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23 de outubro, de 2025 | 06:25

Saiba quem votou pelo arquivamento do processo contra Eduardo Bolsonaro no Conselho de Ética

Reprodução de vídeo
O colegiado enterrou, por 11 votos a 7, a representação por quebra de decoro parlamentar O colegiado enterrou, por 11 votos a 7, a representação por quebra de decoro parlamentar

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados arquivou, nesta quarta-feira (22) um processo disciplinar aberto contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por quebra de decoro parlamentar ao ir para os Estados Unidos defender sanções contra o Brasil e autoridades brasileiras, numa tentativa de livrar o pai do processo por golpe tentado contra a democracia.

Por 11 votos a 7, o colegiado aprovou o relatório do deputado Delegado Marcelo Freitas (União-MG), que defendeu enterrar a representação, protocolada pelo PT.

Confira como votaram os deputados:

Pelo arquivamento:
Albuquerque (Republicanos-RR);
Cabo Gilberto Silva (PL-PB);
Delegado Marcelo (União-MG);
Domingos Sávio (PL-MG);
Fausto Jr. (União-AM);
Gustavo Gayer (PL-GO);
Julio Arcoverde (PP-PI);
Delegado Fábio Costa (PP-AL);
Delegado Bilynskyj (PL-SP);
Gilson Marques (Novo-SC);
Gutemberg Reis (MDB-RJ).

Contra o arquivamento:
Castro Neto (PSD-PI);
Chico Alencar (PSOL-RJ);
Dimas Gadelha (PT-RJ);
João Daniel (PT-SE);
Josenildo (PDT-AP);M
aria do Rosário (PT-RS);
Ricardo Maia (MDB-BA).

Outras representações contra o parlamentar

Eduardo Bolsonaro ainda é alvo de mais três representações no Conselho de Ética, que aguardam uma decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) sobre o apensamento, para tramitarem em conjunto.

O presidente do conselho, Fabio Schiochet (União-SC), disse que Motta deve decidir sobre o caso até sexta-feira (24).
Lula Marques / Agência Brasil
Deputados votaram com o relator, que argumentou não ter visto quebra de decoro na atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, contra autoridades brasileirasDeputados votaram com o relator, que argumentou não ter visto quebra de decoro na atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, contra autoridades brasileiras

Na sessão de ontem a maioria dos deputados acompanhou o relator, deputado Delegado Marcelo Freitas (União-MG), que argumentou não ter visto quebra de decoro na atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, contra autoridades brasileiras.

“Posso discordar veemente das palavras ditas por Eduardo Bolsonaro, mas entendo que esse Conselho de Ética não tem o condão de atuar como o verdadeiro censor das palavras ditas no Brasil ou no exterior”, disse Feitas que alegou inépcia formal da denúncia.

“Não se pode reconhecer, nem em tese, a configuração de quebra de decoro em condutas que se limitam ao exercício da liberdade de expressão e à manifestação da opinião política no contexto de debates internacionais. O ato de opinar, discordar ou denunciar, mesmo que em foro estrangeiro, não constitui infração ética, mas exercício legítimo do mandato representativo, conforme reconhecem as democracias mais estáveis e maduras do mundo”, argumentou o parlamentar.

Recurso contra a decisão

O líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), disse que vai apresentar recurso para que o caso seja levado à votação no plenário da Casa.

Pelo regimento, é necessária a assinatura de um décimo dos deputados para que o recurso seja apreciado em plenário.

“Vamos apresentar imediatamente um recurso ao plenário e já vamos coletar as assinaturas”, afirmou Farias após o resultado da votação.

Leia também:
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