Aperam 81 Anos

26 de outubro, de 2025 | 06:00

Pode chegar

Fernando Rocha

Que o Cruzeiro tenha aproveitado bastante esses dias livres, sem jogos na última semana, para recarregar as energias e retomar o futebol que já apresentou e encarar o poderoso Palmeiras, hoje, às 20h30, no Allianz Parque.

O time celeste, mesmo que as chances sejam diminutas, está na briga pelo título contra o próprio líder Palmeiras e o vice-líder Flamengo, podendo encostar nos dois que estão à sua frente cinco pontos e com um jogo a menos.

Muita água ainda vai passar por debaixo da ponte, pois faltam nove rodadas para o término do Campeonato Brasileiro, sendo que Palmeiras e Flamengo travam uma disputa paralela contra equatorianos e argentinos, respectivamente, pelo título da Libertadores que pode influenciar nos seus resultados da competição nacional.

O Palmeiras levou na ultima quinta-feira uma “tamancada” de 3 x 0 da LDU, na altitude de Quito, capital do Equador, e por isso não será surpresa se o técnico Abel Ferreira decidir poupar vários titulares neste confronto de hoje, o que pode favorecer a Raposa.

Como dizia o folclórico cartola e ex-presidente do Corinthians, Vicente Matheus: Quem está na chuva é pra se molhar!

Foi mal
Estou entre os que entendem ser melhor decidir em casa nos torneios de mata-mata, como é a Copa do Brasil, e por isso acho que o sorteio feito pela CBF, que definiu a ordem dos mandos de campo das semifinais e final, não foi bom para a Raposa.

O Cruzeiro vai fazer a primeira partida da semifinal e se chegar à final em casa, iniciando contra o Corinthians, que na sua casa é sempre um adversário difícil de ser batido.

Os confrontos da semifinal serão nos dias 10 e 14 de dezembro, enquanto as finais devem ser disputadas nos dias 17 e 21 do mesmo mês. Na outra chave da disputa estão os cariocas Vasco da Gama e Fluminense.

Há muitas teses e exemplos bons ou ruins sobre decidir dentro ou fora de casa, mas nada do que vi me convenceu a mudar de opinião.

FIM DE PAPO

Olhando o lado meio cheio do copo, há mais virtudes do que falhas neste Cruzeiro sob o comando do técnico Leonardo Jardim. A julgar pelo comparecimento nos jogos, sempre alto, com média superior a 40 mil pessoas, no Mineirão, o torcedor celeste está confiante e esperançoso de que esse elenco vai garantir a vaga na Libertadores do próximo ano, via Brasileirão, além de brigar pelo heptacampeonato da Copa do Brasil, um título que poderá ser a “cereja do bolo para coroar o sucesso na atual temporada.

Um detalhe que ajuda manter esta vibe otimista do torcedor cruzeirense, em relação à conquista da Copa do Brasil, é que irá enfrentar adversários de grande porte. O Cruzeiro tem se mostrado no Campeonato Brasileiro um “Robin Hood”, personagem icônico de filmes, que tinha como marca tirar dos ricos e ajudar os pobres. A equipe celeste tem tido muita dificuldade, justamente, ao enfrentar rivais que lutam contra o rebaixamento, mas tem se dado bem contra os times da parte de cima da tabela.

Causaram grande repercussão nas redes sociais de atleticanos as declarações do ex-atacante Reinaldo a um podcast da Rádio Tupi/RJ, onde revelou que gostaria de ter vestido a camisa do Flamengo, algo que quase aconteceu, em 1981, quando a negociação não foi adiante por decisão do ex-presidente Elias Kalil. Reinaldo também disse que atuando pelo tradicional rival do Galo poderia ter tido mais projeção na carreira, pois a imprensa carioca era mais influente no país, o que permanece até hoje.

Não vi nada demais nas declarações de Reinaldo e não vejo motivo para a execração pública e todo alvoroço que parte da torcida do Galo, além de alguns colegas da imprensa alvinegra, fazem contra o melhor jogador que já vestiu a camisa atleticana. Vale lembrar que, por pouco tempo, ele vestiu também a do Cruzeiro, o maior rival do Galo. Reinaldo continuará sendo o “Rei” do Atlético, sobretudo, para quem o viu jogar. Nunca foi santo, mas sempre verdadeiro, como na política, onde se manifestava com o punho cerrado nas comemorações de gols, em protesto e desafio à ditadura militar. Viva o “Rei”, sempre “Rei”, por isso pode dizer o que quiser, sem risco de perder o trono. (Fecha o pano!)

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