11 de outubro, de 2025 | 10:22
Governo abre canal para sugestões sobre uso de IA na educação
Por Pedro Peduzzi Repórter da Agência Brasil
O governo federal quer ouvir sugestões da população brasileira sobre como usar a inteligência artificial (IA) na área da educação. Para isso, abriu uma consulta pública visando coletar contribuições e sugestões da sociedade civil que vão ajudar a construir um referencial para desenvolvimento e uso responsáveis da ferramenta no setor.
A consulta foi aberta nesta sexta-feira (10) e ficará disponível na plataforma Brasil Participativo até o dia 29 de outubro. Todo cidadão que tenha interesse em ajudar as escolas a fazerem bom uso dessa tecnologia, podem contribuir pelo site Brasil Participativo.
O aviso de consulta pública foi publicado esta semana no Diário Oficial da União.
Podem participar educadores, estudantes, famílias, gestores, pesquisadores, desenvolvedores e cidadãos interessados no tema”, informou o Ministério da Educação
Temas
As contribuições serão agrupadas nos seguintes temas:
▪ proteção de dados;
▪ combate a vieses algorítmicos;
▪ direitos autorais e integridade acadêmica;
▪ critérios de transparência;
▪ protocolos de uso por faixa etária;
▪ formação docente; e
▪ acessibilidade e prioridades de infraestrutura.
Em nota, o MEC lembra que inteligência artificial já está presente no cotidiano escolar, desde o planejamento de aulas à personalização das trajetórias de aprendizagem, especialmente no contexto da acessibilidade do ensino a estudantes com diferentes necessidades”.
A Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Talis) 2024, divulgada nesta semana pela OCDE, mostra que os professores no Brasil (56%) usam mais IA que média (36%) dos países da OCDE.
Fundamentos e salvaguardas
Por meio do referencial a ser obtido com a ajuda da consulta pública, será possível definir fundamentos e salvaguardas para que a tecnologia seja uma aliada da aprendizagem e não uma ameaça aos processos educacionais”.
Ainda segundo o MEC, entre as diretrizes estarão a adoção de medidas como supervisão humana significativa em todas as etapas; alinhamento às finalidades pedagógicas; transparência e explicabilidade dos sistemas; governança e segurança de dados com avaliação de impacto algorítmico; compras públicas responsáveis; e formação continuada de professores e gestores.
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
Tião Marreta
11 de outubro, 2025 | 11:25Não tem como fugir da marcha dl progresso, deve-se achar meios para mitigar os danos que essa marcha possa causar. É tipo uma agência contraterrorista.”