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29 de outubro, de 2025 | 16:48

Mães de mortos questionam operação no Rio: ''Arrancaram o braço dele''

Tomaz Silva/Agência Brasil
Relatos são de que muitos foram mortos depois de terem sido rendidosRelatos são de que muitos foram mortos depois de terem sido rendidos

Por Thiago Pimenta - Repórter da TV Brasil

Na manhã desta quarta-feira (29), a cena dos corpos enfileirados na Praça São Lucas, no complexo da Penha, correram o Brasil e o mundo. Ao lado das dezenas de homens mortos durante a Operação Contenção, realizada ontem (28) pelas polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, estavam familiares, em sua maioria mulheres. Mães, irmãs e esposas que choravam ao redor dos corpos e questionavam a ação do Estado.

Uma delas era Elieci Santana, 58 anos, dona de casa. Ela conta que o filho Fábio Francisco Santana, de 36 anos, mandou mensagem dizendo que estava se entregando e compartilhando sua localização.

“Meu filho se entregou, saiu algemado. E arrancaram o braço dele no lugar da algema”, diz.

O relato de que muitos foram mortos mesmo depois de terem sido rendidos era comum entre as famílias que acompanhavam a movimentação na praça. Os corpos foram trazidos pelos próprios moradores, na caçamba dos carros, durante a madrugada.

A confeiteira Tauã Brito, cujo filho Wellington morreu durante a operação, diz que muitos ainda estavam vivos ontem na mata, apesar de baleados.

“Ontem eu fui lá no Getúlio [Hospital Getúlio Vargas] pedir para subirem com a gente, para gente poder salvar esses meninos. Ninguém podia subir. Eles estavam vivos”, afirma.

Segundo ela, os moradores começaram a entrar na mata para procurar os feridos somente à noite, depois que a polícia tinha ido embora.

“Ficamos lá, cada um caçando seus filhos, seus parentes. Isso aí está certo para o governo?”, questiona.




Emocionada, Tauã disse à reportagem que só queria tirar o filho do meio da rua.

“Não vai dar em nada. A verdade é essa. Porque aqui tem um montão de gente chorando, mas lá fora tem um montão de gente aplaudindo. Isso que eles fizeram foi uma chacina”, lamentou.

Execução
O advogado Albino Pereira, que representa algumas das famílias, acompanhou a ação durante a manhã. Na avaliação dele, há sinais claros de tortura, execução e outras violações de direitos.

“Você não precisa ser nem perito para ver que tem marca de queimadura [na pele]. Os disparos foram feitos com a arma encostada. Chegou um corpo aqui sem cabeça. A cabeça chegou dentro de um saco, foi decapitado. Então isso aqui foi um extermínio”, aponta.

Os corpos começaram a ser recolhidos pela Defesa Civil na parte baixa da comunidade por volta de 8h30, e encaminhados para o IML. Fundador da ONG Rio da Paz, Antonio Carlos Costa acompanhou as cenas na Praça São Paulo e criticou a letalidade da operação.

“Não há uma invasão aqui do Estado na sua plenitude, trazendo saneamento básico, moradia digna, acesso à educação de qualidade, hospitais decentes. Por que historicamente a resposta tem que ser essa? E por que a sociedade não se revolta?”, questionou.

Operação Contenção
A Operação Contenção, realizada pelas polícias civil e militar do Rio de Janeiro, deixou 119 mortos, sendo 115 civis e quatro policiais, de acordo com o último balanço. O governo do estado considerou a operação “um sucesso” e afirmou que as pessoas mortas reagiram com violência à operação, e aqueles que se entregaram foram presos. No total, foram feitas 113 prisões.

A operação contou com um efetivo de 2,5 mil policiais e é a maior realizada no estado nos últimos 15 anos. Os confrontos e ações de retaliação de criminosos geraram pânico em toda a cidade, com intenso tiroteio, fechando as principais vias, escolas, comércios e postos de saúde.
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Comentários

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Justiceiro

31 de outubro, 2025 | 04:22

“Si no brasil não pode ter pena de morte tem que ter e operaçao mesmo e treinar os policiais mais para Elis não morrer e só matar os bandidos e essa operaçao tem que fazer em outros estados também bora limpar os vermes de nossa sociedade brasil”

Maluco

30 de outubro, 2025 | 18:32

“O criminoso pode matar ,roubar e fazer o que quiser !Agora a polícia tem que tratar o criminoso com respeito? Tem uma reflexão que diz assim: eduquem os filhos de hoje,para não punir os homens do amanhã.”

Fatima Helena

30 de outubro, 2025 | 18:15

“Parabens ao governador por ter permitido tamanha operacao. O cidadao de bem agradece Qto as maes que choram seus filhos, pensem nos filhos bons que esses bandidos levaram, e quantas maes choraram.”

Pau no Gato

30 de outubro, 2025 | 09:35

“Tem q dobrar a meta!”

Mascarenhas

30 de outubro, 2025 | 08:20

“Parabens as Policias Civil e Militar do Rio de Janeiro! Os traficantes tiveram o que merecem.
Na Indonésia traficante não se cria la, é punido com pelotão de fuzilamento.”

Pablo

30 de outubro, 2025 | 07:58

“Até o Tião Marreta, que já vi em outros comentários ter um posicionamento mais à esquerda concordando com a operação, parabéns pela não hipocrisia!

Como disse o Brigadeiro em um vídeo: "Para cada vagabundo que decidiu virar bandido, existem outros 100 que nasceram na mesma condição e optaram por levar a vida honesta e difícil."”

Feliz

30 de outubro, 2025 | 07:57

“Hj estas mães compartilham com o sofrimento de outras mães que já choraram pelas mãos dos filhos delas.”

Abílio Meira Silva

29 de outubro, 2025 | 22:43

“As mães e os familiares que choram hoje por aqueles que estão aí em óbito, deveriam lembrar que muitos desses cometeram atrocidades com outros, inclusive tortura, tribunal do crime, micro-ondas e outras coisas mais. Caminho do crime é esse, cadeia ou cemitério.”

Tião Marreta

29 de outubro, 2025 | 22:39

“Queria ver essa comoção toda e a mesma piedade desses aí, quando um motorista entra por engano em uma comunidade desta e tem sua vida ceifada sem ao menos darem a chance de se explicarem que foi um erro de trajeto do GPS ou desconhecimento do local.
Quem mistura com suíno farelo come.”

Desânimo

29 de outubro, 2025 | 21:33

“Obrigado ao cidadão ou cidadã intitulado com A Verdade por escrever tudo igual eu penso mas não tenho ânimo.”

Analista

29 de outubro, 2025 | 20:46

“Vida de bandido o fim é esse estude forme-se aprenda uma profissão e vá trabalhar seja alguém na vida não troquem os livros por fuzil.”

Roberto

29 de outubro, 2025 | 20:07

“Cada um responde pelos seus atos, atacou a polícia e ela só respondeu a altura, agora, e as vítimas dessas pessoas que morreram será que alguém foi lá saber como a família deles tão? Fizeram protesto TB? O direito dos manos pediu TB investigação? País de inversão de valores”

Cidadão Pagador de Impostos

29 de outubro, 2025 | 19:30

“Parabéns a polícia do Rio de Janeiro e parabéns também ao governador Cláudio Castro, ganhou o meu respeito.”

Gabriel

29 de outubro, 2025 | 18:18

“tadinho dos "meninos"”

A Verdade

29 de outubro, 2025 | 17:45

“Primeiro um tiro se fuzil 7,62 arranca perna , braço .. segundo agora a "sociedade" vai culpar a polícia por fazer uma OPERAÇÃO DE COMBATE AO CRIME ORGANIZADO, uma função que ela foi criada para combater.. Ah , mas o estado não dá isto, não dá aquilo.. NAO É CULPA DA POLÍCIA , Cobrem isto dos deputados , vereadores, senadores que vcs elegem, mas vendem votos por . misérias, (churrasco, bebidas, drogas...) .. EXCELENTE OPERAÇÃO DA POLÍCIA, TINHA QUE TER PELO MENOS 1 DESSA POR MES.... A comunidade tem que parar de ficar defendendo traficantes, não vejo comoção nenhuma quando o tribunal do crime das facções matam , não vejo uma manifestação dos parentes das vítimas mortas por estas tribunais, nas ruas pedindo justiça.. Não vejo outro órgão sem ser a polícia subir nos morros e combaterem a criminalidade, quando sobem é para comprar votos.. Agora a bandidagem vai pegar pesado em instruir a população fazer manifestação contra a operação .. esperem pra ver . Só INOCENTES FORAM VITIMAS DOS POLÍCIAIS,.. TODOS ERAM TRABALHADORES, ESTUDANTES, COM FUTURO BRILHANTES CEIFADOS PELA POLICIA . E NUNCA É PELA ESCOLHA QUE FIZERAM.. QUE É SER CRIMINOSOS”

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