23 de setembro, de 2025 | 06:00
Dúvida do Galo
Fernando Rocha
O time comandado por Sampaoli, além de não conseguir vencer, sofreu o gol com superioridade numérica e não deu sequer um chute na meta do Botafogo na segunda etapa.
Sampaoli vem mexendo no time a cada jogo, na tentativa de achar uma formação ideal, mas os jogadores que poderiam fazer a diferença atravessam uma fase horrível, estão sem confiança, o que afeta o coletivo.
A temporada começou com o torcedor alvinegro otimista, depois da conquista do hexacampeonato estadual, mas, a partir daí, a coisa desandou inteiramente.
Além da eliminação para o Cruzeiro nas quartas de final da Copa do Brasil, o alvinegro fez até agora uma campanha ridícula no Campeonato Brasileiro, onde soma apenas 25 pontos em 22 jogos, e ocupa o 15º lugar, a apenas 3 pontos do primeiro time da zona de rebaixamento.
A dúvida cruel e atroz, que atormenta o torcedor atleticano neste momento: o time deve priorizar a Copa Sul-Americana, onde possui boas chances de avançar e fechar o ano com uma conquista mais relevante que o Estadual, além de garantir vaga na Libertadores do ano que vem, disputar a Recopa e ganhar muito dinheiro, ou abandonar o torneio continental e se dedicar ao Brasileiro, para afastar qualquer possibilidade de rebaixamento?
Vitória suada
Assim como foi diante do Bahia, em Salvador, o Cruzeiro saiu perdendo, dessa vez pela primeira vez como mandante, no Mineirão.
O Bragantino, comandado pelo ex-treinador celeste, Fernando Seabra, surpreendeu com uma marcação forte, ofensiva, e deu muito trabalho, além do esperado.
O meia John John abriu o placar para o Massa Bruta; o empate saiu ainda na primeira etapa, um golaço de Lucas Silva, de fora da área; já a virada aconteceu na etapa complementar, num gol “chorado” do lateral-esquerdo Kaiki.
Grande vitória, suada, difícil, importante para se manter na briga pelo título e, como não tem copa internacional para disputar, o técnico Jardim tem mais uma “semana cheia” de treinamentos, antes do próximo compromisso pelo Brasileirão, que será contra o Vasco da Gama, no próximo sábado, às 18h30, em São Januário.
FIM DE PAPO
Mesmo vencendo o título Mineiro deste ano, o torcedor do Atlético, com toda razão, anda muito pouco satisfeito com a equipe. O Atlético tem agora quatro jogos seguidos em casa que serão decisivos para o seu futuro este ano: Bolívar, pela Sul-Americana, nesta quarta-feira; e três jogos pelo Brasileirão, contra Mirassol, Juventude e Sport. O maior temor é a possibilidade de rebaixamento, que ainda é pequena, 13,8% de chances, segundo o departamento de estatística da UFMG.
A 24ª rodada foi boa para as pretensões do Cruzeiro no Brasileirão, devido ao inesperado empate do Flamengo com o Vasco da Gama. Apesar de não ter ultrapassado o rubro-negro carioca na tabela de classificação, a vitória sobre o Bragantino deu ao time celeste vantagem em outro quesito, se tornou o melhor mandante da competição até aqui, posto que era do rubro-negro. São dez vitórias, um empate e duas derrotas, ou seja, 31 pontos da Raposa em casa. Agora, a diferença entre eles diminuiu para um ponto - 51 x 50 -, mas os cariocas estão com um jogo a menos. O Palmeiras, com duas partidas disputadas a menos em relação ao Cruzeiro, segue na cola, com 49 pontos.
O torcedor cruzeirense esgotou em poucas horas todos os ingressos de visitante colocados à venda pelo Flamengo, para o jogo aguardado do dia 2 de outubro, quinta-feira, às 20h30, no Rio de Janeiro. No primeiro turno, em Belo Horizonte, a Raposa venceu por 2 a 1. Se não for o jogo mais importante, será um deles, na caminhada celeste visando à conquista do título, embora os dirigentes e a comissão técnica mantenham o mesmo discurso do início da competição, onde a conquista da vaga na Libertadores/2026 é posto como o maior objetivo nesta temporada.
Terminado o jogo no Beira Rio, com a vitória de virada do Grêmio, 3 x 2, sobre o rival, Internacional, um garoto aparentando ter 7 ou 8 anos de idade pediu a camisa ao jogador gremista Willian, que comemorava a vitória no gramado com seus companheiros. Gentilmente, o jogador foi até ele e deu-lhe o colete que usava sobre a camisa. Nada demais, porém, o fato despertou a ira de torcedores colorados de organizadas por perto, que passaram a ofender o garoto e seus familiares. Muito pior, a reação de dois integrantes da equipe da Rádio Grenal, que incentivaram a reação violenta desses torcedores contra o menino, e um chegou a dizer que “se fosse meu filho ia levar uns tapas, para saber o que é um Gre-Nal”. Coisa horrorosa, injustificável, praticada por gente insana, torcedores idiotas que são chancelados por profissionais da comunicação despreparados e incompetentes. “O futebol é uma metáfora da vida”. Tostão. (Fecha o pano!)
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