
19 de outubro, de 2025 | 20:33
PF desarticula organização criminosa que tentava fraudar processo seletivo para Residência Médica
Informações da Polícia FederalDivulgação
Operação R1 evita fraudes na prova do Enamed (Exame Nacional da Avaliação da Formação Médica)

Na tarde deste domingo (19), a Polícia Federal, em parceria com o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) e a FGV (Fundação Getúlio Vargas), deflagrou a Operação R1, para desarticular fraudes em concursos de Residência Médica no país. R1 em medicina é o primeiro ano em que o médico atua como residente, focando na aquisição de habilidades básicas, como anamnese, exame físico e manejo de emergências, e na adaptação à rotina hospitalar.
A PF ampliou os mecanismos de fiscalização do Enamed para garantir maior segurança, transparência e integridade do certame, mobilizando vinte e quatro policiais federais nesta operação. Este exame é utilizado para ingresso em seleções de residência médica.
Investigações apontaram que um grupo criminoso se preparava para fraudar a prova do Enamed neste domingo. O esquema operaria de duas formas principais: transferindo as respostas corretas aos candidatos por meio de dispositivos eletrônicos e utilizando indivíduos ("laranjas") para prestar o exame no lugar dos candidatos, mediante o uso de documentos falsos que também receberiam as respostas por pontos eletrônicos. Após as provas, cada candidato pagaria R$ 140.000 em caso de aprovação.
Para um dos candidatos suspeitos, a equipe policial cumpriu mandado de busca e apreensão (MBA) em sua residência na cidade do Rio de Janeiro, simultaneamente enquanto fazia busca pessoal ao fim da prova. Foram presas 5 pessoas que prestavam as provas: 4 homens e 1 mulher. Além disso, a PF também prendeu, em um hotel na cidade de Juiz de Fora, três homens que transmitiam as repostas pelos pontos eletrônicos, totalizando oito prisões.
Foram encontrados equipamentos de transmissão de dados utilizados pelos candidatos fraudadores, motivando as prisões em flagrante. Os envolvidos foram conduzidos à Delegacia de Polícia Federal de Juiz de Fora/MG para depoimento. Os dispositivos apreendidos serão submetidos à perícia para elucidação dos fatos.
Após depoimentos e realização de exames de corpo de delito, os presos serão encaminhados ao sistema prisional e permanecerão à disposição da Justiça.
Os acusados poderão ser responsabilizados pelos crimes de fraude em certames de interesse público, associação criminosa e falsidade ideológica, com penas que podem chegar a até 10 anos de reclusão, além de multa.
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Gildázio Garcia Vitor
19 de outubro, 2025 | 22:04Sr. Carlos, o problema, é que a partir do governo FHC foram autorizados cursos de Medicina em Faculdades particulares em tudo quanto é lugar, como, por exemplo, Ipatinga, Caratinga, Manhuaçu, Matipó, Muriaé e GV.”
Carlos Oliveira
19 de outubro, 2025 | 20:40Olha o nível de treta de pessoas de uma categoria profissional que lida com vidas humanas. Meu Deus!!!”