28 de setembro, de 2025 | 06:00

Comitê de Cultura de Minas Gerais celebra ano de ações na região de Ipatinga

Elvira Nascimento/Divulgação
Mais de 30 ações realizadas, seis municípios mobilizados e mais de 1.120 pessoas envolvidas na construção de políticas culturais Mais de 30 ações realizadas, seis municípios mobilizados e mais de 1.120 pessoas envolvidas na construção de políticas culturais
O Comitê de Cultura de Minas Gerais está celebrando um ano de intensa mobilização comunitária e artística, com a atuação coordenada pela Associação Coreográfica Hibridus Cia de Dança e Ponto de Cultura em seis municípios da proclamada “Região Imediata de Ipatinga”, que inclui também Timóteo, Coronel Fabriciano, Santana do Paraíso, Belo Oriente e Naque. “Ao longo deste ciclo, foram realizadas mais de 30 ações presenciais, incluindo encontros, reuniões com gestores públicos, rodas de conversa, oficinas, cursos, intervenções culturais e escutas públicas, somando a participação de mais de mil pessoas diretamente envolvidas”, informa a assessoria, ressaltando que ainda resta cerca de 50 atividades no cronograma até abril de 2026.

Essas ações fazem parte do Programa Nacional dos Comitês de Cultura (PNCC), uma iniciativa do Ministério da Cultura que visa fortalecer a participação social e fomentar políticas públicas voltadas para as artes e a cultura popular em todo o país. Em Minas Gerais, a articulação do Comitê de Cultura é feita por quatro organizações da sociedade civil (OSC): AIC - Agência de Iniciativas Cidadãs (Belo Horizonte), Associação Carla Rosa (Viçosa), Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (Araçuaí) e Espaço Hibridus Ponto de Cultura (Ipatinga). Para contribuir na democratização das políticas culturais, essas organizações são responsáveis por desenvolver atividades de mobilização, formação, apoio a projetos e parcerias e comunicação.

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Diversas estratégias
No Vale do Aço, conforme a assessoria, as atividades promovidas pelo Comitê de Cultura variaram em formato, tamanho e impacto, sempre em diálogo com os territórios. Diversas estratégias de mobilização foram colocadas em prática ao longo do ano, como apresentações públicas, rodas de conversa sobre editais de fomento, mutirões de suporte para inscrição de projetos culturais em editais, escutas e mapeamentos comunitários, encontros com públicos e segmentos artísticos específicos - como juventudes, LGBT+, artistas negros e mulheres.

No campo das artes, as ações alcançaram uma rica diversidade de linguagens: música, dança contemporânea, danças populares e urbanas, teatro, performances e intervenções de rua, literatura, contação de histórias, artesanato e culturas tradicionais e populares, incluindo grupos de congado, manifestações afro-brasileiras e artes visuais.
Em toda a programação, o Comitê contou com o apoio de diversos parceiros institucionais, como Secretarias Municipais de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, Conselhos Municipais de Cultura, pontos de cultura, movimentos sociais e organizações da sociedade civil. Também estão sendo mantidas parcerias com a Universidade Anhanguera e o Cefet - Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - campus Timóteo.

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Diversas estratégias de mobilização praticadas na regiãoDiversas estratégias de mobilização praticadas na região
Mapeamento cultural identifica coletivos e artistas em seis cidades

Um dos resultados mais importantes desse primeiro ano de referência é o mapeamento cultural que está sendo realizado nos seis municípios de atuação do Comitê de Cultura na região. A iniciativa possibilita a identificação de centenas de artistas, mestres, grupos, coletivos, artesãos e produtores culturais pertencente a esse território, e o levantamento continua em andamento.

“O mais bonito desse processo é perceber que a cultura pulsa em todo canto; mesmo onde falta estrutura, sobra potência”, avalia o coordenador Wenderson Godoi. Mais que ações pontuais, o objetivo é contribuir para uma mudança estrutural na maneira como a cultura é percebida, acessada e planejada na região de Ipatinga. A proposta é colocar os fazedores de cultura como protagonistas das decisões, criando pontes entre a sociedade civil, o poder público e as políticas culturais nacionais.

Mas a programação cultural ainda não acabou. O Comitê segue ativo até abril de 2026, com cerca de 50 ações ainda por realizar, entre rodas de conversa, oficinas, cursos de formação e intervenções culturais e artísticas nos seis municípios da região. Mais informações: (31) 997051584; @comitedeculturamg; [email protected].
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