19 de setembro, de 2025 | 13:37

Projetos de ressocialização unem presídio e comunidade em Coronel Fabriciano

A unidade prisional entregou mais de três mil brinquedos e uma tonelada de hortaliças produzidos e cultivados pelos detentos em 2025

Divulgação Ascom Sejusp MG
Cerca de 85 detentos participam ativamente dos projetos de ressocializaçãoCerca de 85 detentos participam ativamente dos projetos de ressocialização

(Agência Minas)
O Presídio de Coronel Fabriciano, localizado no bairro Todos os Santos, vem estreitando os laços com a comunidade local por meio de diversos projetos de ressocialização. As ações, além de estimularem o estudo e trabalho para os presos dentro da unidade, contribuem para a manutenção de instituições educacionais e sem fins lucrativos da região, demonstrando o compromisso do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) com a integração interna e externa das unidades prisionais. A informação é da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MG).

O Presídio de Coronel Fabriciano dispõe de uma horta, oficinas de artesanato, costura, marcenaria e uma fábrica de bonecas, cujos produtos são doados para escolas, creches, casas de acolhimento e para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) da cidade. Desde o começo de 2025 até o momento, foram produzidos pelos custodiados 3.000 brinquedos, mais de uma tonelada de hortaliças e 30 móveis (bancos, mesas, cadeiras e nichos), tudo entregue a entidades do município.
Divulgação Ascom Sejusp MG
Neste ano os detentos produziram mais de uma tonelada de hortaliçasNeste ano os detentos produziram mais de uma tonelada de hortaliças

Cerca de 85 detentos participam ativamente dos projetos de ressocialização, sendo três participantes da oficina de costura, três da oficina de brinquedos, sete da oficina de artesanato e dois da oficina de marcenaria. Adicionalmente, 70 presos participam dos projetos de remição por leitura e estudo, medida prevista na Lei de Execução Penal (LEP) que permite aos participantes a redução de um dia da pena para cada 12 horas de frequência escolar, divididas em, no mínimo, três dias.

Além disso, um dos custodiados na unidade prisional recebeu permissão judicial para trabalho externo na manutenção estrutural da Delegacia de Mulheres de Coronel Fabriciano, que durou quatro dias. O detento auxiliou na pintura das salas e da recepção da Delegacia, trabalho que, além de valorizar seu processo de remição de pena, contribuiu para uma melhora do ambiente da delegacia.

Para a diretora de atendimento do Presídio de Coronel Fabriciano, Vera Lúcia Lage Paixão, o processo de ressocialização busca oferecer oportunidades para que a pessoa em situação de cárcere possa ressignificar sua trajetória, superando padrões de conduta que a levaram à prática delitiva. “O sistema prisional possui, entre suas funções primordiais, não apenas a custódia e a manutenção da ordem pública, mas também o compromisso constitucional e social de promover a ressocialização dos indivíduos privados de liberdade”, disse.
Divulgação Ascom Sejusp MG
Desde o começo de 2025 até o momento, foram produzidos pelos custodiados 3.000 brinquedosDesde o começo de 2025 até o momento, foram produzidos pelos custodiados 3.000 brinquedos

Os projetos contam com a participação de equipes multiprofissionais e de segurança que trabalham em prol de seu sucesso. “As diversas oficinas e frentes de trabalho que vêm funcionando ao longo dos anos devem ser entendidas como um investimento estratégico, voltado à transformação social e à consolidação de políticas de segurança que conciliam disciplina, dignidade humana e reintegração”, ressaltou Vera.

Para o diretor-geral da unidade prisional, Márcio Alves Menezes, a ressocialização é uma das bases do sistema prisional. “Estamos trabalhando para buscar mais parcerias para que os presos possam trabalhar, estudar e se reintegrar mais rapidamente à sociedade”, afirmou. As iniciativas do Presídio de Coronel Fabriciano são exemplos do empenho do Depen-MG na construção de novas possibilidades dentro do regime fechado.
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Comentários

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Roberto

19 de setembro, 2025 | 14:34

“O tratamento com os preso tá ótimo enquanto isso os funcionários ralando o triplo pra suprir a falta de efetivo com isso acabando com a saúde física e metal onde sofre o funcionário e sua família, e o pior q ainda são criticados por muitos, Brasil o país da inversão de valores. Nunca será pais de primeiro mundo. Dizem que Ipaba tá pior com a falta de funcionários.”

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