14 de setembro, de 2025 | 08:00

Jayme Rezende, advogado com atuação no Vale do Aço, avalia momento da advocacia e do país

Bruna Lage
Com mais de 50 anos de advocacia, Jayme Rezende opina sobre assuntos em destaque   Com mais de 50 anos de advocacia, Jayme Rezende opina sobre assuntos em destaque

Por Bruna Lage - Repórter Diário do Aço
O advogado Jayme Rezende, que tem 53 anos de formação e 50 anos de Vale do Aço, conversou com o Diário do Aço sobre o momento vivido pela advocacia na região e comentou assuntos de relevância nacional. Sempre envolvido em pautas de grande porte, o operador do Direito exaltou o desenvolvimento em alguns aspectos e demonstrou preocupação com outros.

Simpático, Jayme diz ser uma satisfação conceder entrevista ao Diário do Aço, que, em sua opinião, faz parte da vida da comunidade. De um modo geral, o advogado acredita que o país vive um período tumultuado na Justiça, mas que muito se evoluiu. “Eu comentei há pouco tempo com algumas pessoas que quando cheguei aqui, há mais de 45 anos, nós éramos 200 advogados na 9ª subseção da Ordem dos Advogados (do Brasil - OAB). Hoje a subseção de Coronel Fabriciano tem 900, mais ou menos, Timóteo com 500 e Ipatinga tem mais de 3 mil advogados, quer dizer, nós somos uma pujança aqui. Na grande região do Vale do Aço nós somos 7 mil advogados”, celebrou.

Além da evolução numérica dos advogados, Jayme Rezende faz um contraponto com a falta de segurança provocada pelos golpes virtuais. “Muitos utilizam a internet, se passam por advogados e tomam dinheiro das pessoas, isso é desastroso. A tecnologia é boa, mas a bandidagem também utiliza. Então é com prazer que a gente vê a evolução da advocacia, mas tem uma certa tristeza de ver o mal crescendo junto. E dentro do Direito, falando sobre cobrança, nós somos a favor que se cobre do Ministério Público, tem que se cobrar do juiz na mesma proporção. A gente vê que na Justiça cobram prazo e comprometimento só do advogado, então nós temos que batalhar em cima disso”, avalia.

Evolução
Sobre a evolução da advocacia no Vale do Aço, Jayme Rezende observa que a 9ª subseção de Coronel Fabriciano não existia. “Nós pertencíamos a Itabira. Então com aqueles advogados que tínhamos aqui, a exemplo de Ronaldo de Souza, já falecido e que todo mundo conheceu; o Emílio Gallo; o Zé Roque Pires; Márcia Milanez, que foi desembargadora, nós conseguimos trazer a 9ª subseção para Fabriciano e daqui nasceu a 72ª subseção de Ipatinga e a de Timóteo. Então a gente vê que está nesse crescimento. Tem a ampliação do fórum de Ipatinga, tem o fórum novo de Fabriciano que está para ser inaugurado, então isso é muito bom porque dá mais ânimo pra gente como advogado e para prestação de serviço para a comunidade de uma maneira geral”, aponta.

Política
Sobre o momento político acalorado no país, o advogado opina, sem falar em direita ou esquerda, “que aquilo que deve ser pago, tem que ser pago, mas tem que ser pago pela esquerda e pela direita também. Então a gente vê, por exemplo, esse caso de fraude recente no INSS, faz pouco teve que houve um movimento, no entanto quando se pega o outro lado, da direita, está tendo uma ‘perseguiçãozinha’, entendo eu. Eu não concordo com isso, mas eu acho que se tiver errado da direita tem que ser apurado, mas da esquerda também. E a gente não está vendo isso e dá uma certa frustração na gente como advogado”, conclui.
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