08 de outubro, de 2025 | 08:50
Regional de Saúde prepara ação contra arboviroses
Divulgação
André Luiz explicou as ações tomadas pelo Estado e fez um apelo para que as pessoas fechem o ciclo vacinal contra a dengue

Por Matheus Valadares - Repórter Diário do Aço
Com a proximidade do período sazonal das doenças dengue, zika e chikungunya transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti , os governos municipais e o estadual têm adotado medidas para controlar a infestação e, consequentemente, o número de casos. As ações incluem a estruturação da rede pública de saúde para possíveis hospitalizações, manejo de pacientes, distribuição de medicamentos e prevenção de sobrecarga no sistema.
Para o enfrentamento do cenário, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG) renovou o Plano de Contingência, válido para o período de 2025 a 2027. O documento é um instrumento estratégico e operacional que estabelece cenários, ações e responsabilidades voltadas à prevenção, preparação e resposta a emergências em saúde pública, como surtos e epidemias.
No contexto das arboviroses, o plano organiza a atuação dos serviços de saúde de forma coordenada entre diversos eixos temáticos, necessários à mitigação dos casos. Sua estrutura é dividida em frentes de ação, com definição de responsabilidades, metas, recursos e estratégias operacionais para cada componente.
Tecnologia no monitoramento
Em entrevista nesta terça-feira (7), o superintendente e gerente regional de Saúde em Coronel Fabriciano, André Luiz Custódio de Paula, destacou que o Estado tem investido em novas ferramentas para o monitoramento de áreas de difícil acesso.
Hoje nós temos a política dos drones. Estamos usando a tecnologia a nosso favor para identificar focos de dengue, chikungunya e zika em locais inacessíveis ou de difícil acesso”, explicou o superintendente.
Acompanhamento de rotina
André Luiz também informou que, ainda neste mês, a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Coronel Fabriciano - que abrange 35 municípios - promoverá um seminário voltado aos profissionais da área.
Nós estamos na véspera do período sazonal, quando a tendência é de aumento nos números de casos confirmados e notificados. Esse período vai de meados de novembro a maio, e já desencadeamos algumas ações importantes no território. Nos dias 21 e 22 de outubro, vamos promover um seminário regional de arboviroses para preparar os profissionais e estruturar a rede para um possível aumento de casos. Paralelamente, mantemos o acompanhamento de rotina, com monitoramento semanal dos municípios. Quando há aumento expressivo em determinada localidade, realizamos ações de campo, se necessário”, complementou André.
Vacinação
De acordo com dados da SES-MG, 10.048 pessoas tomaram a 1ª dose da vacina contra a dengue, na área da SRS Coronel Fabriciano, enquanto 3.181 receberam a 2ª dose, o que representa apenas 31,6% do público-alvo com o ciclo vacinal completo. O imunizante está disponível para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.
Em relação à vacina, o público ainda é restrito, mas é importante que o ciclo vacinal seja concluído. O responsável pela criança ou adolescente que tomou a primeira dose deve procurar a unidade de saúde mais próxima para garantir a segunda dose. Vacinas salvam vidas, e é essencial que o ciclo seja completo”, reforçou o profissional
Papel da população
Além da imunização, a conscientização da população sobre as arboviroses, seus sintomas e medidas preventivas é fundamental para reduzir a propagação das doenças e minimizar os impactos na saúde pública. A colaboração entre autoridades e comunidades é essencial para o sucesso das ações de combate.
É importante o papel da sociedade como um todo nas ações de enfrentamento às arboviroses. Mais de 70% dos focos estão dentro das casas. Com dez minutos por semana, é possível verificar se há recipientes acumulando água ou se a tampa da caixa dágua está corretamente fechada. São ações simples, mas eficazes no controle e prevenção das doenças”, finalizou o superintendente.
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