28 de setembro, de 2025 | 08:00
Busca por terapias holísticas na região cresceu após a pandemia de covid-19
Por Isabelly Quintão - Repórter Diário do Aço
Profissionais que atuam no Vale do Aço relatam que houve um crescimento na busca por terapias integrativas a partir da pandemia de covid-19. A terapia integrativa consiste em uma abordagem que utiliza técnicas e métodos naturais para melhorar a saúde física e mental.
Maria Eduarda Vieira é terapeuta integrativa, taróloga e palestrante. Moradora de Coronel Fabriciano, atua na área há cinco anos, e atualmente oferece serviços como tratamento com mesa radiônica, reiki e tarô.
Maria Eduarda, que atende principalmente mulheres na faixa etária de 18 a 40 anos, alega que o aumento na procura está relacionado ao autoconhecimento, além da consciência sobre a importância da saúde integral.
Após a pandemia, as pessoas ficaram mais reclusas em suas casas. Algumas desenvolveram ansiedade, depressão e crises de pânico. Esse período e o uso excessivo das mídias sociais geraram desconforto, fazendo as pessoas buscarem alternativas para melhorar seu equilíbrio. As redes também propagaram bastante informação, despertando curiosidade sobre o assunto”, afirma em entrevista ao Diário do Aço.
A terapeuta integrativa acrescenta que o público deste recurso terapêutico cresceu, visto que deseja entender queixas atuais, como baixa autoestima, relacionamentos amorosos e familiares conturbados, autoconhecimento, melhoria e compreensão da área financeira, questões emocionais, ansiedade, tristeza, desânimo, depressão, conexão espiritual, dentre outros”.
Ela também destaca que as pessoas tendem a mistificar muito a terapia integrativa ou associá-la à religiosidade, mas na verdade não há relação direta.
É um tabu que quebramos. A terapia integrativa cuida do ser como um todo, e práticas diferentes podem agregar à saúde do indivíduo, contribuindo com o tratamento médico adequado. O Tarô é uma ferramenta incrível para autoconhecimento. Alguns pesquisadores, como Carl Jung, abordam estudos profundos sobre a simbologia das cartas, que podem ser usadas no processo de desenvolvimento pessoal”, enfatiza.
Reconhecimento pelo SUS
Conforme divulgado pelo governo federal, as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) fazem parte de um amplo conjunto de práticas de atenção à saúde, baseado em teorias e experiências de diferentes culturas, utilizadas para promoção da saúde, prevenção e recuperação, conforme definição da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS). Entre elas, estão a aromaterapia, a acupuntura, o reiki, a quiropraxia e o yoga.
Marcus Solares, morador da região de Cocais (Coronel Fabriciano), atende principalmente mulheres entre 30 e 45 anos, atuando desde 2017 como terapeuta holístico, professor de yoga e condutor de retiros e cerimônias de autoconhecimento.
Ele pontua os benefícios como equilíbrio físico, mental e emocional, alívio de dores e tensões, clareza de pensamentos, fortalecimento espiritual e até mudanças de rumo de vida, quando há abertura para o processo. Um dos principais equívocos é pensar que a transformação virá de fora. As práticas oferecem apoio, mas a mudança real depende da disposição interna”, garante.
Expectativas e conceitos pré-concebidos
Para Jamille Cunha, naturóloga, pós-graduada em Medicina Ayurvédica, professora de yoga e artista, os interessados devem adentrar na terapia sem expectativas ou conceitos pré-concebidos.
Isso permite que a gente se abra ao novo e se surpreenda. Com o mundo da internet as pessoas chegam com muitos conceitos prévios”, afirma a profissional, residente do bairro Bom Retiro, em Ipatinga, que se graduou em Naturologia há quatro anos e há dez anos é professora de yoga.
Enviada ao Diário do Aço
Glauco Silva Fernandes reforça que o recurso não substitui a Medicina profissional
Glauco Silva Fernandes reforça que o recurso não substitui a Medicina profissional Jamille detalha que as terapias holísticas olham para o ser humano na sua completude, corpo, mente, emoção, meio em que vive e condição social. Na visão holística, buscamos cuidar dos sintomas e da doença, mas sempre atentos a encontrar junto da pessoa atendida a raiz do problema e não só remediar os sintomas”.
Medicina tradicional
Glauco Silva Fernandes, morador de Coronel Fabriciano, é atuante na área da terapia integrativa há mais de cinco anos. O profissional ressalta que a terapia holística não substitui a Medicina tradicional. Ela atua de forma complementar, sendo importante respeitar e integrar ambas as abordagens para uma saúde mais completa”, complementa.
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Jéssica Cardoso
30 de setembro, 2025 | 10:57Só quem faz uso da terapia holística sabe a diferença que faz! É um contrassenso pensar que só nosso corpo físico precisa de tratamento, enquanto somos formados também por mente e espírito. São tratamentos complementares, essenciais e sem dúvida a terapia holística contribui pra saúde, tanto do físico, quanto do mental e espiritual. Sou grata ao Glauco Fernandes por tanto profissionalismo e competência, um profissional ímpar, todos deveriam ter a chance de conhecer!”
Lucas Gurgel
29 de setembro, 2025 | 13:08As terapias integrativas estão presentes no meu dia a dia e muitas vezes trouxe resultados mais eficazes que medicamentos farmacológicos no tratamento da ansiedade e depressão, a Maria Eduarda é quem me conectou a essas práticas, no início como qualquer pessoa que desconhece, eu tive muitas dúvidas, hoje eu vejo o quão positivo faz para a minha vida.”
Glícia
29 de setembro, 2025 | 12:33Sou do Vale do Aço. Coronel fabriciano, conheço muito bem o trabalho da Maria Eduarda e do Glauco Silva Fernandes. Sempre faço sessões com eles e com a Ludmila Caldeira e, desde que comecei, não tomo mais remédios. As terapias têm me ajudado muito no meu equilíbrio emocional,na saúde e no bem-estar. Recomendo para quem busca cuidar de Si." Gratidão!”
Juarez Behringer
28 de setembro, 2025 | 21:31Essas coisas que a ciência não explica não funcionam. Todo dia sai um bobo e um esperto de casa..”
Gildázio Garcia Vitor
28 de setembro, 2025 | 17:40Não acredito em quase nada que não seja oriundo e explicado pelas Ciências, mas como fui criado nas roças, com pessoas muito simples e extremamente religiosas, que acreditavam no poder que o outro pode ter para fazer o bem ou o mal, e algumas coisas incríveis que já presenciei, inclusive em Coronel Fabriciano, passei a acreditar e a ter o maior respeito por estes humanos que, parece-me, têm o poder dos Deuses imaginários da Grécia Antiga, onde os Deuses estavam a serviço das pessoas, e não o contrário.
Parabéns à Repórter Isabelly Quintão e este Portal Diário do Aço pela publicação da matéria.”