25 de outubro, de 2025 | 07:00
Educação empreendedora como aliada à educação inclusiva: a experiência do Vale do Aço
Fabrício César Fernandes *
O Sebrae Minas acredita que a educação empreendedora é um dos principais motores de transformação e desenvolvimento de um país, por isso, ela é um dos três pilares de atuação da instituição. Mais do que preparar jovens para abrirem negócios, ela estimula competências cruciais como criatividade, proatividade, pensamento crítico e resiliência, preparando estudantes para qualquer trajetória pessoal ou profissional que desejem trilhar.
É com esse propósito que, no Vale do Aço, o Sebrae Minas tem fortalecido sua parceria com as prefeituras de Timóteo, Coronel Fabriciano e Ipatinga, promovendo com as respectivas redes municipais de ensino diversas iniciativas com base no Programa Nacional de Educação Empreendedora (PNEE). Essa união tem produzido resultados expressivos, como a formação de todos os profissionais da educação por meio do programa Jovens Empreendedores Primeiros Passos (JEPP), além de trilhas de capacitações, palestras e feiras de Educação Empreendedora, que mobilizam toda a comunidade escolar, famílias e estudantes.
Essas ações só são possíveis graças ao comprometimento dos educadores e dos gestores municipais frente aos desafios da educação. Estimular o desenvolvimento das características empreendedoras nos estudantes é preparar cidadãos capazes de inovar, de sonhar alto e de transformar seus contextos, permitindo que eles se tornem protagonistas de suas vidas.
Um dos desafios, contudo, é garantir que a educação empreendedora seja inclusiva. De acordo com dados do Censo Escolar de 2023, os alunos com deficiência, transtornos de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação representam 3,7% do total de matrículas na Educação Básica, em todo o território nacional. Esse contexto, que já mobiliza debates globais, impacta diretamente o planejamento de políticas públicas, a formação docente e a adaptação de recursos pedagógicos.
"A educação empreendedora estimula competências cruciais como criatividade, proatividade, pensamento crítico e resiliência"
Diante do aumento de diagnósticos que exigem abordagens diferenciadas, em conjunto com as secretarias de educação dos três municípios, o Sebrae Minas tem buscado apoiar escolas e educadores, promovendo a reflexão e o aprimoramento de práticas pedagógicas inclusivas. Algumas iniciativas recentes nesse sentido foram o seminário Metodologias Ativas: desmitificando teorias e práticas baseadas em evidências científicas”, o congresso Todos os saberes e todos os olhares para a Educação Inclusiva”, e a formação Afetar: Da Ação ao Resultado”, que reuniram profissionais da rede municipal de ensino de Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo, respectivamente, e renomados especialistas.
Além de oferecer subsídios práticos e científicos para enriquecer o repertório dos educadores e estimular metodologias inovadoras, esses encontros são oportunidades para valorizar o papel dos profissionais que estão na linha de frente da inclusão escolar.
Os resultados desse trabalho confirmam que o PNEE também pode se apresentar como um aliado estratégico na criação de novos projetos e novas práticas pedagógicas inclusivas, contribuindo para atender às necessidades de alunos neurodivergentes e com necessidades especiais, fortalecendo a equidade no processo de ensino-aprendizagem. E o Vale do Aço tem se tornado um exemplo de que investir em educação empreendedora e inclusiva é apostar em um futuro mais justo, inovador e transformador.
* Gerente da Regional Rio Doce e Vale do Aço do Sebrae Minas
Obs: Artigos assinados não reproduzem, necessariamente, a opinião do jornal Diário do Aço
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