21 de setembro, de 2025 | 06:00

Alto astral

Fernando Rocha

Com o astral e a confiança elevados, o Cruzeiro recebe o Bragantino, às 20h30, no Mineirão que vai receber novamente um grande público de cruzeirenses otimistas e certos de mais uma vitória.

O time azul, comandado pelo português Leonardo Jardim, está voando e vai fechar a 24ª rodada do Campeonato Brasileiro já sabendo o resultado dos jogos de seus principais concorrentes na disputa pelo título, sobretudo o Flamengo, que era favorito contra o Vasco da Gama; além do Palmeiras, que ontem enfrentaria o Fortaleza, em casa.

O que importa, segundo a diretoria celeste e a comissão técnica, é figurar entre os primeiros colocados e deixar a briga pelo título em segundo plano, com o foco voltado para assegurar uma vaga na fase de grupos da Libertadores, o que vem conseguindo com êxito desde o começo da disputa.

Hoje é difícil achar um setor do time atual do Cruzeiro que esteja precisando de correções, mas se ainda há espaço para melhorar é o ataque, onde a chegada de dois novos reforços, o colombiano Sinisterra e o equatoriano Arroyo, deram ao treinador Jardim opções para mudar a maneira do time atuar, dependendo do adversário e da situação de jogo, pois ambos possuem características diferentes dos atuais atacantes do elenco.

Exterminador de tabus
O trabalho do treinador Leonardo Jardim tem sido fundamental para esta virada de chave da Raposa, que volta a figurar como protagonista no futebol brasileiro, depois de cinco anos - sendo três deles sofridos e vividos na segunda divisão nacional.

Vale lembrar alguns feitos recentes obtidos pelo Cruzeiro sob o seu comando, que são de grande relevância para a atual fase e motivos de orgulho da torcida celeste.

Venceu o São Paulo no Mineirão após seis anos; derrotou o Palmeiras após sete anos; bateu o Sport Recife pela Série A após nove anos; ganhou também do Internacional após nove anos, e do Grêmio após oito anos; venceu o Flamengo após dez anos; ganhou do Fluminense no Maracanã após 17 anos; derrotou o maior rival Atlético depois de quatro anos e, por último, derrotou o Bahia como visitante após 11 anos de jejum, além de ter levado o Cruzeiro a uma semifinal da Copa do Brasil, algo que não acontecia desde 2019.

Esse levantamento foi feito pela equipe do programa “98 Esportes”, da Rádio 98 FM de Belo Horizonte, que deu ao português Jardim o apelido de “Exterminador de Tabus”.

FIM DE PAPO

Depois do golaço que marcou contra o Bahia, Gabriel Barbosa, o Gabigol, deixou no ar a possibilidade de deixar o Cruzeiro, após uma conversa que terá com a diretoria no fim deste ano. O seu destino poderá ser o Corinthians, mas tudo vai depender da vontade da direção da SAF celeste em abrir mão do seu artilheiro, que hoje é um reserva de luxo e custa R$ 2,6 milhões por mês. Outra situação é que o clube paulista, para ter Gabigol, vai precisar de se livrar do neerlandês Menphis Depay, que custa R$ 6 milhões mensais, algo totalmente fora da realidade do clube e do futebol brasileiro.

Hulk é o assunto do momento nas redes sociais dos torcedores do Galo e divide as opiniões entre ser hoje um “ex-jogador em atividade”, que deveria deixar o clube na próxima temporada, ou que “só passa por uma má fase e ainda vai recuperar o seu bom futebol”. Hulk tem crédito, pois se não foi o maior está com certeza entre os três maiores atacantes da história do Atlético. De fato, a fase do “super-herói alvinegro” é horrível e vem se prolongando além do normal. Não será de assustar se o técnico Jorge Sampaoli alternar a sua escalação de titular com a reserva, mas o que não se pode duvidar é da sua capacidade e importância para o time. Mesmo em baixa é o principal artilheiro do time nesta temporada, com 16 gols marcados, além de quatro assistências, e trata-se do sétimo jogador com mais participações em gol na série A do futebol brasileiro.

A Fifa enviou representantes a Ipatinga, na última semana, que fizeram vistorias no Estádio Ipatingão e conheceram também as instalações da Usipa, com o objetivo de avaliar as condições desses equipamentos para, quem sabe, sediar treinamentos de seleções durante a Copa do Mundo Feminina de 2027. Foram recepcionados apenas pelo pessoal do Ipatinga F.C., quando deveriam ser recebidos também por representantes da área do esporte da Prefeitura de Ipatinga, que é a “dona” do estádio.

Em 2013, Ipatinga viveu situação semelhante ao ser escolhida subsede para receber seleções masculinas da Copa do Mundo de 2014. Nenhuma seleção veio à cidade para treinamentos, sobretudo pelas condições desfavoráveis do estádio. Após o Mundial, em 2015, o governo federal liberou com atraso os R$ 15 milhões prometidos para obras de modernização do Ipatingão, o que deveria ter sido feito antes do torneio.

Foram então iniciadas as obras previstas, como a reforma de vestiários, banheiros, iluminação interna, cabines de rádio e TV, e até um novo e moderno placar eletrônico estava previsto. Infelizmente, menos de dois meses depois do início das obras, o Ministério do Esporte do governo Dilma, alegando necessidade de “contingenciar o orçamento”, cancelou a verba e tudo foi perdido. Por falta de representação parlamentar e por falta de vontade política da administração municipal na época, tudo o que havia sido iniciado no estádio foi perdido. Como consequência disso basta olhar hoje o nosso maior cartão-postal esportivo, o “Gigante do Parque Ipanema”, que se tornou um grande “elefante branco”, sucateado e carente de reformas estruturais. (Fecha o pano!)

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