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24 de setembro, de 2025 | 14:33

Como diferentes gerações brasileiras consomem jogos digitais

O consumo de jogos digitais no Brasil atingiu 82,8% da população em 2025, segundo a 12ª edição da Pesquisa Game Brasil (PGB). Esse crescimento de 8,9 pontos percentuais em relação ao ano anterior revela não apenas a manutenção dos games como entretenimento principal, mas também diferenças marcantes entre gerações.

A segmentação geracional implementada pela primeira vez na PGB 2025 trouxe insights sobre como cada faixa etária acima de 18 anos se relaciona com jogos digitais. Dos jovens adultos da Geração Z aos Baby Boomers, cada grupo tem suas preferências de plataforma, tempo de jogo e até mesmo identificação com a cultura gamer.

Millennials são os que mais jogam, mas não se assumem gamers

Os Millennials (30 a 44 anos), que são a maioria da população brasileira, representam 49,4% dos jogadores adultos brasileiros. Contudo, 53,2% deles não se consideram gamers, preferindo jogar de forma mais casual e esporádica.

Essa geração consegue equilibrar várias plataformas diferentes. 39,9% preferem o smartphone, 27,7% optam pelo console e 19% escolhem o computador. O tempo dedicado aos games é moderado: 29,4% jogam entre três e seis dias por semana.

A disposição para investir em equipamentos é alta, com 59,8% comprando acessórios para melhorar a experiência de jogo. Isso faz com que os Millennials tenham o maior poder de compra no mercado brasileiro de games.

Geração X redescobre os jogos na era digital

A Geração X (45 a 59 anos) apresenta comportamentos especiais no consumo de jogos digitais no Brasil. Muitos cresceram com os primeiros videogames domésticos como Atari e Nintendo, mas se afastaram durante os anos enquanto construíam a carreira profissional.

Agora, com mais tempo disponível e filhos crescidos, esta geração está retornando aos jogos de forma surpreendente. Preferem títulos de estratégia, puzzles e jogos que não exigem reflexos rápidos. Isso faz as plataformas móveis serem as mais populares pela praticidade, com 46,1% tendo respondido que preferem jogar no smartphone.

Baby Boomers entram devagar no mundo digital

Entre os Baby Boomers (60 a 78 anos), 85,5% não se consideram gamers, mas 59,8% ainda se divertem em jogos digitais com frequência. Essa aparente contradição revela como essa geração vê os jogos de forma diferente das mais novas.

Para eles, jogos são principalmente uma forma de exercitar a mente e passar o tempo. Preferem títulos simples como paciência, palavras cruzadas e quebra-cabeças digitais. A praticidade do smartphone os atrai mais que consoles complexos.

Um segmento interessante é os chamados jogos de sorte, que atraem especialmente essa geração, com 39% afirmando jogar pelo menos uma vez por semana. Plataformas digitais oferecem acesso 100% online a títulos de roleta, blackjack e jogos de caça níquel com temas diversos, tipo aventuras egípcias, frutas, doces e animais.

O que a pesquisa nos mostra

Cada geração terá seus gostos e costumes, seja nos jogos digitais, nos filmes ou nas músicas, por exemplo. Isso é fato. Pesquisas como a PGB são extremamente úteis para ajudar não só as empresas a criarem soluções para cada faixa etária, mas também para que cada grupo de pessoas entenda onde está no tabuleiro.
No fim, seja por meio de consoles, smartphones ou plataformas digitais, o objetivo é que todos se divirtam à sua maneira e fortaleçam um mercado que segue em expansão.
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