03 de outubro, de 2025 | 08:45
Região Metropolitana do Vale do Aço gerou 234 vagas de emprego formal no mês de agosto
Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Acumulado de 2025 traz entre as carteiras assinadas a contribuição do setor de Serviços

Dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgados nesta semana pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) trazem o panorama sobre os empregos formais criados no mês de agosto. No país, 147.358 carteiras foram assinadas, enquanto nas cidades da Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA), 234 novas vagas foram geradas. O levantamento regional foi tabulado pelo geógrafo William Passos, coordenador do Observatório das Metropolizações Vale do Aço.
William pontua que o mês de agosto foi o mais fraco para o Brasil, que gerou apenas 147.358 novas vagas, também foi um mês ruim para Minas Gerais, que gerou 1.214 novos empregos formais. Mas foi um mês positivo para a RMVA, que vinha de uma sequência com geração muito fraca dentro do mercado de trabalho. As quatro cidades da RMVA fecharam agosto com geração de 234 vagas, o que é muito importante, e muito dessa geração positiva é explicada pelo desempenho de Ipatinga, que também fechou no positivo, com 188 novas carteiras assinadas, um mês que todos os quatro municípios fecharam no azul”, observa.
Conforme os dados tabulados por William, Timóteo fechou o mês com 27 novas vagas, Coronel Fabriciano com +10, Paraíso +9, mas foi um mês impulsionado, sobretudo, pela Construção Civil de Ipatinga que gerou 165 novas assinaturas em carteira e pela Indústria de Ipatinga, que gerou saldo positivo de 116. E esse é um dado relevante, porque a indústria de Ipatinga e da região como um todo vinha de uma sequência negativa, de uma sequência com demissões superando as admissões”, aponta o geógrafo.
Em Ipatinga, o acumulado de 2025 traz 1.479 novas carteiras assinadas, considerando janeiro a agosto, das quais 790 foram contribuição do setor de Serviços.
Que é o setor que, com uma geração mais fraca da indústria, vem puxando emprego no município e na região do Vale do Aço. A Construção Civil gerou 789 novas vagas no mês em Ipatinga, o que ajuda a explicar o resultado superior a 1.400 novas vagas no município. No acumulado de 2025, Fabriciano gerou 548 novas vagas, Santana do Paraíso gerou mais 130. Timóteo é o único município que se mantém no negativo, com saldo de menos 75, isso no acumulado de 2025”, explica o coordenador.
Panorama
William Passos acrescenta que quando o panorama da RMVA é observado, no acumulado de 2025, há um saldo de 2.082 novas vagas formais puxado pelo setor de Serviços, responsável por 1.429 novos empregos com carteira assinada, considerando os quatro municípios da região metropolitana. Na sequência, vem a Construção Civil com 838 novas assinaturas em carteira, o Comércio de janeiro a agosto também apresentou uma contribuição positiva de 205 novas vagas, a Agropecuária tem saldo de 31 - setor pouco dinâmico dentro do Vale do Aço, segundo William -, e a Indústria que já teve um desempenho pior ao longo do ano, vem reduzindo esse saldo” negativo e fechou agosto com menos 421 novas vagas.
Nós vamos continuar observando a trajetória da Indústria e caso o setor no Vale do Aço melhore nos próximos meses, a tendência é que a geração de vagas com assinatura em carteira fique ainda mais forte. A gente observa um dinamismo na RMVA. Esse dinamismo explica o desempenho da Construção Civil, ou seja, nós temos novos investimentos, empreendimentos imobiliários, construções sendo realizadas. E muito dessa construção é explicada pela dinamização do setor de Serviços, que está mais ativo e gerando mais empregos com carteira assinada na região metropolitana, impulsionando a circulação da renda, que vai para o comércio e também gera novos empregos com carteira assinada dentro dos estabelecimentos comerciais da região”, conclui William Passos.
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