22 de outubro, de 2025 | 17:03
Servidores da Copasa participaram de audiência contra a privatização da estatal na ALMG
Daniel Protzner/ALMG
Em semana decisiva para o futuro da companhia, servidores participam de audiência pública marcada por deputados da oposição

Milhares de servidores da Copasa lotaram os espaços da Assembleia Legislativa de Minas Gerais nesta quarta-feira (22). Uma audiência pública iniciada às 11h debateu ontem os projetos de privatização da companhia de saneamento do estado.
Deputados da oposição informaram que um público estimado em cerca de três mil servidores compareceu à Casa para protestar contra a venda da estatal. A audiência ocorreu no Auditório José Alencar, um espaço contíguo à entrada da ALMG, que ficou completamente tomado por manifestantes.
A audiência ocorreu enquanto, no plenário, os deputados discutiam a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 24/2023, de autoria do governador Romeu Zema (Novo), que prevê a retirada da exigência de uma votação popular para autorizar a privatização da Copasa.
Além dos deputados estaduais, integram a audiência vereadores de cidades mineiras, sindicalistas e membros do governo estadual. O momento da fala do presidente da Copasa, Fernando Passalio, foi um dos mais tensos da audiência. Além das vaias, os servidores da companhia de saneamento viraram as costas enquanto o diretor discursava.
O debate sobre a venda da Copasa integra as discussões sobre a adesão de Minas Gerais ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). A justificativa do Executivo para a privatização é o uso dos recursos para amortizar parte do débito de cerca de R$ 170 bilhões do estado com a União.
Entenda a PEC do referendo
Desde os anos 2.000 existe na Constituição do Estado de Minas Gerais um artigo que obriga a realização de um referendo popular para aprovar a privatização das estatais de gás natural, energia elétrica e saneamento. A PEC 24/2023, em discussão agora, busca a retirada desse artigo e, com isso, viabilizar a privatização de Cemig e Copasa sem consulta popular. Após acordos entre os deputados, o texto foi alterado e manteve apenas a retirada do referendo para a Copasa.
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Rodrigo
22 de outubro, 2025 | 17:10Vou repetir o questionamento:
privatizar a Cemig e a Copasa em plena crise climática e hídrica é uma insensatez absoluta.Como esperar economia e uso consciente de energia e água, se o objetivo principal de empresas privadas é maximizar lucros por meio do aumento do consumo?Hein...”