24 de setembro, de 2025 | 10:35
Crime de traição e emboscada: Um réu é condenado a 28 anos e outro a 21 anos de prisão
Falta agora o julgamento de mulher denunciada por se juntar ao amante e tramar emboscada que resultou na morte do marido em Engenheiro Caldas
Divulgação
Crime de traição e emboscada: julgamento de assassinos de Geraldo Dias termina com dois sentenciados

Um complexo caso de traição que resultou em homicídio foi a julgamento esta semana no Tribunal do Júri da Comarca de Tarumirim. Ambos os réus foram sentenciados e ainda falta o julgamento de uma mulher.
Na sessão de terça-feira (23), depois de 12 horas de trabalho, Walliston de Assis Caetano e William de Souza foram considerados culpados pelo homicídio qualificado de Geraldo de Oliveira Dias.
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da Promotoria Única da Comarca de Tarumirim, foi representado no Tribunal do Júri pelos promotores de Justiça Jonas Junio Linhares Costa Monteiro e Igor Heringer Chamon Rodrigues.
Os promotores sustentaram que, em 1º de setembro de 2023, na zona rural de Engenheiro Caldas, os condenados, em comunhão de esforços e unidade de desígnios, mataram Geraldo de Oliveira Dias. Conforme apurado, Marlene Aparecida Dias, esposa da vítima, mantinha relacionamento extraconjugal com Walliston e, com ele, planejou o crime. Para executar o plano, prometeram a William de Souza o pagamento de R$ 5 mil.
No dia dos fatos, Marlene atraiu a vítima a um local ermo, onde William efetuou cinco disparos de arma de fogo, atingindo Geraldo inclusive pelas costas, o que dificultou qualquer chance de defesa. Os réus agiram por motivo torpe, mediante traição, emboscada e com recurso que impossibilitou a reação da vítima”, detalha a denúncia do MPMG.
Marlene também foi denunciada, mas não foi julgada nesta data, pois o julgamento se referiu apenas a Walliston e William, que já se encontravam presos preventivamente. A mulher será levada a Juri popular em outra data.
Após a análise das provas, o Conselho de Sentença acolheu integralmente todas as teses apresentadas pela Promotoria, reconhecendo a materialidade, a autoria e todas as qualificadoras do crime. Walliston de Assis Caetano foi condenado a 28 anos de reclusão e William de Souza a 21 anos, ambos em regime inicialmente fechado.
Para os promotores de Justiça Jonas Junio Linhares Costa Monteiro e Igor Heringer Chamon Rodrigues, o Ministério Público reafirma seu compromisso com a defesa da vida e entende que a sociedade recebeu uma resposta firme diante da gravidade e da brutalidade do crime, que ceifou a vida de Geraldo de Oliveira Dias”.
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