
02 de outubro, de 2025 | 14:08
Minas Gerais concentra 11% dos pequenos negócios do país
Divulgação
Oito a cada 10 empreendimentos formais do estado são Microempresas, Empresas de Pequeno Porte e Microempreendedores Individuais

O Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa (MPE), celebrado em 5 de outubro, é uma data que reforça a relevância econômica e social dos pequenos negócios para o Brasil e, especialmente, para Minas Gerais. Segundo levantamento do Sebrae Minas, o estado concentra mais de 2,4 milhões de Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (MPE) e de Microempreendedores Individuais (MEI), 11% do total de pequenos negócios do país.
Esses empreendimentos representam 99% do total de empresas formais, tanto de Minas quanto do Brasil. Eles foram responsáveis por mais da metade (52%) dos postos de trabalho formais gerados no país, ou seja, 19,7 milhões (dados RAIS 2023). Em Minas Gerais, as micro e pequenas empresas geraram 59% das vagas até julho deste ano, totalizando mais de 1 milhão de empregos. E a participação do segmento no Produto Interno Bruto (PIB) mineiro atingiu 32,7% (dados de 2021).
Mais de 80% das micro e pequenas empresas são dos setores de Serviços e Comércio. Os segmentos com a maior concentração de empreendimentos são comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, alimentação fora do lar, serviços de saúde, consultorias e construção civil.
A maior concentração desses empreendimentos está na região Central (36%), com Belo Horizonte abrigando uma a cada cinco empresas do estado. Uberlândia e Contagem figuram em segundo e terceiro lugares em número de micro e pequenas empresas ativas.
Crescimento mais lento
Dados do primeiro semestre de 2025 mostram que os de setores de Serviços e Comércio seguem como motores do empreendedorismo. Já a Indústria mostra perda de fôlego e a Agropecuária mantém baixa participação, embora estratégica em alguns territórios.
No mercado de trabalho, as admissões das micro e pequenas empresas permaneceram estáveis em relação a 2024 (890 mil vagas), mas ainda abaixo do nível de 2023. O saldo líquido de empregos foi positivo (+98 mil), embora em desaceleração frente aos anos anteriores. A Agropecuária manteve crescimento consistente, enquanto a Construção Civil registrou retração. Indústria, Comércio e Serviços apresentaram sinais de estabilização após as quedas acentuadas de 2024. Nenhuma região apresentou saldo negativo, mas todas mostraram perda de fôlego na criação líquida de empregos.
MEI impulsiona a economia
Mais da metade (51%) dos 2,4 milhões de pequenos negócios de Minas Gerais são MEI. O estado ocupa a 2ª posição nacional em número de formalizações nesta categoria empresarial (11% do total do país). São cerca de 1,8 milhão de MEI registrados e, para 2025, segundo o levantamento do Sebrae, há uma tendência de menos entrada, menos saída e maior estabilidade do estoque de negócios ativos nesta categoria empresarial.
Segmentos tradicionais como beleza, moda e comércio popular mostram sinais de saturação, perdendo protagonismo na expansão recente. Atividades ligadas a transporte e logística estão crescendo mais rápido, enquanto apoio administrativo segue expressiva. Promoção de vendas se mantém como porta de entrada recorrente para formalização. Por outro lado, a educação (cursos livres, ensino) mostra sinais de retração, indicando possíveis dificuldades para microempreendedores nessas atividades.
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