09 de outubro, de 2025 | 07:04

Organização criminosa se passava por promotores para vender alvarás de soltura a presos

Grupo fazia ligações telefônicas para parentes de presos em Minas Gerais e, passando-se por membros do Ministério Público, cobrava dinheiro em troca de suposta fiança

Divulgação
Operação Falsa Toga prende 12 investigados de organização criminosa que se passavam por promotores de Justiça para simular venda de alvarás de soltura de presosOperação Falsa Toga prende 12 investigados de organização criminosa que se passavam por promotores de Justiça para simular venda de alvarás de soltura de presos

Os Ministérios Públicos de Minas Gerais (MPMG) e do Ceará (MPCE) deflagraram, na manhã desta quarta-feira (8), a operação Falsa Toga, voltada à desarticulação de organização criminosa cujos integrantes se passavam por promotores de Justiça para cobrar falsas "fianças" a familiares de presos. Treze endereços são alvos de busca e apreensão nas cidades de Maracanaú, Fortaleza, Chorozinho, Cascavel, Pacatuba e Boa Viagem, todas no estado nordestino. Das 16 prisões preventivas decretadas, 12 haviam sido concretizadas durante o início da manhã.

A operação é articulada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate aos Crimes Cibernéticos (Gaeciber), do MPMG, e conta com a participação da Polícia Militar (PMMG) e Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). No território cearense, além do MPCE, atua a Polícia Civil.

De acordo com as investigações, o grupo telefonava para parentes de detentos em Minas Gerais e, após se identificarem falsamente como membros do Ministério Público, informavam a possibilidade de expedição de alvará de soltura, mediante pagamento imediato. A operação identificou as pessoas que recebiam esse dinheiro. Por meio de análise dos extratos bancários, a investigação detectou fluxo constante de transferências entre diversas contas de um pequeno grupo de titulares, numa tentativa flagrante e coordenada de se ocultar a origem do dinheiro recebido.

As apurações também mostraram a coordenação das ações do grupo, com constante abertura e encerramento de contas bancárias e de linhas telefônicas. Um pequeno número de aparelhos celulares comunicavam entre si, mas operavam com diversos chips diferentes em um curto espaço de tempo, caracterizando a atuação orquestrada compatível com a dinâmica de uma organização criminosa. Alguns dos investigados apresentaram histórico de fraudes similares, o que reforça a suspeita. As apurações continuam sob sigilo. (Com informações da Assessoria do MPMG)

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