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12 de outubro, de 2025 | 08:45

Escalada em Caratinga pode ser atrativo para visitantes

Enviada ao Diário do Aço
Moradores de Caratinga utilizam diversos pontos no município ou arredores para a prática Moradores de Caratinga utilizam diversos pontos no município ou arredores para a prática

Por Isabelly Quintão - Repórter Diário do Aço

Há cerca de um ano e meio, escaladores utilizam um paredão rochoso no bairro Santa Zita, em Caratinga, para a prática da escalada. O local fica abaixo do pico Itaúna. Os interessados em participar podem se juntar ao grupo. O contato é feito diretamente pelo perfil do Instagram @caratingaclimb. A iniciativa tem como propósito fomentar o turismo de aventura.

O empresário Arthur Victor de Santos Azevedo, que reside no bairro Floresta, pontuou que o local foi escolhido devido a sua aproximação com o Centro. “Ao estacionar o carro, você tem no máximo 10 minutos de caminhada. Em muitos lugares é preciso andar até horas para chegar na escalada. E a pedrinha oferece diversos graus, para iniciantes e pessoas que têm níveis mais altos”, afirmou ao Diário do Aço.

O projeto não conta com nenhum tipo de apoio e todos os equipamentos foram comprados pelos escaladores. Arthur esclareceu que não se trata de um esporte inclusivo, uma vez que os equipamentos são caros. No entanto, ele enfatizou que, a partir do momento em que são comprados, são duradouros e podem ser utilizados em qualquer lugar apto à prática.

“Alguns lugares você paga para escalar, mas em 90% não. É um esporte maravilhoso, que a todo momento você contempla a natureza. Ele move pessoas a não ficarem limitadas ao que já conhecem. Também incentiva a virem até a cidade para escalar, muitas têm foco no turismo e trabalham nisso”, pontuou.

Outro benefício que o empresário cita é a facilidade que a prática traz em solucionar problemas. “Cada pessoa tem uma forma de lidar com as situações. A escalada testa muito isso, a forma que você vai resolver um problema. Por exemplo, eu preciso subir ali, como é que eu vou fazer? Então, a todo momento você vai lidar com problemas e precisará solucioná-los. Ajuda muito na concentração, respirar com calma”. Acrescentou, ainda, o entendimento do próprio corpo. “Também se trabalha muito o físico e a coordenação motora. Entendendo a capacidade do corpo e o que você pode fazer”, disse.

Ele destacou que os equipamentos são seguros e testados, tendo a capacidade de aguentar muitas toneladas. O “fator humano” é o que pode gerar riscos. “Você depende muito do fator humano de encaixar no local correto. Também pode haver falhas no momento de avaliar qual seria o material necessário, o lugar necessário ou a posição necessária para se encaixar uma proteção móvel”, afirmou.

Pioneirismo
Cleber Gomes de Rezende é pioneiro na escalada do município e cita a Pedra Itaúna como um dos principais locais utilizados para o esporte. “Há a Pedra do Buraco do Cachorro, que fica entre Caratinga e Inhapim. Fazemos o uso de várias pedras nos distritos de Macadame e de Dom Lara. Além da Cachoeira do Bom Será”, contou.

Cleber relatou que teve interesse em escalar desde a infância, quando ouvia muitas histórias de folclore contadas por pessoas mais antigas da cidade. “Eu queria saber quem era a Mãe do Ouro que tanto falavam, então, comecei a escalar a Pedra Itaúna e a entrar nas cavernas. Falavam que ela morava lá. E o Cleber, aquele menino curioso, foi lá tentar ver se a achava”, relembrou.
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