse otimista com a conversa e acredita que, até o fim do ano, a SAF conseguirá chegar a um acordo, pagar o devido, e liberar o Ipatinga Futebol Clube para registrar atletas. “A conversa olho no olho, com o dirigente português nos conhecendo a sabendo quem somos nós, a situação tende a mudar de figura. Afinal, desde que assumimos o clube, honramos em cem por cento nossos compromissos, temos juízo e nome a zelar”, pontuou Igor.

Instituto Tigre de Aço
Outra iniciativa dos dirigentes é tentar a criação do “Instituto Tigre de Aço”, uma instituição para fomentar o futebol do clube, realizar ações sociais e culturais divulgando a marca do clube. Por este instituto, haveria a possibilidade de buscar recursos via Lei de Incentivo ao Esporte, dentre outros, para viabilizar economicamente a agremiação, de vez que uma modificação na legislação, a entrar em vigor nos próximos anos, aumentará a carga de impostos sobre as associações de clubes de futebol, praticamente inviabilizando a sua existência.

Outra questão levantada pelos dirigentes é que cumprindo os compromissos assumidos e demonstrando credibilidade nesta gestão, há a possibilidade de serem atraídos patrocinadores para o clube. Atualmente, os donos de marcas estão distantes, pela falta de credibilidade dos gestores anteriores, que não cumpriam com o acordado quando assinavam contratos para estamparem suas marcas nos uniformes e demais espaços do clube.

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