24 de outubro, de 2025 | 08:32
Usiminas divulga resultados do terceiro trimestre de 2025
Arquivo/Divulgação
"A companhia registrou prejuízo líquido de R$ 3,5 bilhões, R$ 3,6 bilhões inferior ao lucro líquido apresentado no trimestre anterior (R$ 128 milhões)", diz o relatório divulgado nesta sexta-feira
"A companhia registrou prejuízo líquido de R$ 3,5 bilhões, R$ 3,6 bilhões inferior ao lucro líquido apresentado no trimestre anterior (R$ 128 milhões)", diz o relatório divulgado nesta sexta-feiraA Usiminas registrou prejuízo líquido de R$ 3,5 bilhões no terceiro trimestre de 2025 o que representa uma reversão do lucro de R$ 185 milhões reportado no mesmo período do ano passado. Os números foram divugados na manhã desta sexta-feira (24). Conforme o relatório, a empresa teve crescimento de 6% no EBITDA (Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) no terceiro trimestre de 2025, chegando a R$ 434 milhões.
"O desempenho foi obtido com menores custos e redução de despesas na unidade de Siderurgia, junto com os maiores volumes e preços de vendas na unidade de Mineração. Por lançamentos contábeis de R$ 3,6 bilhões, que não têm impacto no caixa, a empresa registrou um prejuízo de R$ 3,5 bilhões entre julho e setembro. Sem o efeito contábil, o lucro líquido teria sido de R$108 milhões", afirma nota divulgada pela empresa.
Importante destacar que a Usiminas encerrou o trimestre com um Fluxo de Caixa Operacional Líquido positivo de R$878 milhões, consequência principalmente da redução de R$586 milhões no Capital de Giro. Com isso, a empresa reduziu em 68,7% a dívida líquida no terceiro trimestre, atingindo um patamar de R$327 milhões. Hoje, o indicador dívida líquida/EBITDA encerrou 0,16x, o menor valor desde o final de 2023. Confirmando compromisso com a disciplina financeira, a companhia conclui a recompra de US$ 206 milhões dos bonds com vencimento em 2026 e R$160 milhões da 9° emissão de debentures.
Operacional
A receita líquida no 3T25 alcançou R$6,6 bilhões, em linha com a reportada no 2T25 (R$6,6 bilhões), com maiores receitas na Unidade de Mineração, sendo compensadas pelas menores receitas na Unidade de Siderurgia.
Na Unidade de Mineração, a evolução da receita líquida foi resultado do aumento de 1,8% nos volumes de venda e de 2,5% na receita líquida/t, reflexo do aumento de 4,3% do preço de referência de minério de ferro no período e menores descontos aplicados sobre os produtos vendidos, parcialmente compensado pela desvalorização de 3,8% do dólar frente ao real no trimestre.
Na Siderurgia, a queda foi impulsionada por uma redução de 3,5% na receita líquida/t, parcialmente compensado por um aumento de 2,3% nos volumes de vendas.
Apesar do crescimento no volume de vendas em relação ao trimestre anterior, a Usiminas olha com atenção e cautela o cenário atual devido ao excessivo volume de importações, principalmente da China, em condições de competição desleal, observando-se um crescimento de 33,1% no volume importado de aços planos nos nove primeiros meses do ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Assim como o setor siderúrgico brasileiro, outras indústrias também são impactadas pelos altos níveis de importações. Dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) mostram emplacamento de veículos leves importados nos primeiros nove meses de 2025 crescendo 10,8% na comparação com o mesmo período de 2024, enquanto o emplacamento de veículos nacionais leves cresceu apenas 1,6%. Dados de outubro da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) mostram uma alta acumulada anual de 9,1% nas importações de máquinas e equipamentos, com o déficit da balança comercial do setor já somando US$ 12,9 bilhões em 2025.
Perante todas as evidências de um cenário de competição desleal, demonstrada inclusive nas investigações preliminares de antidumping conduzidas pelo governo brasileiro, e todo o dano já causado à indústria e ao emprego nacional, a Usiminas segue confiante que as autoridades responsáveis aplicarão uma medida efetiva para corrigir essas distorções e proporcionar um cenário de isonomia competitiva e que contenha o dano causado pelos produtos subsidiados. As medidas tomadas em mercados como Estados Unidos, Europa e México, evidenciam a necessidade de garantir um ambiente competitivo justo para a preservação de sua indústria e empregos.
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Celim do Maçaricão
24 de outubro, 2025 | 09:47Empresa produzindo a mil graças as políticas econômicas do Governo Lula. O resultado foi divino, e esses 3,5bi nem deviam ser chamados de prejuízo. Com nosso governo democrático é isso que acontece, todo mundo saí ganhando”