
11 de outubro, de 2025 | 08:45
Ipatinga tem rendimento médio mensal do trabalho superior à média nacional
Em quatro municípios, a renda mensal média da Região Metropolitana do Vale do Aço é superior à do estado e inferior à média nacional
Por Matheus Valadares - Repórter Diário do Aço
Pessoas ocupadas com alguma atividade remunerada a partir dos 14 anos e residentes em Ipatinga têm rendimento médio mensal superior à média nacional, segundo dados da pesquisa Trabalho e Rendimento, do Censo 2022, divulgada na quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estudo mostra que a remuneração média no município é de R$ 2.921,75, enquanto a média nacional é de R$ 2.850,64. Os demais municípios da Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA) apresentaram rendimentos inferiores à média brasileira: Coronel Fabriciano: R$ 2.541,17; Santana do Paraíso: R$ 2.527,90; e Timóteo: R$ 2.635,65.
Panorama regional
O geógrafo William Passos, coordenador do Observatório das Metropolizações Vale do Aço, destacou a relevância dos dados, uma vez que o levantamento do IBGE considera tanto o trabalho formal quanto o informal.
É a primeira vez que o IBGE fornece esse tipo de dado, então é um resultado incrível. Ipatinga tem 99.811 pessoas ocupadas; Timóteo, 35.768; Fabriciano, 44.496; e Paraíso, 18.878. O total é de 198.953 pessoas, representando a população ocupada do mercado de trabalho metropolitano, incluindo todas as formas de trabalho, não apenas com carteira assinada. Na Região Metropolitana, somando os rendimentos dos municípios e dividindo por quatro, temos uma média de R$ 2.606,63, valor superior à média do estado de Minas Gerais, que é de R$ 2.586,82”, analisou Passos.
O pesquisador também ressaltou que Ipatinga e Timóteo mantêm rendimentos acima das médias estadual e regional, enquanto Coronel Fabriciano e Santana do Paraíso ficam abaixo desses indicadores.
Distribuição por faixa salarial
O Censo 2022 também revelou a distribuição percentual de rendimentos entre os trabalhadores da RMVA. Em Coronel Fabriciano, entre as 44.720 pessoas com dez anos ou mais inseridas no mercado de trabalho, 35,72% recebem de 1 a 2 salários mínimos; 32,98% ganham de meio a 1 salário mínimo; 5,94% têm rendimento de 3 a 5 salários mínimos; e apenas 2,38% recebem mais de 5 salários mínimos.
Em Ipatinga, das 100.311 pessoas ocupadas, 28,77% recebem de meio a 1 salário mínimo; 36,89% ganham de 1 a 2 salários mínimos; e 5,24% têm remuneração superior a 5 salários mínimos.
Em Santana do Paraíso, entre as 18.921 pessoas com atividade remunerada, 30,36% recebem de meio a 1 salário mínimo; 38,12% têm renda de 1 a 2 salários mínimos; e 1,56% ganham mais de 5 salários mínimos.
Por fim, em Timóteo, das 35.984 pessoas ocupadas, 28,84% recebem de meio a 1 salário mínimo; 36,41% ganham de 1 a 2 salários mínimos; e 3,46% recebem mensalmente mais de 5 salários mínimos.
Esta é a primeira reportagem da série especial do Diário do Aço sobre os rendimentos mensais da população nos municípios que compõem a Região Metropolitana do Vale do Aço.
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Tião Marreta
11 de outubro, 2025 | 11:31Essa pesquisa infelizmente não condiz com a realidade, não estou falando que a pesquisa está tendenciosa.
Eu por exemplo entrei na Usina de Ipatinga em 2001, tenho 24 anos trabalhado fora 1 ano e meio de SENAI, e sou formado em Engenharia mas não exerço o cargo e meu salário de Técnico é 5 mil e pouco líquido. Ou seja menos que 5 salário mínimo.”
Santos
11 de outubro, 2025 | 09:46Esta pesquisa é tecnica, a realidade é diferente, uma pessoa que ingressar em uma siderúrgica desta no vale do aço, ganha em média dois mil reais mensal e são os melhores salários, a pesquisa não condiz com a realidade e este é o motivo de ter muitas vagas em aberto no vale do aço...”
Mascarenhas
11 de outubro, 2025 | 09:16Realmente é uma diferença assustadora! :O”
Muito Baixo
11 de outubro, 2025 | 09:05Massa salarial muito baixa. Não impulciona a economia.”